Gaza sob pressão
O governo israelita decidiu aplicar cortes no fornecimento de energia à Faixa de Gaza. Um milhão e meio de palestinianos são afectados pela medida.
Um castigo colectivo inaceitável, protestam as organizações humanitárias
A possível restrição do fornecimento de combustíveis ao território administrado pelo Hamas já havia sido avançada quando no passado mês de Setembro o executivo liderado por Ehud Olmert classificou a Faixa de Gaza como «território hostil», mas só no último domingo os israelitas cumpriram a ameaça.
Para a Autoridade Nacional Palestiniana de Gaza, a decisão de Telavive coloca o enclave em sérias dificuldades e torna a vida dos cerca de um milhão e meio de habitantes ainda mais difícil.
Ao corte na gasolina e gasóleo, acresce a restrição de movimentos aplicada por Israel – que praticamente impede a entrada ou saída do território, inclusivamente para trabalhar ou receber assistência médica -, e o garrote imposto igualmente no que ao fornecimento de electricidade diz respeito.
A Faixa de Gaza depende em mais de 60 por cento do fornecimento de energia eléctrica do exterior, mas os israelitas defendem que ao classificarem Gaza como «território hostil» deixam de ser obrigados a cumprir as convenções internacionais sobre prestação de serviços públicos à população civil.
Israelitas processados
Reagindo ao embargo, uma dezena de organizações humanitárias israelitas e palestinianas interpuseram junto do Supremo Tribunal de Israel uma queixa contra a interrupção do fornecimento de energia a Gaza, medida que qualificam de desumana.
Os activistas consideram ainda que tal decisão consubstancia um «castigo colectivo inaceitável» e alertam para as consequências devastadoras da referida punição, nomeadamente para os entraves que tal coloca, por exemplo, ao regular funcionamento dos hospitais e outras unidades de apoio à população.
«As consequências da interrupção do fornecimento de energia eléctrica e de combustível não podem ser controladas ou preestabelecidas. A obstrução deliberada de infra-estruturas civis em Gaza é ilegal», afirmaram em declarações aos órgãos de comunicação social locais.
Exército continua a matar
Entretanto, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, as operações do exército israelita continuam a provocar vítimas entre a população, isto apesar das declarações de boas intenções proferidas recentemente pelos responsáveis de Telavive e Washington quanto à pacificação dos territórios e a retoma do processo de paz.
Segunda-feira, na localidade de Beit Hanoun, em Gaza, um homem de 44 anos foi baleado por soldados israelitas durante uma campanha envolvendo forças especiais do exército apoiadas por meios aéreos. Os bombardeamentos deixaram pelo menos uma dezena de feridos.
Na Cisjordânia os ataques e detenções também não cessam. As cidades de Nablus, Belém e Ramala foram os alvos principais. No total, 25 palestinianos foram presos, domingo, e levados para interrogatório em Israel sem que tenham sido divulgados os motivos das detenções.
Para a Autoridade Nacional Palestiniana de Gaza, a decisão de Telavive coloca o enclave em sérias dificuldades e torna a vida dos cerca de um milhão e meio de habitantes ainda mais difícil.
Ao corte na gasolina e gasóleo, acresce a restrição de movimentos aplicada por Israel – que praticamente impede a entrada ou saída do território, inclusivamente para trabalhar ou receber assistência médica -, e o garrote imposto igualmente no que ao fornecimento de electricidade diz respeito.
A Faixa de Gaza depende em mais de 60 por cento do fornecimento de energia eléctrica do exterior, mas os israelitas defendem que ao classificarem Gaza como «território hostil» deixam de ser obrigados a cumprir as convenções internacionais sobre prestação de serviços públicos à população civil.
Israelitas processados
Reagindo ao embargo, uma dezena de organizações humanitárias israelitas e palestinianas interpuseram junto do Supremo Tribunal de Israel uma queixa contra a interrupção do fornecimento de energia a Gaza, medida que qualificam de desumana.
Os activistas consideram ainda que tal decisão consubstancia um «castigo colectivo inaceitável» e alertam para as consequências devastadoras da referida punição, nomeadamente para os entraves que tal coloca, por exemplo, ao regular funcionamento dos hospitais e outras unidades de apoio à população.
«As consequências da interrupção do fornecimento de energia eléctrica e de combustível não podem ser controladas ou preestabelecidas. A obstrução deliberada de infra-estruturas civis em Gaza é ilegal», afirmaram em declarações aos órgãos de comunicação social locais.
Exército continua a matar
Entretanto, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, as operações do exército israelita continuam a provocar vítimas entre a população, isto apesar das declarações de boas intenções proferidas recentemente pelos responsáveis de Telavive e Washington quanto à pacificação dos territórios e a retoma do processo de paz.
Segunda-feira, na localidade de Beit Hanoun, em Gaza, um homem de 44 anos foi baleado por soldados israelitas durante uma campanha envolvendo forças especiais do exército apoiadas por meios aéreos. Os bombardeamentos deixaram pelo menos uma dezena de feridos.
Na Cisjordânia os ataques e detenções também não cessam. As cidades de Nablus, Belém e Ramala foram os alvos principais. No total, 25 palestinianos foram presos, domingo, e levados para interrogatório em Israel sem que tenham sido divulgados os motivos das detenções.