FRETILIN rejeita ingerência
Francisco Guterres «Lu Olo», presidente do parlamento de Díli, e Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e secretário-geral da FRETILIN, acusaram a Austrália de «ingerência» nas questões internas timorenses, isto quando faltam poucos dias para as eleições legislativas no território.
Em causa estão as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Alexander Downer, que qualificou a estratégia militar das autoridades de Timor como sendo «irrealista». «Estou certo que a Força 20/20 não vai acontecer porque Timor Leste não tem os recursos para a constituir», disse o responsável.
A constituição da chamada Força 20/20 tem sido preparada nos últimos dois anos e, apesar de ter sido coordenada por altos responsáveis políticos e militares timorenses, incluindo a presidência da república, mereceu ainda o acompanhamento de homólogos dos exércitos português, australiano e dos representantes da missão das Nações Unidas naquele país.
Lu Olo socorreu-se de um documento oficial das forças armadas australianas, citado pelo The Bulletin, para aclarar as verdadeiras intenções da potência asiática em Timor.
De acordo com o texto da minuta da Força de Defesa Australiana (ADF, na sigla inglesa) divulgada pelo jornal, «o Governo australiano nunca tencionou que as Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste se tornassem numa força coesa e bem treinada».
«O interesse estratégico da obstrução procura garantir que nenhuma potência estrangeira ganha um nível inaceitável de acesso a Timor, e é coroado pelo objectivo complementar de procurar acesso para a Austrália», diz ainda o relatório.
«Os interesses estratégicos da Austrália podem também ser protegidos e perseguidos de forma mais eficaz se a Austrália mantiver algum grau de influência sobre a tomada de decisões em Timor Leste», continua.
Lu Olo acrescentou que «a Força 20/20 foi um processo aberto para repensar e reorganizar o exército mas foi interrompido pelo levantamento de Janeiro-Junho de 2006, quando uma larga maioria do exército, e o comando da Polícia, foram levados a derrubar o Governo eleito».
Reagindo à polémica donde parecem emergir algumas explicações para a crise político-militar recente em Timor, Alkatiri lembrou as «centenas de milhares de timorenses que morreram para conquistar a independência», por isso considera a postura da Austrália como uma «violação inaceitável da soberania».
Em causa estão as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Alexander Downer, que qualificou a estratégia militar das autoridades de Timor como sendo «irrealista». «Estou certo que a Força 20/20 não vai acontecer porque Timor Leste não tem os recursos para a constituir», disse o responsável.
A constituição da chamada Força 20/20 tem sido preparada nos últimos dois anos e, apesar de ter sido coordenada por altos responsáveis políticos e militares timorenses, incluindo a presidência da república, mereceu ainda o acompanhamento de homólogos dos exércitos português, australiano e dos representantes da missão das Nações Unidas naquele país.
Lu Olo socorreu-se de um documento oficial das forças armadas australianas, citado pelo The Bulletin, para aclarar as verdadeiras intenções da potência asiática em Timor.
De acordo com o texto da minuta da Força de Defesa Australiana (ADF, na sigla inglesa) divulgada pelo jornal, «o Governo australiano nunca tencionou que as Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste se tornassem numa força coesa e bem treinada».
«O interesse estratégico da obstrução procura garantir que nenhuma potência estrangeira ganha um nível inaceitável de acesso a Timor, e é coroado pelo objectivo complementar de procurar acesso para a Austrália», diz ainda o relatório.
«Os interesses estratégicos da Austrália podem também ser protegidos e perseguidos de forma mais eficaz se a Austrália mantiver algum grau de influência sobre a tomada de decisões em Timor Leste», continua.
Lu Olo acrescentou que «a Força 20/20 foi um processo aberto para repensar e reorganizar o exército mas foi interrompido pelo levantamento de Janeiro-Junho de 2006, quando uma larga maioria do exército, e o comando da Polícia, foram levados a derrubar o Governo eleito».
Reagindo à polémica donde parecem emergir algumas explicações para a crise político-militar recente em Timor, Alkatiri lembrou as «centenas de milhares de timorenses que morreram para conquistar a independência», por isso considera a postura da Austrália como uma «violação inaceitável da soberania».