Protesto massivo
Num dia em que praticamente todas as actividades económicas paralisaram, centenas de milhares de gregos manifestaram-se nas ruas de Atenas, Tessalónica e muitas outras cidades do país.
A segunda greve geral em dois meses registou uma adesão maciça
A greve geral de dia 13, a segunda em dois meses, confirmou o profundo descontentamento dos gregos com as políticas liberais do governo conservador de Costas Caramanlis. Convocada pelas principais centrais sindicais do país, a greve paralisou toda a administração pública, transportes terrestres, fluviais e aéreos, bem como a generalidade do sector privado. Escolas, hospitais, tribunais, serviços públicos, bancos, portos, aeroportos, construção civil, indústrias - tudo esteve parado na quarta-feira da semana passada, dia em que não houve sequer notícias devido à adesão maciça dos gráficos e jornalistas.
Em Atenas, segundo relatou a EuroNews, um dos poucos órgãos internacionais que noticiaram a greve, nenhum voo se realizou, os barcos permaneceram atracados ao cais, não circulou um só comboio, um autocarro, um metro ou um trólei. Só à tarde alguns transportes foram reactivados para permitir o afluxo dos manifestantes para o local da concentração no centro da cidade.
Em 12 de Dezembro, uma greve similar, igualmente silenciada pelas agências e principais órgãos de informação da Europa, já havia parado o país mas não demoveu o governo das suas reformas anti-sociais.
Tal como nesse dia, os trabalhadores gregos desfilaram de novo em defesa dos direitos de aposentação, repudiando as «reformas» de Caramanlis que visam extinguir cerca de centena e meia de fundos de pensões existentes no país.
O governo justifica a redução de direitos com a necessidade de tornar a economia mais competitiva e recuperar a situação financeira da segurança social, assegurando que esta entrará em colapso caso nos próximos 15 anos nada seja feito. Em resposta, sindicatos e trabalhadores exigem o financiamento público do sistema e lembram que, antes das eleições de Setembro, Caramanlis prometeu não aumentar a idade da reforma, não reduzir as pensões nem aumentar as contribuições dos trabalhadores.
Analisando a crise social no país, a secretária-geral do Partido Comunista da Grécia, Aleka Papariga, apelou ao «contra-ataque das forças populares para repelir e derrotar a actual política contrária aos interesses dos trabalhadores».
Em excertos de uma entrevista divulgados pelo Rizospastis, no dia 12, Papariga declarou que não pode haver compromissos com o rumo neoliberal: «Isto significa lutar por aumentos reais dos salários e rejeitar as negociações por apenas alguns cêntimos. Significa lutar por um sistema exclusivamente público e gratuito de educação, saúde e segurança social».
Em Atenas, segundo relatou a EuroNews, um dos poucos órgãos internacionais que noticiaram a greve, nenhum voo se realizou, os barcos permaneceram atracados ao cais, não circulou um só comboio, um autocarro, um metro ou um trólei. Só à tarde alguns transportes foram reactivados para permitir o afluxo dos manifestantes para o local da concentração no centro da cidade.
Em 12 de Dezembro, uma greve similar, igualmente silenciada pelas agências e principais órgãos de informação da Europa, já havia parado o país mas não demoveu o governo das suas reformas anti-sociais.
Tal como nesse dia, os trabalhadores gregos desfilaram de novo em defesa dos direitos de aposentação, repudiando as «reformas» de Caramanlis que visam extinguir cerca de centena e meia de fundos de pensões existentes no país.
O governo justifica a redução de direitos com a necessidade de tornar a economia mais competitiva e recuperar a situação financeira da segurança social, assegurando que esta entrará em colapso caso nos próximos 15 anos nada seja feito. Em resposta, sindicatos e trabalhadores exigem o financiamento público do sistema e lembram que, antes das eleições de Setembro, Caramanlis prometeu não aumentar a idade da reforma, não reduzir as pensões nem aumentar as contribuições dos trabalhadores.
Analisando a crise social no país, a secretária-geral do Partido Comunista da Grécia, Aleka Papariga, apelou ao «contra-ataque das forças populares para repelir e derrotar a actual política contrária aos interesses dos trabalhadores».
Em excertos de uma entrevista divulgados pelo Rizospastis, no dia 12, Papariga declarou que não pode haver compromissos com o rumo neoliberal: «Isto significa lutar por aumentos reais dos salários e rejeitar as negociações por apenas alguns cêntimos. Significa lutar por um sistema exclusivamente público e gratuito de educação, saúde e segurança social».