Retrocesso e estagnação
Resultante das políticas de direita dos sucessivos governos, o distrito de Viana do Castelo enfrenta, nos dias de hoje, uma brutal situação de retrocesso e de estagnação.
Há mais reformados do que trabalhadores
Com cerca de 2,4 por cento da área do país e uma densidade populacional de 113 habitantes por quilometro quadrado, o distrito de Viana do Castelo apresenta, a nível nacional, uma posição favorável quanto ao emprego, pelo facto de haver uma elevada percentagem de população não idosa não inserida na actividade produtiva.
No sector privado, por exemplo, o peso da industria extractiva e transformadora, incluído a energia e a água, com 33 por cento da mão-de-obra, é superior à media nacional, que não ultrapassa os 28 por cento.
Na indústria instalada 25 por cento dos trabalhadores exercem a sua actividade em estabelecimentos com mais de 50 funcionários.
Contudo, regista-se um dado contraditório, apesar do número volumoso de micro-empresas que, globalmente, representam 69 por cento do tecido empresarial da região, contribuindo para que o número médio de trabalhadores por estabelecimento seja de 6,5, valor muito inferior à média nacional que é de oito.
«Há uma relativa vantagem derivada da concentração de mão-de-obra em 98 estabelecimentos com mais de 50 trabalhadores e uma desvantagem com pulverização dos trabalhadores nas pequenas e micro-empresas», revelou, na Assembleia Municipal de Ponte de Lima, Acácio Pimenta, eleito da CDU, numa intervenção sobre a «Elaboração de um Plano Estratégico, Económico e Social do Concelho».
Entretanto, nas 5654 micro-empresas existentes no distrito, continuou, «há menos trabalhadores que nos 98 maiores estabelecimentos». «Em oposição a esta pulverização temos uma realidade totalmente oposta que se explica pelo facto de um por cento dos estabelecimentos ocuparem cerca de 25 por cento do número total de trabalhadores», acrescentou.
Já no concelho de Ponte de Lima, os 1419 estabelecimentos existentes empregam 9596 pessoas no universo de uma população de 44 609, o que representa 21,51 por cento da população com emprego.
Situação crítica
Os 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo ocupam uma posição extremamente modesta no que concerne, quer aos salários quer ao índice de poder de compra. «Nenhum concelho beneficia de salários iguais às medidas nacionais e em nenhum concelho o índice de poder de compra está dentro da média nacional», recorda Acácio Pimenta.
Por outro lado, segundo dados referentes ao primeiro semestre de 2006, havia 69 619 pensionistas e reformados do sistema público de segurança social no distrito. A maior parte dizia respeito a 44 470 reformados por velhice cujo o valor médio de reforma (264 euros) era inferior, em cerca de 22 por cento comparativamente à média nacional, percentagem que se fixa nos 12 por cento no que diz respeito às pensões de sobrevivência cujo o valor médio mensal orçava os 151 euros. Relativamente à pensão de invalidez, no valor de 274 euros, a mesma era inferior à média nacional em cerca de oito por cento.
«Se compararmos o número de trabalhadores por conta de outrem (53 341), sem entrar em linha de conta com os funcionários públicos, com a economia paralela e com os trabalhadores independentes e se compararmos esse valores com o número de pensionistas e reformados do sistema público de segurança social a conclusão é a seguinte: há mais reformados do que trabalhadores em oito concelhos do distrito sendo as excepções Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira», informou o eleito da CDU.
Quanto à prestação familiar do abono de família (cerca de 36 400 crianças e jovens), o seu valor é meramente simbólico, face às despesas das famílias. «Estamos a falar de um subsídio, incluindo a bonificação atribuída durante os primeiros 12 meses do bebé, no valor médio mensal de 35 euros», afirmou Acácio Pimenta.
Outro dado preocupante prende-se com o subsídio de desemprego que abrangeu 29 900 casos no primeiro semestre de 2006, o que perfaz uma média mensal de 4983 trabalhadores.
No sector privado, por exemplo, o peso da industria extractiva e transformadora, incluído a energia e a água, com 33 por cento da mão-de-obra, é superior à media nacional, que não ultrapassa os 28 por cento.
Na indústria instalada 25 por cento dos trabalhadores exercem a sua actividade em estabelecimentos com mais de 50 funcionários.
Contudo, regista-se um dado contraditório, apesar do número volumoso de micro-empresas que, globalmente, representam 69 por cento do tecido empresarial da região, contribuindo para que o número médio de trabalhadores por estabelecimento seja de 6,5, valor muito inferior à média nacional que é de oito.
«Há uma relativa vantagem derivada da concentração de mão-de-obra em 98 estabelecimentos com mais de 50 trabalhadores e uma desvantagem com pulverização dos trabalhadores nas pequenas e micro-empresas», revelou, na Assembleia Municipal de Ponte de Lima, Acácio Pimenta, eleito da CDU, numa intervenção sobre a «Elaboração de um Plano Estratégico, Económico e Social do Concelho».
Entretanto, nas 5654 micro-empresas existentes no distrito, continuou, «há menos trabalhadores que nos 98 maiores estabelecimentos». «Em oposição a esta pulverização temos uma realidade totalmente oposta que se explica pelo facto de um por cento dos estabelecimentos ocuparem cerca de 25 por cento do número total de trabalhadores», acrescentou.
Já no concelho de Ponte de Lima, os 1419 estabelecimentos existentes empregam 9596 pessoas no universo de uma população de 44 609, o que representa 21,51 por cento da população com emprego.
Situação crítica
Os 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo ocupam uma posição extremamente modesta no que concerne, quer aos salários quer ao índice de poder de compra. «Nenhum concelho beneficia de salários iguais às medidas nacionais e em nenhum concelho o índice de poder de compra está dentro da média nacional», recorda Acácio Pimenta.
Por outro lado, segundo dados referentes ao primeiro semestre de 2006, havia 69 619 pensionistas e reformados do sistema público de segurança social no distrito. A maior parte dizia respeito a 44 470 reformados por velhice cujo o valor médio de reforma (264 euros) era inferior, em cerca de 22 por cento comparativamente à média nacional, percentagem que se fixa nos 12 por cento no que diz respeito às pensões de sobrevivência cujo o valor médio mensal orçava os 151 euros. Relativamente à pensão de invalidez, no valor de 274 euros, a mesma era inferior à média nacional em cerca de oito por cento.
«Se compararmos o número de trabalhadores por conta de outrem (53 341), sem entrar em linha de conta com os funcionários públicos, com a economia paralela e com os trabalhadores independentes e se compararmos esse valores com o número de pensionistas e reformados do sistema público de segurança social a conclusão é a seguinte: há mais reformados do que trabalhadores em oito concelhos do distrito sendo as excepções Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira», informou o eleito da CDU.
Quanto à prestação familiar do abono de família (cerca de 36 400 crianças e jovens), o seu valor é meramente simbólico, face às despesas das famílias. «Estamos a falar de um subsídio, incluindo a bonificação atribuída durante os primeiros 12 meses do bebé, no valor médio mensal de 35 euros», afirmou Acácio Pimenta.
Outro dado preocupante prende-se com o subsídio de desemprego que abrangeu 29 900 casos no primeiro semestre de 2006, o que perfaz uma média mensal de 4983 trabalhadores.