Sérvios elegeram presidente
Rajko Kuzmanovic venceu, domingo, as presidenciais na República Sérvia da Bósnia-Herzegovina com cerca de 46 por cento dos votos.
O candidato da União dos Social-democratas Independentes, partido do primeiro-ministro Milorad Dodik, bateu por larga margem os mais directos rivais, Mladen Ivanic, líder do Partido do Progresso Democrático e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Bósnia, e Ognjen Tadic, advogado e membro do Partido Democrático Sérvio, cujas votações somadas não ultrapassaram os boletins confiados a Kuzmanovic.
Apesar de mais de um milhão de sérvios da Bósnia estarem habilitados a votar nas presidenciais da república autónoma, os dados oficiais afirmam que pelo menos metade da população não compareceu às urnas. O sufrágio, ao qual se apresentaram um total de dez candidatos, foi marcado depois da morte, a 30 de Setembro, do então chefe de Estado Milan Jelic.
A República Sérvia da Bósnia constitui juntamente com a homóloga gerida pelas comunidades muçulmana e croata as duas regiões da Bósnia-Herzegovina, país onde o Estado central praticamente não existe, ficando a administração entregue às duas autonomias.
A clivagem resultante da guerra nos Balcãs é dificilmente ultrapassada pela imposição das instituições, tanto que, mais de uma década depois do fim dos combates, só no início deste mês foi possível estabelecer um acordo para a formação de uma força policial unificada.
Crimes de guerra e contrabando
Entretanto, as débeis autoridades judiciais bósnias informaram ter agido contra dois suspeitos de crimes de guerra durante o conflito nos Balcãs, Vinko Kondic, 54 anos, de origem sérvia, e Vahid Alagic, de origem muçulmana.
Kondic, tido como o braço direito do antigo chefe da polícia da região de Prijedor, Simo Drljaca, morto em 1997 às mãos dos soldados britânicos destacados no território, foi imediatamente detido embora não tenham sido divulgados os crimes que lhe são apontados, ao passo que Alagic, responsável máximo pela polícia de fronteira da Bósnia, a DGS, e suspeito da morte de 48 civis sérvios, foi apenas suspenso das suas funções.
No mesmo dia, sexta-feira, paralelamente à acusação movida contra Alagic, outros 12 oficiais da DGS foram indiciados por contrabando de automóveis, negócio que, segundo apurou a agência de notícias SRNA, envolve outros funcionários da alfândega e dos portos marítimos do país.
O candidato da União dos Social-democratas Independentes, partido do primeiro-ministro Milorad Dodik, bateu por larga margem os mais directos rivais, Mladen Ivanic, líder do Partido do Progresso Democrático e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Bósnia, e Ognjen Tadic, advogado e membro do Partido Democrático Sérvio, cujas votações somadas não ultrapassaram os boletins confiados a Kuzmanovic.
Apesar de mais de um milhão de sérvios da Bósnia estarem habilitados a votar nas presidenciais da república autónoma, os dados oficiais afirmam que pelo menos metade da população não compareceu às urnas. O sufrágio, ao qual se apresentaram um total de dez candidatos, foi marcado depois da morte, a 30 de Setembro, do então chefe de Estado Milan Jelic.
A República Sérvia da Bósnia constitui juntamente com a homóloga gerida pelas comunidades muçulmana e croata as duas regiões da Bósnia-Herzegovina, país onde o Estado central praticamente não existe, ficando a administração entregue às duas autonomias.
A clivagem resultante da guerra nos Balcãs é dificilmente ultrapassada pela imposição das instituições, tanto que, mais de uma década depois do fim dos combates, só no início deste mês foi possível estabelecer um acordo para a formação de uma força policial unificada.
Crimes de guerra e contrabando
Entretanto, as débeis autoridades judiciais bósnias informaram ter agido contra dois suspeitos de crimes de guerra durante o conflito nos Balcãs, Vinko Kondic, 54 anos, de origem sérvia, e Vahid Alagic, de origem muçulmana.
Kondic, tido como o braço direito do antigo chefe da polícia da região de Prijedor, Simo Drljaca, morto em 1997 às mãos dos soldados britânicos destacados no território, foi imediatamente detido embora não tenham sido divulgados os crimes que lhe são apontados, ao passo que Alagic, responsável máximo pela polícia de fronteira da Bósnia, a DGS, e suspeito da morte de 48 civis sérvios, foi apenas suspenso das suas funções.
No mesmo dia, sexta-feira, paralelamente à acusação movida contra Alagic, outros 12 oficiais da DGS foram indiciados por contrabando de automóveis, negócio que, segundo apurou a agência de notícias SRNA, envolve outros funcionários da alfândega e dos portos marítimos do país.