Vencer o conformismo e a resignação
O secretário-geral do PCP considerou a manifestação da CGTP-IN uma resposta contundente ao Governo e exigiu a realização de um referendo sobre o chamado «tratado reformador».
«A vida dos trabalhadores e do povo está pior», disse Jerónimo de Sousa
No Salão dos Bombeiros Voluntários de Queluz, sábado, Jerónimo de Sousa disse que as mais de 200 mil pessoas que há uma semana desfilaram entre os Olivais e o Parque das Nações expressaram «uma empolgante demonstração de descontentamento e indignação face a um Governo que definiu como exclusivos adversários os trabalhadores, os reformados e outras camadas populares», mas lembrou que a manifestação «foi também uma clara contestação ao projecto do neoliberalismo reinante na União Europeia e por uma Europa social dos trabalhadores e dos povos».
Perante uma sala repleta onde sobressaiam a combatividade militante e os materiais da campanha do Partido «Basta de Injustiças! - Mudar de política por uma vida melhor», o secretário-geral do PCP acrescentou que a memorável jornada de dia 18 foi ainda um marco contra o «conformismo e a resignação», do qual se destaca «a força e a vontade de resistir dos trabalhadores e do povo e uma sólida vontade de continuar a luta para abrir caminho a uma política alternativa».
Não nos intimidamos
Ao referir-se aos casos recentes de intimidação das estruturas sindicais e às tentativas de silenciamento do legítimo protesto dos trabalhadores e das populações por parte do executivo de José Sócrates, o líder comunista sublinhou que tais pretensões «estão condenadas à derrota, tal como está condenada à derrota toda e qualquer tentativa de intimidar o PCP, porque jamais deixaremos de assumir, seja em que circunstâncias forem, os compromissos que temos com os trabalhadores e com o povo português».
Neste contexto, o dia 18 de Outubro significa também «uma exemplar resposta à estratégia de intimidação e de medo que, passo a passo, o governo de José Sócrates vem implementando», continuou Jerónimo de Sousa.
«Uma resposta firme contra todas as tentativas de regressão democrática que resulta não apenas da prolongada e persistente ofensiva em curso contra os direitos económicos, sociais e culturais, conquistados pelos trabalhadores e pelo povo com a Revolução de Abril, mas contra os retrocessos, cada vez mais graves, no plano dos direitos democráticos, nomeadamente nos direitos de organização e acção sindical, com a perseguição e a repressão aos dirigentes sindicais e activistas e a todos aqueles que se manifestam contra a política do Governo ou assumem a defesa dos interesses dos trabalhadores», acrescentou.
O povo tem que se pronunciar
Da Cimeira de Lisboa saiu o chamado «tratado reformador», acordo que José Sócrates e Durão Barroso classificaram com alarde de «histórico», mas para Jerónimo de Sousa o texto é «uma má notícia para os portugueses» porque «Portugal perde soberania, com a redução do direito de veto, transferindo competências fundamentais do Estado e das suas instituições democráticas para as instituições supranacionais e antidemocráticas da União Europeia». Quem fica a ganhar, aduziu, são «as forças e os grandes interesses que movem a integração capitalista europeia», empenhados em «alicerçar o neoliberalismo e a actual ofensiva contra os trabalhadores e os povos e as suas conquistas económicas e sociais, a liberalização dos mercados, a concorrência capitalista, o desmantelamento e privatização dos serviços públicos». Por isso, disse, é imperioso consultar os portugueses em referendo vinculativo.
Perante uma sala repleta onde sobressaiam a combatividade militante e os materiais da campanha do Partido «Basta de Injustiças! - Mudar de política por uma vida melhor», o secretário-geral do PCP acrescentou que a memorável jornada de dia 18 foi ainda um marco contra o «conformismo e a resignação», do qual se destaca «a força e a vontade de resistir dos trabalhadores e do povo e uma sólida vontade de continuar a luta para abrir caminho a uma política alternativa».
Não nos intimidamos
Ao referir-se aos casos recentes de intimidação das estruturas sindicais e às tentativas de silenciamento do legítimo protesto dos trabalhadores e das populações por parte do executivo de José Sócrates, o líder comunista sublinhou que tais pretensões «estão condenadas à derrota, tal como está condenada à derrota toda e qualquer tentativa de intimidar o PCP, porque jamais deixaremos de assumir, seja em que circunstâncias forem, os compromissos que temos com os trabalhadores e com o povo português».
Neste contexto, o dia 18 de Outubro significa também «uma exemplar resposta à estratégia de intimidação e de medo que, passo a passo, o governo de José Sócrates vem implementando», continuou Jerónimo de Sousa.
«Uma resposta firme contra todas as tentativas de regressão democrática que resulta não apenas da prolongada e persistente ofensiva em curso contra os direitos económicos, sociais e culturais, conquistados pelos trabalhadores e pelo povo com a Revolução de Abril, mas contra os retrocessos, cada vez mais graves, no plano dos direitos democráticos, nomeadamente nos direitos de organização e acção sindical, com a perseguição e a repressão aos dirigentes sindicais e activistas e a todos aqueles que se manifestam contra a política do Governo ou assumem a defesa dos interesses dos trabalhadores», acrescentou.
O povo tem que se pronunciar
Da Cimeira de Lisboa saiu o chamado «tratado reformador», acordo que José Sócrates e Durão Barroso classificaram com alarde de «histórico», mas para Jerónimo de Sousa o texto é «uma má notícia para os portugueses» porque «Portugal perde soberania, com a redução do direito de veto, transferindo competências fundamentais do Estado e das suas instituições democráticas para as instituições supranacionais e antidemocráticas da União Europeia». Quem fica a ganhar, aduziu, são «as forças e os grandes interesses que movem a integração capitalista europeia», empenhados em «alicerçar o neoliberalismo e a actual ofensiva contra os trabalhadores e os povos e as suas conquistas económicas e sociais, a liberalização dos mercados, a concorrência capitalista, o desmantelamento e privatização dos serviços públicos». Por isso, disse, é imperioso consultar os portugueses em referendo vinculativo.