Entre multas e o despedimento
A Fectrans/CGTP-IN lembrou ao ministro da Administração Interna que para cumprirem os horários que lhes são impostos, os motoristas violam o Código da Estrada. Se não o fazem, arriscam-se ao despedimento.
«Os patrões é que devem ser autuados»
A responsabilidade por esta situação cabe exclusivamente aos patrões do sector e, por isso, «eles é que devem ser autuados», afirmou ao Avante!, depois de uma audiência, dia 21, com o ministro da Administração Interna, o presidente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, Vítor Pereira.
Os motoristas arriscam a vida todos os dias porque «são pressionados, de forma directa ou indirecta, pelas entidades patronais, a não respeitarem o Código da Estrada, para que as mercadorias e os passageiros cheguem ao seu destino na hora marcada», afirmou. A Fectrans/CGTP-IN, considera «injusto e imoral», que os motoristas sejam punidos em vez dos patrões que os obrigam a cometer ilegalidades.
«Se o trabalhador respeita o Código da Estrada e não chega à hora marcada, pode ficar sem o posto de trabalho. Se não o respeita, pode ser-lhe retirada a carta de condução e, consequentemente, perder o emprego», salientou Vítor Pereira.
A delegação sindical alertou o ministro para outras graves situações relacionadas com os tempos de descarga, os horários de trabalho, o aumento da precariedade e a inacção da inspecção do trabalho, que também comprometem a segurança rodoviária».
Na reunião, «o ministro deu-nos razão, mas delegou responsabilidades e competências no Ministério dos Transportes».
A federação tem uma audiência pedida, desde Dezembro e reiterada, dia 22, à secretária de Estado dos Transportes, mas não obteve resposta, «ao contrário dos patrões do sector, com quem tem reunido», acusou Vítor Pereira.
Ferroviários exigem estabilidade
Na CP, REFER e EMEF, os trabalhadores estão, desde dia 1, sem quaisquer actualizações salariais, recordou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, no seu boletim informativo. Na reunião de dia 21, com a administração da REFER, esta não apresentou qualquer proposta de actualização, enquanto nas outras empresas «não há sequer reuniões marcadas» para que se iniciem as negociações. Para o sindicato, este é mais um exemplo da forma como o Governo tenta arrecadar receitas à custa dos trabalhadores e não dos grandes grupos económicos que continuam a acumular lucros.
Outro forte alerta é dado relativamente ao projecto do Centro de Comando Operacional (CCO) do Porto, que poderá pôr em causa «muitos postos de trabalho», de todas as categorias, na REFER. A preocupação decorre da entrada em funcionamento de outro CCO, em Braço de Prata, onde a administração, segundo o sindicato, não apresentou qualquer plano relativo a mobilidades, novas colocações ou à extinção de postos de trabalho, nem garantiu qualquer apoio social aos envolvidos.
O mesmo boletim revela que na Tex, empresa tutelada pela CP, cinco trabalhadoras das lojas do Norte foram despedidas, embora haja receitas suficientes para manter os empregos, considera o sindicato.
CP quer fechar infantários
O Conselho de Gerência da CP anunciou o fecho dos infantários para os filhos dos trabalhadores, na Parede, no Barreiro e no Entroncamento, a partir de 31 de Agosto. Ao recordar investimentos recentes naquelas instalações, e a criação do subsídio pré-escolar mensal, cujos valores foram decididos unilateralmente, o SNTSF garante que os trabalhadores não ficarão de braços cruzados, também porque estão em causa 24 postos de trabalho.
Os motoristas arriscam a vida todos os dias porque «são pressionados, de forma directa ou indirecta, pelas entidades patronais, a não respeitarem o Código da Estrada, para que as mercadorias e os passageiros cheguem ao seu destino na hora marcada», afirmou. A Fectrans/CGTP-IN, considera «injusto e imoral», que os motoristas sejam punidos em vez dos patrões que os obrigam a cometer ilegalidades.
«Se o trabalhador respeita o Código da Estrada e não chega à hora marcada, pode ficar sem o posto de trabalho. Se não o respeita, pode ser-lhe retirada a carta de condução e, consequentemente, perder o emprego», salientou Vítor Pereira.
A delegação sindical alertou o ministro para outras graves situações relacionadas com os tempos de descarga, os horários de trabalho, o aumento da precariedade e a inacção da inspecção do trabalho, que também comprometem a segurança rodoviária».
Na reunião, «o ministro deu-nos razão, mas delegou responsabilidades e competências no Ministério dos Transportes».
A federação tem uma audiência pedida, desde Dezembro e reiterada, dia 22, à secretária de Estado dos Transportes, mas não obteve resposta, «ao contrário dos patrões do sector, com quem tem reunido», acusou Vítor Pereira.
Ferroviários exigem estabilidade
Na CP, REFER e EMEF, os trabalhadores estão, desde dia 1, sem quaisquer actualizações salariais, recordou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, no seu boletim informativo. Na reunião de dia 21, com a administração da REFER, esta não apresentou qualquer proposta de actualização, enquanto nas outras empresas «não há sequer reuniões marcadas» para que se iniciem as negociações. Para o sindicato, este é mais um exemplo da forma como o Governo tenta arrecadar receitas à custa dos trabalhadores e não dos grandes grupos económicos que continuam a acumular lucros.
Outro forte alerta é dado relativamente ao projecto do Centro de Comando Operacional (CCO) do Porto, que poderá pôr em causa «muitos postos de trabalho», de todas as categorias, na REFER. A preocupação decorre da entrada em funcionamento de outro CCO, em Braço de Prata, onde a administração, segundo o sindicato, não apresentou qualquer plano relativo a mobilidades, novas colocações ou à extinção de postos de trabalho, nem garantiu qualquer apoio social aos envolvidos.
O mesmo boletim revela que na Tex, empresa tutelada pela CP, cinco trabalhadoras das lojas do Norte foram despedidas, embora haja receitas suficientes para manter os empregos, considera o sindicato.
CP quer fechar infantários
O Conselho de Gerência da CP anunciou o fecho dos infantários para os filhos dos trabalhadores, na Parede, no Barreiro e no Entroncamento, a partir de 31 de Agosto. Ao recordar investimentos recentes naquelas instalações, e a criação do subsídio pré-escolar mensal, cujos valores foram decididos unilateralmente, o SNTSF garante que os trabalhadores não ficarão de braços cruzados, também porque estão em causa 24 postos de trabalho.