Pelo direito à saúde
Porque o Grupo Caixa Seguros (GCS) pretende retirar condições consagradas no seu seguro de saúde e dos familiares, os beneficiários concentraram-se, dia 30, à porta da sede.
A Moção teve a maior adesão de sempre com 825 assinaturas
Porque o Grupo Caixa Seguros (GCS) pretende retirar condições consagradas no seu seguro de saúde e dos familiares, os beneficiários concentraram-se, dia 30, à porta da sede.
Maioritariamente da Império-Bonança, os mais de cem manifestantes que se concentraram durante a tarde, no Largo do Calhariz, em Lisboa, protagonizaram «uma forte acção de protesto da classe profissional em defesa dos seus direitos», afirmou ao Avante!, o dirigente e representante da tendência unitária do Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins, SINAPSA, José Manuel Jorge. .
Na Moção aprovada na acção e subscrita por 825 trabalhadores num universo de mais de 1300, salienta-se que, a Administração pretende comprometer direitos consagrados através de alterações profundas ao seguro de saúde que também abarca os respectivos agregados familiares. Perante esta intenção de retirada de direitos contratualmente consagrados, os sindicatos SINAPSA, STAS e as Comissões de Trabalhadores da Império-Bonança e da CARES convocaram a concentração.
«A uma maior intervenção em defesa dos direitos dos trabalhadores está interligado um processo iniciado há dois anos quando, nas eleições para a CT da Império-Bonança, a tendência unitária venceu e a sua composição de 11 elementos passou a ter seis da lista unitária, três da tendência social-democrata e dois da socialista», recordou o dirigente do SINAPSA.
A tendência unitária também se tem destacado, através da sua Comissão de Jovens, que tem conseguido revitalizar a estrutura e acção sindical junto dos contratados a prazo que, segundo José Jorge, satisfazem, actualmente, 80 por cento dos serviços de saúde prestados pelo GCS.
Num sector sem tradições de luta, «é muito difícil conseguirmos romper com hábitos de décadas de imobilismo, o que torna ainda mais notável a adesão à concentração e ao abaixo-assinado», afirmou.
A Comissão de Trabalhadores da Fidelidade-Mundial não subscreveu a Moção, preferindo «manter o seu papel histórico de complacência, pondo-se à margem do problema, embora muitos dos seus trabalhadores tenham subscrito a Moção».
Nivelar por baixo
As condições do seguro de saúde em cada uma das seguradoras do Grupo Caixa Seguros (GCS) são diferentes. Com a integração no mesmo Grupo, há dois anos, «a administração resolveu nivelar essas condições por baixo», recordou o dirigente sindical.
Durante dez anos «foram impostos congelamentos salariais a quem provinha de seguradoras onde os complementos remuneratórios eram mais vantajosos, nomeadamente da Império-Bonança». Para isso, a administração argumentou que pretendia fazer progredir os salários onde esses complementos valiam menos até fossem equiparados às comparticipações praticadas na que garantia mais incentivos.
«Desta forma, ocorreram sérios prejuízos salariais para os trabalhadores da Império-Bonança», acrescentou José Jorge, lembrando que os beneficiados viram cortes em comparticipações como a hospitalização, ambulatório, consultas, dentista, oftalmologia e outras, também dos respectivos agregados familiares.
«Tentam agora nivelar os seguros por baixo, como fizeram com os salários», considerou, salientando que «também o seguro vitalício, até aqui garantido a todos, mesmo depois de se reformarem está ameaçado».
Se os trabalhadores têm hoje estes direitos, «não se deveu a qualquer vontade benévola do CA», esclareceu o dirigente da tendência unitária no SINAPSA.
O aparecimento das apólices «foi uma decisão conjunta das seguradoras para conformar os trabalhadores às perdas salariais que se registam desde 2000», esclareceu.
«Parecia uma estratégia cheia de bondade, mas o propósito foi angariar os trabalhadores do sector como clientes, e dar mais um passo para privatização do sector da saúde, que é o grande objectivo das seguradoras», acrescentou.
O GCS é também composto pela Via Directa, a CARES (assistência ao cliente com call-centers), a EPS e a Multicare. Num mercado maioritariamente público, tem uma quota de 26 por cento e obteve, no primeiro semestre deste ano, lucros de mais 19,8 por cento.
Privilegiar a unidade
A Moção entregue na sede do Grupo Caixa salienta que os trabalhadores estão a ser «alvo de uma política continuada de retirada de direitos, com consequente agravamento das suas condições sociais e materiais».
Daí a necessidade de se acentuar «uma dinâmica de esclarecimento e mobilização, a nível nacional, que envolva todos os trabalhadores, as suas estruturas e sindicatos, privilegiando a sua unidade, incluindo reformados e pré-reformados, na luta em defesa dos direitos contratuais e extra-contratuais».
O documento recorda como, sob o pretexto do nivelamento, «começaram por ser retirados os prémios atribuídos por mérito e outros complementos de remuneração» e reduzidas as coberturas existentes no seguro dos trabalhadores da Império-Bonança.
