CULS lamenta atrasos consecutivos

Túnel do Rossio só vai abrir a 16 de Fevereiro

O túnel ferroviário do Rossio, encerrado há três anos por falta de segurança, vai reabrir dia 16 de Fevereiro. O prazo inicialmente agendado para a conclusão das obras era Julho de 2006, data posteriormente adiada para Agosto.
Esta infra-estrutura foi encerrada pela Refer em Outubro de 2004 e as obras de recuperação sofreram vários atrasos, prejudicando cerca de 200 mil passageiros por dia.
Em declarações à Lusa, a Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS) lamentou o novo atraso na reabertura da estação ferroviária do Rossio. «Os utentes estavam à espera que a estação abrisse até ao final do ano», disse Rui Ramos, da comissão de utentes.
O responsável citou um estudo da CP que indica que 65 mil pessoas utilizariam diariamente esta estação, mas com o encerramento do túnel os passageiros foram «desviados para as estações do metropolitano de Sete Rios e Entrecampos». «Vai ser mais um mês e meio de sacrifício para os utentes que, fruto desse desvio, chegam a perder 30 minutos diários», afirmou.
Rui Ramos acrescentou ainda que «os próprios comerciantes que estão na zona contígua à estação estão numa situação muito complexa devido ao atraso na abertura da estação».

Utentes insatisfeitos

Com o objectivo de melhorar aquela já é a linha ferroviária mais saturada da Europa, a CULS desenvolveu um questionário para aferir o grau de satisfação dos utentes da Linha de Sintra relativamente ao transporte ferroviário que lhes é oferecido.
Segundo a CULS, 11 por cento respondeu ao questionário, dos quais 44 por cento são homens e 56 por cento são mulheres. Destes, 89 por cento dos utentes utiliza o comboio para ir trabalhar, 17 por cento para tratar de documentos, 12 por cento para ir ao hospital e outros serviços de saúde, sete por cento para idas à universidade, seis por cento para a prática do desporto e seis por cento para eventos culturais. Esta percentagem é superior a cem por cento porque há utentes que utilizam o comboio para diversos fins e, por isso, responderam a mais do que uma questão.
O questionário dá ainda a conhecer que 80 por cento das pessoas apanham o comboio entre as sete e as nove horas e, 82 por cento, regressam entre as 17 e as 19 horas.
Face à cobertura do transporte ferroviário, cinco por cento considera-a «muito má», 24 por cento «má», 57 por cento «razoável» e 14 por cento «boa».
Relativamente aos novos horários, informa a comissão, «29 por cento diz que estes melhoraram, 63 por cento que pioraram e oito por cento que pioraram muito».
Outro dado interessante neste questionário é que 32 por cento dos utentes consideram os preços dos títulos de transporte «muito elevados», 56 por cento «elevados» e 12 por cento «razoável». Quanto à segurança dentro dos comboios, 25 por cento diz que «existe» e 75 por cento o contrário.


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