Regresso ao passado
O Governo decidiu alterar profundamente o funcionamento dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), concentrando todos os Blocos Cirúrgicos Periféricos apenas num e centralizando todas as consultas externas também num único e mesmo espaço. Preocupada com esta decisão – que baixa a qualidade de segurança dos serviços prestados e põe em risco a estabilidade dos trabalhadores dos vários grupos profissionais – a Célula do PCP nos HUC afirma que se está a «regressar ao antigamente, ao tempo do Hospital Velho». Mas há mais: falta regularmente material de consumo diário em determinados serviços – luvas, toalhetes de papel para secar as mãos, fraldas, resguardos descartáveis –, para além de haver torneiras a funcionar mal, falta de sabão líquido junto ao refeitório e até de papel higiénico, chegando os médicos das urgências, por falta de lavatórios próprios para o efeito, a lavar as mãos no sítio onde é despejada a urina dos doentes.
Enquanto isto acontece, centenas de doentes são encaminhados para hospitais privados fora de Coimbra com vale cirúrgico, apesar de os HUC terem capacidade para realizar todas essas intervenções, caso se permitisse a realização de horas extraordinárias e o trabalho ao sábado.
A verdade, lembra a Célula do PCP é que, a nível nacional, já 35 mil utentes devolveram o vale cirúrgico e voltaram a inscrever-se nas listas de espera, muitos por terem sido enviados para longe de casa onde, devido às dificuldades de deslocação, não podem ter o devido apoio familiar.
Enfim, ao não aproveitar as capacidades do hospital, o Governo está é a favorecer os privados e a penalizar o SNS, uma vez que, se as cirurgias fossem ali realizadas, esse dinheiro reverteria para os próprios HUC e para os seus profissionais, na proporção de 60% e 40% respectivamente.
Enquanto isto acontece, centenas de doentes são encaminhados para hospitais privados fora de Coimbra com vale cirúrgico, apesar de os HUC terem capacidade para realizar todas essas intervenções, caso se permitisse a realização de horas extraordinárias e o trabalho ao sábado.
A verdade, lembra a Célula do PCP é que, a nível nacional, já 35 mil utentes devolveram o vale cirúrgico e voltaram a inscrever-se nas listas de espera, muitos por terem sido enviados para longe de casa onde, devido às dificuldades de deslocação, não podem ter o devido apoio familiar.
Enfim, ao não aproveitar as capacidades do hospital, o Governo está é a favorecer os privados e a penalizar o SNS, uma vez que, se as cirurgias fossem ali realizadas, esse dinheiro reverteria para os próprios HUC e para os seus profissionais, na proporção de 60% e 40% respectivamente.