Os signatários rejeitam a tentativa de agravamento das condições em vigor e defendem que o seguro e os benefícios sociais sejam iguais em todas as seguradoras.
Maioritariamente da Império-Bonança, os mais de cem manifestantes que se concentraram durante a tarde, no Largo do Calhariz, em Lisboa, protagonizaram «uma forte acção de protesto da classe profissional em defesa dos seus direitos», afirmou ao Avante!, o dirigente e representante da tendência unitária do Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins, SINAPSA, José Manuel Jorge. .
Na Moção aprovada na acção e subscrita por 825 trabalhadores num universo de mais de 1300, salienta-se que, a Administração pretende comprometer direitos consagrados através de alterações profundas ao seguro de saúde que também abarca os respectivos agregados familiares. Perante esta intenção de retirada de direitos contratualmente consagrados, os sindicatos SINAPSA, STAS e as Comissões de Trabalhadores da Império-Bonança e da CARES convocaram a concentração.
«A uma maior intervenção em defesa dos direitos dos trabalhadores está interligado um processo iniciado há dois anos quando, nas eleições para a CT da Império-Bonança, a tendência unitária venceu e a sua composição de 11 elementos passou a ter seis da lista unitária, três da tendência social-democrata e dois da socialista», recordou o dirigente do SINAPSA.
A tendência unitária também se tem destacado, através da sua Comissão de Jovens, que tem conseguido revitalizar a estrutura e acção sindical junto dos contratados a prazo que, segundo José Jorge, satisfazem, actualmente, 80 por cento dos serviços de saúde prestados pelo GCS.
Num sector sem tradições de luta, «é muito difícil conseguirmos romper com hábitos de décadas de imobilismo, o que torna ainda mais notável a adesão à concentração e ao abaixo-assinado», afirmou.
A Comissão de Trabalhadores da Fidelidade-Mundial não subscreveu a Moção, preferindo «manter o seu papel histórico de complacência, pondo-se à margem do problema, embora muitos dos seus trabalhadores tenham subscrito a Moção».
Nivelar por baixo
As condições do seguro de saúde em cada uma das seguradoras do Grupo Caixa Seguros (GCS) são diferentes. Com a integração no mesmo Grupo, há dois anos, «a administração resolveu nivelar essas condições por baixo», recordou o dirigente sindical.
Durante dez anos «foram impostos congelamentos salariais a quem provinha de seguradoras onde os complementos remuneratórios eram mais vantajosos, nomeadamente da Império-Bonança». Para isso, a administração argumentou que pretendia fazer progredir os salários onde esses complementos valiam menos até fossem equiparados às comparticipações praticadas na que garantia mais incentivos.
«Desta forma, ocorreram sérios prejuízos salariais para os trabalhadores da Império-Bonança», acrescentou José Jorge, lembrando que os beneficiados viram cortes em comparticipações como a hospitalização, ambulatório, consultas, dentista, oftalmologia e outras, também dos respectivos agregados familiares.
«Tentam agora nivelar os seguros por baixo, como fizeram com os salários», considerou, salientando que «também o seguro vitalício, até aqui garantido a todos, mesmo depois de se reformarem está ameaçado».
Se os trabalhadores têm hoje estes direitos, «não se deveu a qualquer vontade benévola do CA», esclareceu o dirigente da tendência unitária no SINAPSA.
O aparecimento das apólices «foi uma decisão conjunta das seguradoras para conformar os trabalhadores às perdas salariais que se registam desde 2000», esclareceu.
«Parecia uma estratégia cheia de bondade, mas o propósito foi angariar os trabalhadores do sector como clientes, e dar mais um passo para privatização do sector da saúde, que é o grande objectivo das seguradoras», acrescentou.
O GCS é também composto pela Via Directa, a CARES (assistência ao cliente com call-centers), a EPS e a Multicare. Num mercado maioritariamente público, tem uma quota de 26 por cento e obteve, no primeiro semestre deste ano, lucros de mais 19,8 por cento.
Privilegiar a unidade
A Moção entregue na sede do Grupo Caixa salienta que os trabalhadores estão a ser «alvo de uma política continuada de retirada de direitos, com consequente agravamento das suas condições sociais e materiais».
Daí a necessidade de se acentuar «uma dinâmica de esclarecimento e mobilização, a nível nacional, que envolva todos os trabalhadores, as suas estruturas e sindicatos, privilegiando a sua unidade, incluindo reformados e pré-reformados, na luta em defesa dos direitos contratuais e extra-contratuais».
O documento recorda como, sob o pretexto do nivelamento, «começaram por ser retirados os prémios atribuídos por mérito e outros complementos de remuneração» e reduzidas as coberturas existentes no seguro dos trabalhadores da Império-Bonança.
Os signatários rejeitam a tentativa de agravamento das condições em vigor e defendem que o seguro e os benefícios sociais sejam iguais em todas as seguradoras.