A célula dos trabalhadores da CP do Barreiro do PCP congratula-se com a derrota da tentativa de encerramento dos infantários da empresa. Estas estruturas apenas permaneciam em funcionamento no Barreiro, Parede e Entroncamento, tendo a empresa e o Governo anunciado o seu encerramento a partir de 31 de Agosto deste ano.
Para os comunistas, esta era uma «decisão incompreensível, inclusive tendo em conta que muito recentemente foram realizados os investimentos nestes infantários na Parede foram gastos mais de 325 mil euros na aquisição do imóvel e 180 mil euros em obras, enquanto que no Entroncamento o investimento em obras terá ascendido a 215 mil euros». Em Portugal, realçam os comunistas, persiste uma grave carência de creches. Milhares de pais «sofrem todos os anos para encontrar um lugar onde deixar as crianças», realçam os comunistas.
Informa a célula comunista que o Grupo Parlamentar do PCP, após contactos junto das estruturas unitárias dos trabalhadores, avançou com uma pergunta na Assembleia da República ao Governo, «se tenciona ou não assumir a responsabilidade política de salvaguardar a manutenção e o alargamento destes infantários, tomando medidas para antes de mais impedir o seu encerramento». A esta pergunta não obteve ainda qualquer resposta.
Foi no entanto possível com a rápida acção e intervenção dos trabalhadores e das suas estruturas representativas, forçar o Conselho de Gerência a recuar nas suas intenções, valorizam os comunistas. A Administração da CP queria encerrar os infantários «utilizando o falacioso argumento de que as crianças abrangidas correspondem a uma minoria face ao total de crianças em idade pré-escolar», e que em nome da «igualdade» os serviços devem ser encerrados.