Em defesa da escola pública
A propósito de declarações do primeiro-ministro que, no dia 30, se declarou defensor da escola pública, o Sindicato dos Professores da Região Centro, SPRC/CGTP-IN, salientou, em comunicado, no mesmo dia, que «não bastam as palavras», e desafia Sócrates a levar as suas declarações «até às últimas consequências», tomando medidas nesse sentido, nomeadamente que impeça a manutenção de acordos com colégios que tiram ao erário público mais de 250 milhões de euros por ano. Outra medida proposta é que impeça a transferência de responsabilidades escolares e educativas do Estão para a iniciativa privada, nas Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e trave «a exploração de milhares de docentes colocados por autarquias ou por empresas para leccionarem as AEC, sem vínculo laboral estável, sem salários dignos e, na maioria dos casos, completamente desprotegidos do desemprego». O SPRC também considera que Sócrates devia impedir a privatização da gestão de equipamentos educativos desencadeada por algumas autarquias, como Aveiro.
Quanto às declarações da ministra que disse não poder investir mais na Educação porque gasta mais nos salários dos docentes do que alguns congéneres europeus, o SPRC/CGTP-IN lembra que se a ministra convencer o Governo a obter receitas que suportem esse investimento, tratando a Educação como uma efectiva prioridade poderá alterar a situação e sugere que, com esse propósito, sejam taxadas as grandes fortunas, acabem as isenções fiscais e os perdões à banca.
Quanto às declarações da ministra que disse não poder investir mais na Educação porque gasta mais nos salários dos docentes do que alguns congéneres europeus, o SPRC/CGTP-IN lembra que se a ministra convencer o Governo a obter receitas que suportem esse investimento, tratando a Educação como uma efectiva prioridade poderá alterar a situação e sugere que, com esse propósito, sejam taxadas as grandes fortunas, acabem as isenções fiscais e os perdões à banca.