Guimarães / 5 de Julho
A flexigurança diz respeito aos trabalhadores de todo o mundo
Em 5 de Julho, Guimarães entrou pela porta grande do mapa político da Europa. Isso aconteceu por força do movimento operário e sindical português com a grande manifestação de mais de 25.000 trabalhadores que, com alegria e combatividade, desfilaram pelas ruas da «cidade berço» para dizer «não» à ofensiva anti social do Governo do PS, à flexigurança, à Europa dos monopólios. E também por força do Encontro Internacional de partidos comunistas e outras forças de esquerda e progressistas promovido pelo PCP, realizado nas belas instalações da Sociedade Martins Sarmento, do qual saiu o compromisso de intensificar a cooperação na luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e contra o novo e perigoso salto neoliberal, federalista e militarista que, com o submisso concurso do Governo Sócrates, se pretende consagrar no Tratado «reformador» da União Europeia.
A importância de Guimarães / 5 de Julho é realmente muito grande. No plano nacional, e na sequência de outras grandes lutas e em particular da Greve Geral de 30 de Maio, confirma que há reserva de energias e um potencial de luta enorme que, organizado e em movimento, pode conter e derrotar a violenta ofensiva do grande capital e do seu Governo. A perspectiva é de novas e grandes lutas. Temos de prepará-las desde já.
Mas o significado de Guimarães / 5 de Julho tem também uma forte dimensão internacional que deve ser valorizada por três razões fundamentais.
Em primeiro lugar porque, contra o ambiente de conformismo e de colaboração de classes hoje dominantes no movimento sindical da maioria dos países da Europa, a grande manifestação convocada pela CGTP é expressão de um sindicalismo de classe, democrático e realmente unitário, que faz da acção de massas ( e não dos conciliábulos de cúpula da «concertação») o alfa e o omega da sua intervenção.
Em segundo lugar porque o que está em causa com a flexigurança, sendo de enorme importância para os trabalhadores portugueses diz respeito aos trabalhadores de toda a Europa e do mundo. Trata-se de uma autêntica declaração de guerra do capital e como tal deve ser considerada pelo mundo do trabalho. Sublinhando a sua firme oposição ao caminho que os Ministros do Trabalho e dos Assuntos Sociais vieram formalizar a Guimarães - com uma força que a própria comunicação social não pôde ignorar - os trabalhadores portugueses estão a encorajar o necessário desenvolvimento da luta noutros países. Só pela luta será possível conseguir que a crise em que a U.E. se debate tenha uma saída progressista e não o desfecho trágico a que os crescentes ataques às liberdades, o militarismo e a ambição de bloco imperialista podem conduzir.
Em terceiro lugar, o Encontro Internacional sublinha uma questão crucial: a cooperação internacionalista, a acção comum ou convergente dos comunistas e de outras forças progressistas, é indispensável para dar uma expressão política de esquerda à desafeção e ao descontentamento das grandes massas para com uma integração capitalista que as golpeia duramente. Sem essa cooperação, que não exclui diferenças importantes no plano político e ideológico, não será possível romper com esta Europa dos monopólios cada vez mais enfeudada aos EUA.
A importância de Guimarães / 5 de Julho é realmente muito grande. No plano nacional, e na sequência de outras grandes lutas e em particular da Greve Geral de 30 de Maio, confirma que há reserva de energias e um potencial de luta enorme que, organizado e em movimento, pode conter e derrotar a violenta ofensiva do grande capital e do seu Governo. A perspectiva é de novas e grandes lutas. Temos de prepará-las desde já.
Mas o significado de Guimarães / 5 de Julho tem também uma forte dimensão internacional que deve ser valorizada por três razões fundamentais.
Em primeiro lugar porque, contra o ambiente de conformismo e de colaboração de classes hoje dominantes no movimento sindical da maioria dos países da Europa, a grande manifestação convocada pela CGTP é expressão de um sindicalismo de classe, democrático e realmente unitário, que faz da acção de massas ( e não dos conciliábulos de cúpula da «concertação») o alfa e o omega da sua intervenção.
Em segundo lugar porque o que está em causa com a flexigurança, sendo de enorme importância para os trabalhadores portugueses diz respeito aos trabalhadores de toda a Europa e do mundo. Trata-se de uma autêntica declaração de guerra do capital e como tal deve ser considerada pelo mundo do trabalho. Sublinhando a sua firme oposição ao caminho que os Ministros do Trabalho e dos Assuntos Sociais vieram formalizar a Guimarães - com uma força que a própria comunicação social não pôde ignorar - os trabalhadores portugueses estão a encorajar o necessário desenvolvimento da luta noutros países. Só pela luta será possível conseguir que a crise em que a U.E. se debate tenha uma saída progressista e não o desfecho trágico a que os crescentes ataques às liberdades, o militarismo e a ambição de bloco imperialista podem conduzir.
Em terceiro lugar, o Encontro Internacional sublinha uma questão crucial: a cooperação internacionalista, a acção comum ou convergente dos comunistas e de outras forças progressistas, é indispensável para dar uma expressão política de esquerda à desafeção e ao descontentamento das grandes massas para com uma integração capitalista que as golpeia duramente. Sem essa cooperação, que não exclui diferenças importantes no plano político e ideológico, não será possível romper com esta Europa dos monopólios cada vez mais enfeudada aos EUA.