Palestinianos tentam ultrapassar divergências
Um ataque de tanques israelitas matou sete palestinianos, quatro dos quais crianças, e fez vários feridos esta segunda-feira, 28, em Beit Hanun, na Faixa de Gaza.
«Cerca de 40 deputados do Hamas estão actualmente presos em Israel»
De acordo com fontes médicas, as quatro crianças, todas irmãs, tinham idades compreendidas entre um e sete anos, e com elas morreu também a mãe quando um projéctil atingiu a casa onde moravam. As restantes vítimas foram identificadas como sendo membros das Brigadas de Ezzedín al Kassam, da Resistência Islâmica (Hamas), que por seu turno reivindica ter ferido três soldados israelitas.
O ataque ocorreu no mesmo dia em que o antigo presidente norte-americano Jimmy Carter reitera, num artigo publicado no New York Times, ser possível «relançar e facilitar as negociações de paz entre Israel e os seus vizinhos, que estão num impasse».
Segundo Carter, que no início do mês se reuniu em Damasco, Síria, com o chefe do gabinete político do Hamas no exílio, Khaled Mechaal, aquele movimento pode vir a aceitar o acordo negociado entre o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert.
«O Hamas aceitará, chegado o momento, a possibilidade de formar um governo não partidário de tecnocratas profissionais que governará até que se possam realizar as próximas eleições», afirma Carter, adiantando que a Resistência islâmica «acabará com as suas milícias em Gaza se puder ser formada uma força de segurança não partidária».
Ainda segundo Carter, o Hamas estará igualmente disponível para autorizar o soldado israelita Gilad Shalit, capturado em 2006 por militantes palestinianos, a escrever uma carta aos familiares e, se Israel estiver de acordo com uma lista para troca de prisioneiros, a enviá-lo para o Egipto para ser libertado.
Recorda-se que o Hamas, considerado por Israel e pelos Estados Unidos como um grupo terrorista, venceu as eleições palestinianos em 2006 e controla a Faixa de Gaza desde Junho último. Desde então, os ataques israelitas contra o território multiplicaram-se, tendo causado já um elevado número de vítimas entre a população civil.
Negociações no Egipto
Representantes dos movimentos palestinianos – Comités de Resistência Popular, Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e Frente de Luta Popular da Palestina (FLPP) – chegaram entretanto ao Cairo, em mais uma tentativa de encontrar uma solução negociada para a Faixa de Gaza. As autoridades egípcias tentam ultrapassar as divergências existentes entre o Hamas e a Fatah, agravadas após as eleições de 2006 e pelos confrontos entre os dois movimentos, que terminaram com o Hamas a tomar o controlo total da Faixa de Gaza. Desde então, o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, da Fatah, declarou ilegal o governo de unidade nacional encabeçado por Ismail Haniye e recusou qualquer diálogo com o Hamas.
A Fatah afirma-se agora disposta a conversar, mas impõe como condição prévia que o Hamas renuncie ao controlo de Gaza.
Coincidência ou não, o governo de Gaza aumentou entretanto para 10 o número de ministros do seu gabinete, informou no início da semana o porta-voz do Hamas, Taher al Nunu.
A decisão foi tomada pelo Conselho de Ministros presidido por Ismael Haniyeh, que deverá apresentar em breve a nova equipa à aprovação do Parlamento, onde o Hamas detém a maioria.
Segundo a Prensa latina, o presidente em funções do Parlamento, Ahmed Bahar, não pôs em causa a legalidade da decisão do governo, pelo que o órgão legislativo será convocado assim que for formalmente solicitado para tal. Recorde-se, a propósito, que cerca de 40 deputados do Hamas estão actualmente presos em Israel.
O ataque ocorreu no mesmo dia em que o antigo presidente norte-americano Jimmy Carter reitera, num artigo publicado no New York Times, ser possível «relançar e facilitar as negociações de paz entre Israel e os seus vizinhos, que estão num impasse».
Segundo Carter, que no início do mês se reuniu em Damasco, Síria, com o chefe do gabinete político do Hamas no exílio, Khaled Mechaal, aquele movimento pode vir a aceitar o acordo negociado entre o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert.
«O Hamas aceitará, chegado o momento, a possibilidade de formar um governo não partidário de tecnocratas profissionais que governará até que se possam realizar as próximas eleições», afirma Carter, adiantando que a Resistência islâmica «acabará com as suas milícias em Gaza se puder ser formada uma força de segurança não partidária».
Ainda segundo Carter, o Hamas estará igualmente disponível para autorizar o soldado israelita Gilad Shalit, capturado em 2006 por militantes palestinianos, a escrever uma carta aos familiares e, se Israel estiver de acordo com uma lista para troca de prisioneiros, a enviá-lo para o Egipto para ser libertado.
Recorda-se que o Hamas, considerado por Israel e pelos Estados Unidos como um grupo terrorista, venceu as eleições palestinianos em 2006 e controla a Faixa de Gaza desde Junho último. Desde então, os ataques israelitas contra o território multiplicaram-se, tendo causado já um elevado número de vítimas entre a população civil.
Negociações no Egipto
Representantes dos movimentos palestinianos – Comités de Resistência Popular, Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e Frente de Luta Popular da Palestina (FLPP) – chegaram entretanto ao Cairo, em mais uma tentativa de encontrar uma solução negociada para a Faixa de Gaza. As autoridades egípcias tentam ultrapassar as divergências existentes entre o Hamas e a Fatah, agravadas após as eleições de 2006 e pelos confrontos entre os dois movimentos, que terminaram com o Hamas a tomar o controlo total da Faixa de Gaza. Desde então, o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, da Fatah, declarou ilegal o governo de unidade nacional encabeçado por Ismail Haniye e recusou qualquer diálogo com o Hamas.
A Fatah afirma-se agora disposta a conversar, mas impõe como condição prévia que o Hamas renuncie ao controlo de Gaza.
Coincidência ou não, o governo de Gaza aumentou entretanto para 10 o número de ministros do seu gabinete, informou no início da semana o porta-voz do Hamas, Taher al Nunu.
A decisão foi tomada pelo Conselho de Ministros presidido por Ismael Haniyeh, que deverá apresentar em breve a nova equipa à aprovação do Parlamento, onde o Hamas detém a maioria.
Segundo a Prensa latina, o presidente em funções do Parlamento, Ahmed Bahar, não pôs em causa a legalidade da decisão do governo, pelo que o órgão legislativo será convocado assim que for formalmente solicitado para tal. Recorde-se, a propósito, que cerca de 40 deputados do Hamas estão actualmente presos em Israel.