Trabalhadores lutam pelo emprego
Os trabalhadores da Portugália concentram-se, esta tarde, frente ao Ministério dos Transportes, pelas 18.30 horas, em luta pelos postos de trabalho ameaçados com a aquisição.
Mais de 300 trabalhadores receiam graves consequências sociais
Um elemento da direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, confirmou ao Avante! que os funcionários da Portugália, PGA, estão «alarmados e preocupados com notícias surgidas na semana passada que alertaram para a possibilidade de serem suprimidos os seus empregos, após esta ser adquirida pela TAP.
Os funcionários da PGA reuniram-se em dois plenários, em Lisboa e Porto, nas passadas sexta e segunda-feira – data em que foi confirmada a compra -, e decidiram adoptar formas de luta, em defesa dos seus empregos. Por isso, apelaram à participação de todos na concentração desta tarde.
Particularmente ameaçados pela «junção de sinergias das duas empresas» poderão estar «314 empregos das áreas comercial, de finanças e da administração», adiantou o dirigente sindical.
Nos plenários, «constatou-se que há muitos casais entre estes funcionários, maioritáriamente jovens que, sendo despedidos, poderão ficar numa situação muito grave, do ponto de vista social», salientou.
A situação de desconfiança dos trabalhadores em relação ao futuro dos seus empregos aumentou ainda mais quando constataram o «discurso ambíguo» do presidente da TAP, Fernando Pinto, sobre a possibilidade de ocorrerem despedimentos.
«Há uma ausência de informação concreta, por parte da TAP, que está a aumentar a expectativa dos trabalhadores», confirmou o dirigente do SITAVA, lembrando que, «na reunião, em Novembro, entre os representantes sindicais e o administrador, Fernando Pinto garantiu que não haverão despedimentos».«Recentemente, na Ordem dos Economistas, o administrador já admitiu essa possibilidade».
Outra incógnita, abordada nos plenários, é saber-se se os trabalhadores da PGA manterão o actual vínculo efectivo ou se haverão alterações das quais resulte uma fragilização do vínculo através da adopção de contratos individuais de trabalho, com as consequentes perdas remuneratórias e de direitos actualmente consagrados e garantidos.
Ao lembrar, num comunicado de dia 14, que «é obrigação primeira de qualquer Governo promover e facilitar a criação de postos de trabalho e nunca a sua destruição», o sindicato salienta não haver, até ao momento, qualquer reacção do executivo PS que tranquilize estes trabalhadores quanto ao seu futuro laboral.
A complacência do Governo
Ao salientar que notícias vindas a público falavam que a TAP tem previstas verbas de 5 milhões de euros para indemnizar os trabalhadores da Portugália que sejam despedidos, em nome do Grupo Parlamentar do PCP, o deputado, Bruno Dias, no plenário da assembleia da República, de 23 de Maio, interpelou o ministro dos Transportes sobre as consequências, para os trabalhadores, desta aquisição.
O ministro, Mário Lino retorquiu que «infelizmente, muitas vezes, é necessário que as empresas conduzam processos de reestruturação, não para perderem 100, 200 ou 300 postos de trabalho mas, sim, para evitar que possam vir a perder 3 mil ou 4 mil postos de trabalho». São, por isso, mais do que razoáveis as preocupações que estão a viver os mais de 300 trabalhadores da PGA.
Os funcionários da PGA reuniram-se em dois plenários, em Lisboa e Porto, nas passadas sexta e segunda-feira – data em que foi confirmada a compra -, e decidiram adoptar formas de luta, em defesa dos seus empregos. Por isso, apelaram à participação de todos na concentração desta tarde.
Particularmente ameaçados pela «junção de sinergias das duas empresas» poderão estar «314 empregos das áreas comercial, de finanças e da administração», adiantou o dirigente sindical.
Nos plenários, «constatou-se que há muitos casais entre estes funcionários, maioritáriamente jovens que, sendo despedidos, poderão ficar numa situação muito grave, do ponto de vista social», salientou.
A situação de desconfiança dos trabalhadores em relação ao futuro dos seus empregos aumentou ainda mais quando constataram o «discurso ambíguo» do presidente da TAP, Fernando Pinto, sobre a possibilidade de ocorrerem despedimentos.
«Há uma ausência de informação concreta, por parte da TAP, que está a aumentar a expectativa dos trabalhadores», confirmou o dirigente do SITAVA, lembrando que, «na reunião, em Novembro, entre os representantes sindicais e o administrador, Fernando Pinto garantiu que não haverão despedimentos».«Recentemente, na Ordem dos Economistas, o administrador já admitiu essa possibilidade».
Outra incógnita, abordada nos plenários, é saber-se se os trabalhadores da PGA manterão o actual vínculo efectivo ou se haverão alterações das quais resulte uma fragilização do vínculo através da adopção de contratos individuais de trabalho, com as consequentes perdas remuneratórias e de direitos actualmente consagrados e garantidos.
Ao lembrar, num comunicado de dia 14, que «é obrigação primeira de qualquer Governo promover e facilitar a criação de postos de trabalho e nunca a sua destruição», o sindicato salienta não haver, até ao momento, qualquer reacção do executivo PS que tranquilize estes trabalhadores quanto ao seu futuro laboral.
A complacência do Governo
Ao salientar que notícias vindas a público falavam que a TAP tem previstas verbas de 5 milhões de euros para indemnizar os trabalhadores da Portugália que sejam despedidos, em nome do Grupo Parlamentar do PCP, o deputado, Bruno Dias, no plenário da assembleia da República, de 23 de Maio, interpelou o ministro dos Transportes sobre as consequências, para os trabalhadores, desta aquisição.
O ministro, Mário Lino retorquiu que «infelizmente, muitas vezes, é necessário que as empresas conduzam processos de reestruturação, não para perderem 100, 200 ou 300 postos de trabalho mas, sim, para evitar que possam vir a perder 3 mil ou 4 mil postos de trabalho». São, por isso, mais do que razoáveis as preocupações que estão a viver os mais de 300 trabalhadores da PGA.