PCP lembra outros casos

Não à privatização da água na Covilhã

Os comunistas da Covilhã estão contra a decisão da maioria PSD na Câmara Municipal de alienar 49 por cento do capital da Águas da Covilhã, Empresa Municipal à AGS/Hidurbe, pertencente ao universo SOMAGUE. Em conferência de imprensa realizada no dia 24 de Março, o PCP considera que esta decisão, a considerar-se, penalizaria «gravemente os interesses do concelho».
Apesar de o presidente da Câmara ter sucessivamente negado as várias notícias que davam nota da escolha deste grupo no processo de privatização da água, a decisão da autarquia veio agora esclarecê-las. Para o PCP, nada está ainda perdido: «É à Assembleia Municipal que cabe a decisão de autorizar a concretização do negócio e que é nesta onde a Câmara Municipal da Covilhã e Carlos Pinto (presidente) terão de explicar sem subterfúgios todos os detalhes».
Assim, os comunistas exigem que sejam disponibilizados aos eleitos municipais – e ao público em geral - todos os documentos inerentes ao processo. Sejam os estatutos da empresa, o caderno de encargos, ou os critérios associados à escolha da proposta. «Como sabemos que a prática não tem sido essa», os comunistas vão desde já pedir a disponibilização de todos estes documentos, até porque a privatização da água é um assunto do interesse de todos os covilhanenses e não, como até aqui, como um «segredo comercial».
Apesar de, com esta proposta, 49 por cento da gestão se manter pública, os comunistas consideram que a lógica de gestão será privada. Assim, denunciam, se os benefícios serão privados os custos passariam a ser suportados pelos utentes. Os dados conhecidos são, aliás, preocupantes, afirmam os comunistas. Já hoje, os covilhanenses pagam a água a um preço bastante elevado. E preparam-se novos aumentos que garantam os lucros, acusam.
Já noutros pontos do País aconteceu o que se prepara agora para a Covilhã, alerta o PCP. Em Faro, por exemplo, também se privatizou 49 por cento do capital da empresa municipal de água, parte dela à mesma AGS/Hidurbe. Quando esta empresa se «afundou» em «sérias dificuldades económicas», confrontou a Câmara com a necessidade de accionar os mecanismos previstos no contrato para alcançar o chamado «reequilíbrio financeiro». Resultado, aumentou os preços da água aos consumidores.
Em Braga, há outro exemplo interessante, afirmam os comunistas da Covilhã. Privatizado 49 por cento do capital da água, a população de Braga também perdeu. Antes da privatização, a empresa municipal recebia anualmente 1,2 milhões de euros/ano. Agora, a Câmara paga 2,65 milhões ao consórcio privado, entrando 85 por cento desta verba directamente para o bolso dos accionistas.


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