O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, recebeu, domingo, em Buenos Aires, os homólogos da Venezuela, Hugo Chávez, Bolívia, Evo Morales, Equador, Rafael Correa, Brasil, Lula da Silva e Paraguai, Nicanor Duarte, para a cerimónia de assinatura da acta constitutiva do Banco do Sul. O Uruguai também faz parte do projecto lançado por Chávez para o subcontinente, mas Tabaré Vásquez não pôde estar no acto oficial tendo firmado o documento segunda-feira.
Com a constituição da nova entidade financeira, os sete países latino-americanos passam a dispor de um instrumento de promoção da integração regional, podendo o mesmo vir a resultar na circulação de uma moeda comum.
O Banco do Sul, disseram os primeiros subscritores, permitirá desenvolver sectores chave da economia e programas sociais em curso em cada um dos países sem que estes estejam sob a alçada das instituições servis do imperialismo, como o Banco Mundial ou o FMI. Acresce que as transacções comerciais entre os parceiros do cone Sul e as reservas próprias de divisas passam para fora do circuito do dólar, resgatando-as da instabilidade e da especulação bolsista manejadas por Washington ao sabor dos interesses do capital transnacional.