As eleições locais parciais realizadas, domingo e segunda-feira, em Itália, traduziram-se num avanço para o centro-direita de Berlusconi, que conquistou vários municípios centro-esquerda, embora, de acordo com os resultados provisórios, o governo de Prodi tenha controlado os danos e escapado a uma estrondosa derrota que poderia ser fatal para a coligação.
Para além de Verona, a direita conquistou Alessandria, Monza e Asti entre outros municípios de maior relevo.
Por outro lado, o centro-esquerda manteve a importante cidade de Génova (620 mil habitantes), obtendo subidas eleitorais em Parma e Taranto. Na Sicília, o centro esquerda acabou com o domínio da direita na ilha, conseguindo uma vitória inédita e inesperada na cidade de Agrigento.
Mais de 10 milhões de italianos foram chamados a participar no sufrágio para sete parlamentos provinciais e 856 municípios, entre os quais os de 26 capitais de província, num universo de cerca de oito mil concelhos e 104 regiões.
A taxa de participação elevou-se a 73,9 por cento nas eleições municipais e a 58 por cento nas eleições provinciais.
Na semana passada, Silvio Berlusconi tinha avisado que «em caso de grande derrota da esquerda (...) pediremos com força eleições» legislativas antecipadas. Esse objectivo da direita ter-se-á gorado.