STML condena despedimentos

Para o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, não pode ser aceite o plano de «saneamento financeiro» anunciado segunda-feira pelo presidente da Câmara, que prevê diminuir em 30 por cento as despesas com funcionários avençados. O STML/CGTP-IN considera que a medida poderá traduzir-se num despedimento em massa, ao pôr em risco os postos de trabalho de 300 pessoas, num universo de cerca de mil trabalhadores que laboram em regime de contratos de prestação de serviços.
«O nosso primeiro comentário é de rejeição absoluta pela forma como estão a ser conduzidas as coisas, porque é um aspecto financeiro que prevalece na decisão», comentou Libério Domingues. O presidente do sindicato, citado pela agência Lusa, notou que o anúncio feito por António Costa «não respeita o princípio normal da discussão e indicia que o presidente já tomou uma decisão». O sindicato defende que «a única solução possível é a abertura de concursos», para que os trabalhadores com vínculo precário, mas que executam tarefas de carácter permanente, ingressem nos quadros da autarquia.
Na apresentação do «plano de saneamento financeiro», Costa recusou revelar quantos funcionários a recibo verde poderão perder o vínculo ao município. Porém, como em 2006 a Câmara gastou 25 milhões de euros na remuneração de avençados, foram avançadas estimativas que, para uma redução de despesas de 30 por cento daquele valor (7,5 milhões de euros), prevêem que seja necessário deixar de pagar a cerca de trezentos trabalhadores.
O presidente da Câmara revelou ainda que a maioria PS/BE tenciona pôr fim às horas extraordinárias, que «vão ser substituídas por outro tipo de trabalho, como organizar determinados serviços por turnos».


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