EUA lançam campanhas militares no Iraque e Afeganistão

Centenas de vítimas entre os civis

As tropas norte-americanas e da NATO lançaram violentas ofensivas contra a resistência no Iraque e no Afeganistão. Teme-se que centenas de civis estejam entre as vítimas.

A ci­dade ira­quiana Baquba está sob in­tenso fogo

Terça-feira, na província de Diyala, a máquina de guerra de Washington pôs em marcha mais uma campanha militar de grande envergadura com o objectivo de quebrar a força da resistência à ocupação do país.
Fontes oficiais revelaram que na operação «Ponta de Flecha» estão envolvidos pelo menos dez mil efectivos do exército norte-americano, apoiados por unidades mecanizadas, peças de artilharia pesada e meios aéreos. A cidade de Baquba está desde as primeiras horas da madrugada sob intenso fogo, temendo-se que o número de vítimas civis do ataque ultrapasse a centena.
No Sul, em Nasiriya, prosseguem os combates entre membros do exército ocupante e as milícias fieis ao clérigo Moqtad al-Sadr. A violência não pára de crescer na região. Só nos últimos dias pelo menos 20 pessoas perderam a vida, entre as quais mulheres e crianças, e mais de uma centena ficou ferida.
Paralelamente aos combates em Diyala, no Norte da capital, Bagdad, prosseguem operações similares levadas a cabo pelas tropas norte-americanas e membros do exército regular iraquiano fieis ao governo títere de Nuri al-Maliki.
Em resposta à onda repressiva, grupos armados fizeram explodir, anteontem, vários engenhos em bairros da cidade vitimando uma centena de pessoas e provocando inúmeros feridos.

Bom­bar­de­a­mentos no Afe­ga­nistão

No Afeganistão o cenário é semelhante. A ofensiva da NATO está a deixar um rasto de morte e destruição no país. Particularmente graves são as notícias provenientes das províncias de Paktika e Uruzgán.
Fonte do governo local indicou que, desde sábado, pelo menos 60 afegãos morreram nesta última região, fruto dos intensos combates e bombardeamento provocados pelas forças da Aliança Atlântica. Em Paktika, domingo, o alvo foi uma escola corânica. Sete crianças morreram na sequência de um raide aéreo ordenado pelo Pentágono.
Desde o início de 2007, pelo menos meio milhar de civis perdeu a vida em resultado das ofensivas da NATO.


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