De Herodes para Pilatos
Desculpem a referência pascoal. Mas foi o que me veio à ideia ao ouvir os candidatos à presidência dos Estados Unidos, tornados pela comunicação social questão de máxima prioridade.
Pois a mim, o que me chamou a atenção foi que, num cenário económico em que se evidenciam os desequilíbrios estruturais da economia norte-americana, como traço inerente da crise do capitalismo – os candidatos passam por esses problemas como gato por brasas.
Tanto os discursos de Bush para assinalar a passagem de mais um aniversário da invasão do Iraque como os silêncios, tergiversações e embaraços dos candidatos ao seu lugar, mostram que nesse plano todos eles, devida e comprovadamente integrados no sistema dominante, têm como prioridade garantir a primazia do capitalismo imperialista americano, com pequenas diferenças de linguagem e imagem – tal como as que os Evangelhos referem a propósito dos dois personagens a quem atribuem a responsabilidade pela crucificação de Cristo.
Nenhum dos candidatos se opõe à utilização demagógica da «democracia» e da «defesa dos direitos humanos» para atacar liberdades políticas e intensificar a hipertrofia do estado policial, com a proliferação de leis que consagram o terrorismo de Estado e legalizam a violação de direitos humanos. E o projecto para «o novo século americano», que está vigente e não contestado, consagra o princípio da guerra preventiva, da «recriminação» e «punição» aos países considerados como integrantes do «eixo do mal».
Mas a ideia-força do capitalismo imperialista para a saída da crise assenta numa ofensiva contra as conquistas laborais, o corte dos direitos sociais e a devastação do meio ambiente. Nessa ofensiva têm papel determinante as políticas econômicas neoliberais, com a imposição da globalização capitalista, baseada na espoliação de países e povos, na super-exploração das massas, comportando o ataque aos direitos conquistados pelos povos em termos de liberdade, soberania nacional, segurança e direitos sociais.
A isso associa o imperialismo americano a militarização e a guerra,, como processos para pôr a salvo no meio da crise os interesses das grandes empresas monopolistas, em combinação com uma política externa de ultimato e dominação, ignorando o direito internacional tornado letra morta, medidas para impedir que apareçam outras potências com papel de contrapeso ao hegemonismo americano, o que implica atitudes de conflitualidade latente em relação à China e à Rússia, medidas para subordinar a Europa aos interesses americanos, e, como preocupação permanente, o esmagamento das experiências revolucionárias.
- Neste quadro, quem ganhará mais votos? Herodes ou Pilatos?
Este é o dilema que se coloca a qualquer honesto cidadão americano...
Pois a mim, o que me chamou a atenção foi que, num cenário económico em que se evidenciam os desequilíbrios estruturais da economia norte-americana, como traço inerente da crise do capitalismo – os candidatos passam por esses problemas como gato por brasas.
Tanto os discursos de Bush para assinalar a passagem de mais um aniversário da invasão do Iraque como os silêncios, tergiversações e embaraços dos candidatos ao seu lugar, mostram que nesse plano todos eles, devida e comprovadamente integrados no sistema dominante, têm como prioridade garantir a primazia do capitalismo imperialista americano, com pequenas diferenças de linguagem e imagem – tal como as que os Evangelhos referem a propósito dos dois personagens a quem atribuem a responsabilidade pela crucificação de Cristo.
Nenhum dos candidatos se opõe à utilização demagógica da «democracia» e da «defesa dos direitos humanos» para atacar liberdades políticas e intensificar a hipertrofia do estado policial, com a proliferação de leis que consagram o terrorismo de Estado e legalizam a violação de direitos humanos. E o projecto para «o novo século americano», que está vigente e não contestado, consagra o princípio da guerra preventiva, da «recriminação» e «punição» aos países considerados como integrantes do «eixo do mal».
Mas a ideia-força do capitalismo imperialista para a saída da crise assenta numa ofensiva contra as conquistas laborais, o corte dos direitos sociais e a devastação do meio ambiente. Nessa ofensiva têm papel determinante as políticas econômicas neoliberais, com a imposição da globalização capitalista, baseada na espoliação de países e povos, na super-exploração das massas, comportando o ataque aos direitos conquistados pelos povos em termos de liberdade, soberania nacional, segurança e direitos sociais.
A isso associa o imperialismo americano a militarização e a guerra,, como processos para pôr a salvo no meio da crise os interesses das grandes empresas monopolistas, em combinação com uma política externa de ultimato e dominação, ignorando o direito internacional tornado letra morta, medidas para impedir que apareçam outras potências com papel de contrapeso ao hegemonismo americano, o que implica atitudes de conflitualidade latente em relação à China e à Rússia, medidas para subordinar a Europa aos interesses americanos, e, como preocupação permanente, o esmagamento das experiências revolucionárias.
- Neste quadro, quem ganhará mais votos? Herodes ou Pilatos?
Este é o dilema que se coloca a qualquer honesto cidadão americano...