Referendo popular chumba privatização
Os habitantes da cidade alemã de Leipzig, na antiga RDA, bloquearam venda do distribuidor municipal de electricidade ao gigante estatal francês GDF, através de um referendo realizado no dia 27 de Janeiro.
O grupo francês venceu o concurso de concessão em Outubro passado, comprometendo-se a pagar 520 milhões de euros ao município por de 49,9 por cento do capital da Leipziger Stadtwerke (SWL), empresa pública que gerou 1,7 mil milhões euros em 2006 e conta com 300 mil consumidores de electricidade e 120 mil de gás.
O presidente da câmara, o democrata-cristão Burkhart Jung, pretendia assim amortizar parte substancial da colossal dívida municipal avaliada em cerca de 900 mil milhões de euros. Contudo, não detendo a maioria no conselho municipal, Jung não conseguiu concretizar os seus intentos.
Entretanto, alguns partidos e sindicatos juntamente com associações populares começaram a recolher assinaturas para a realização de um referendo local. Para além do inevitável aumento de preços, já verificado em muitos outros municípios que privatizaram a energia, a população temia consequências nos transportes públicos que são hoje financiados em grande parte com os lucros do gás e da electricidade.
Em breve os activistas do movimento recolherem 42 mil assinaturas, conseguindo impor o primeiro referendo de iniciativa popular na história de Leipzig. A contagem dos votos forneceu resultados expressivos: 87,4 por cento dos 147.767 votantes rejeitaram a privatização da SWL, o quórum de 104 mil votantes foi superado e a consulta teve efeitos vinculativos para a autarquia.
O grupo francês venceu o concurso de concessão em Outubro passado, comprometendo-se a pagar 520 milhões de euros ao município por de 49,9 por cento do capital da Leipziger Stadtwerke (SWL), empresa pública que gerou 1,7 mil milhões euros em 2006 e conta com 300 mil consumidores de electricidade e 120 mil de gás.
O presidente da câmara, o democrata-cristão Burkhart Jung, pretendia assim amortizar parte substancial da colossal dívida municipal avaliada em cerca de 900 mil milhões de euros. Contudo, não detendo a maioria no conselho municipal, Jung não conseguiu concretizar os seus intentos.
Entretanto, alguns partidos e sindicatos juntamente com associações populares começaram a recolher assinaturas para a realização de um referendo local. Para além do inevitável aumento de preços, já verificado em muitos outros municípios que privatizaram a energia, a população temia consequências nos transportes públicos que são hoje financiados em grande parte com os lucros do gás e da electricidade.
Em breve os activistas do movimento recolherem 42 mil assinaturas, conseguindo impor o primeiro referendo de iniciativa popular na história de Leipzig. A contagem dos votos forneceu resultados expressivos: 87,4 por cento dos 147.767 votantes rejeitaram a privatização da SWL, o quórum de 104 mil votantes foi superado e a consulta teve efeitos vinculativos para a autarquia.