Exploração e luta
Várias dezenas de comunistas desfilaram pelas ruas de Setúbal para denunciar situação social do distrito e exigir outra politica, inserido na campanha partidária «Basta de Injustiças – Mudar de Política para uma Vida Melhor».
Os patrões sentem-se protegidos pelo Governo e atacam os direitos dos trabalhadores
Na Península de Setúbal como no resto do País, os trabalhadores estão em luta contra o aumento da exploração que, em muitas empresas, os patrões tentam aplicar, protegidos que se sentem pela política do Governo, ao seu serviço.
Entre Janeiro em Março, os trabalhadores da Visteon realizaram várias acções de greve pela exigência da negociação do caderno reivindicativo e por um aumento salarial de 50 euros. Na Tanquipor, no Barreiro, salientou-se, os trabalhadores estiveram em greve durante 24 horas lutando por um aumento salarial de 4,2 por cento e pela atribuição de um subsídio de transporte no valor do passe social dos Transportes Colectivos do Barreiro.
Também no Arsenal do Alfeite os trabalhadores estão em luta. Em causa está a defesa da empresa e dos postos de trabalho. Manifestações foram já duas, a 19 de Fevereiro e a 14 de Março. No mesmo dia 14, manifestaram-se os trabalhadores da Estradas de Portugal contra a transformação da empresa em sociedade anónima, com consequente redução de efectivos, direitos e salários.
Na Tayio, luta-se pelos aumentos salariais, congelados há vários anos. Na greve de 24 horas de dia 19 de Março, também se exigiram as diuturnidades e a aplicação do contrato colectivo do sector Químico. Nos TST os trabalhadores exigem o aumento salarial, assim como na Fisipe. Na Gestnave e Erecta concretizou-se o despedimento de 200 trabalhadores, em desrespeito do protocolo assinado pelo Governo que garantia a sua integração no quadro da Lisnave.
Todas estas lutas estiveram em destaque na acção de dia 19 do PCP em Setúbal. Dezenas de comunistas concentraram-se junto ao Centro de Trabalho do Partido e desfilaram pelas ruas da cidade.
Crise não é para todos
Vasco Cardoso, da Comissão Política, enquadrou as lutas dos trabalhadores destas empresas e das populações na luta mais geral contra a política do Governo do PS. Política esta responsável por mais de meio milhão de desempregados, cerca de um milhão e meio de trabalhadores em situação precária e dois milhões de pobres. Os baixos salários e a degradação do poder de compra, a violação dos direitos, aliados às profundas desigualdades e injustiças sociais, marcam o dia-a-dia do País.
O dirigente comunista salientou que estes sacrifícios impostos ao povo «não são para todos». Do outro lado, os lucros dos grandes grupos económicos aumentam, tornando o País o mais desigual da União Europeia – as cem maiores fortunas cresceram 13 por cento em 2006 e 36 por cento em 2007, valendo hoje 34 mil milhões de euros. Já os lucros líquidos dos cinco maiores grupos financeiros cresceram 75 por cento.
Vasco Cardoso alertou ainda para as alterações ao Código do Trabalho que o Governo pretende introduzir. Que tornariam muito pior este já de si negativo quadro legal. E realçou que a alternativa que o País necessita só é possível com a intensificação da luta e com o reforço do Partido.
Entre Janeiro em Março, os trabalhadores da Visteon realizaram várias acções de greve pela exigência da negociação do caderno reivindicativo e por um aumento salarial de 50 euros. Na Tanquipor, no Barreiro, salientou-se, os trabalhadores estiveram em greve durante 24 horas lutando por um aumento salarial de 4,2 por cento e pela atribuição de um subsídio de transporte no valor do passe social dos Transportes Colectivos do Barreiro.
Também no Arsenal do Alfeite os trabalhadores estão em luta. Em causa está a defesa da empresa e dos postos de trabalho. Manifestações foram já duas, a 19 de Fevereiro e a 14 de Março. No mesmo dia 14, manifestaram-se os trabalhadores da Estradas de Portugal contra a transformação da empresa em sociedade anónima, com consequente redução de efectivos, direitos e salários.
Na Tayio, luta-se pelos aumentos salariais, congelados há vários anos. Na greve de 24 horas de dia 19 de Março, também se exigiram as diuturnidades e a aplicação do contrato colectivo do sector Químico. Nos TST os trabalhadores exigem o aumento salarial, assim como na Fisipe. Na Gestnave e Erecta concretizou-se o despedimento de 200 trabalhadores, em desrespeito do protocolo assinado pelo Governo que garantia a sua integração no quadro da Lisnave.
Todas estas lutas estiveram em destaque na acção de dia 19 do PCP em Setúbal. Dezenas de comunistas concentraram-se junto ao Centro de Trabalho do Partido e desfilaram pelas ruas da cidade.
Crise não é para todos
Vasco Cardoso, da Comissão Política, enquadrou as lutas dos trabalhadores destas empresas e das populações na luta mais geral contra a política do Governo do PS. Política esta responsável por mais de meio milhão de desempregados, cerca de um milhão e meio de trabalhadores em situação precária e dois milhões de pobres. Os baixos salários e a degradação do poder de compra, a violação dos direitos, aliados às profundas desigualdades e injustiças sociais, marcam o dia-a-dia do País.
O dirigente comunista salientou que estes sacrifícios impostos ao povo «não são para todos». Do outro lado, os lucros dos grandes grupos económicos aumentam, tornando o País o mais desigual da União Europeia – as cem maiores fortunas cresceram 13 por cento em 2006 e 36 por cento em 2007, valendo hoje 34 mil milhões de euros. Já os lucros líquidos dos cinco maiores grupos financeiros cresceram 75 por cento.
Vasco Cardoso alertou ainda para as alterações ao Código do Trabalho que o Governo pretende introduzir. Que tornariam muito pior este já de si negativo quadro legal. E realçou que a alternativa que o País necessita só é possível com a intensificação da luta e com o reforço do Partido.