Razões acrescidas para a Greve Geral
O desemprego não pára de aumentar e atingiu, no primeiro trimestre do ano, um novo máximo. Para o PCP, os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística são uma razão de força para que os trabalhadores participem na Greve Geral e exijam uma mudança de políticas.
No primeiro trimestre de 2007, a indústria perdeu mais de 20 mil trabalhadores
O Gabinete de Imprensa do PCP reagiu prontamente à divulgação pelo Instituto Nacional de Estatística dos números sobre a evolução do desemprego, no final da semana passada. Segundo o INE, a taxa de desemprego em sentido restrito atingia, no final do primeiro semestre de 2007, os 8,4 por cento. O que corresponde a cerca de 470 mil trabalhadores no desemprego. O PCP regista que este é o valor trimestral «mais elevado da actual série de estatísticas do emprego, que se iniciou em 1998».
Mas para os comunistas, a situação não se fica por aqui. Acrescentando a este número, já se si elevado e significativo do falhanço das orientações políticas do Governo, os mais de 75 mil inactivos disponíveis para trabalhar e o subemprego visível, que atinge mais de 66 mil trabalhadores, atinge-se o valor do desemprego em sentido lato: 611 300 trabalhadores, ou seja, 10,8 por cento.
Os comunistas acusam o Governo de ter «lançado foguetes por umas variações decimais de natureza conjuntural do crescimento do PIB» e de nada dizer face ao «resultado real das políticas conduzidas de desmantelamento do aparelho produtivo, da quebra do investimento público, de subalternização das necessidades económicas do País em detrimento dos lucros do grande capital financeiro».
Indústria em quebra
«Só a indústria transformadora perdeu neste último trimestre 20 400 trabalhadores», realçou o PCP dos números divulgados pelo INE no dia 17. O desemprego de longa duração não pára também de aumentar, atingindo já mais de 231 mil trabalhadores. Ou seja, quase metade dos desempregados registados encontram-se nesta situação há mais de um ano.
Os jovens continuam a ser particularmente afectados pelo desemprego, destacam os comunistas. No último trimestre do ano passado, encontravam-se oficialmente desempregados mais de 95 mil jovens, o que representava uma taxa de 18,1 por cento. Os comunistas lembram que esta taxa é mais do dobro da média nacional. O mesmo acontece com as mulheres: 9,9 por cento estão desempregadas contra 7,1 dos homens.
Os comunistas chamam a atenção para a evolução do desemprego desde que o actual Governo tomou posse. Desde o primeiro trimestre de 2005 até ao final do primeiro trimestre de 2006 foram criados 41 300 empregos. Mas, destaca o PCP, foram para o desemprego mais de 57 mil trabalhadores. O saldo é francamente negativo.
Precariedade também aumenta
Também o trabalho precário não pára de aumentar, acusa o PCP. Mesmo sem ter em conta a expressiva dimensão da precariedade oculta nos recibos verdes e noutras situações análogas, há hoje registados mais de 835 mil trabalhadores precários. Isto representa 21,5 por cento do total dos trabalhadores, realçam os comunistas.
O PCP considera que estes números constituem a «denúncia mais rigorosa» da incapacidade do Governo de resolver os problemas nacionais. «O nível de desemprego em Portugal é hoje um factor de degradação social, impondo a centenas de milhares de trabalhadores a miséria e a exclusão social», destacam os comunistas. Mas é também, acrescentam, um «gravíssimo problema económico que condiciona o desenvolvimento e o crescimento da economia nacional».
Reafirmando a necessidade de um política alternativa, que os números revelados pelo INE vêm pôr ainda mais em evidência, o PCP apela a todos os trabalhadores para que participem na Greve Geral do próximo dia 30 de Maio.
Mas para os comunistas, a situação não se fica por aqui. Acrescentando a este número, já se si elevado e significativo do falhanço das orientações políticas do Governo, os mais de 75 mil inactivos disponíveis para trabalhar e o subemprego visível, que atinge mais de 66 mil trabalhadores, atinge-se o valor do desemprego em sentido lato: 611 300 trabalhadores, ou seja, 10,8 por cento.
Os comunistas acusam o Governo de ter «lançado foguetes por umas variações decimais de natureza conjuntural do crescimento do PIB» e de nada dizer face ao «resultado real das políticas conduzidas de desmantelamento do aparelho produtivo, da quebra do investimento público, de subalternização das necessidades económicas do País em detrimento dos lucros do grande capital financeiro».
Indústria em quebra
«Só a indústria transformadora perdeu neste último trimestre 20 400 trabalhadores», realçou o PCP dos números divulgados pelo INE no dia 17. O desemprego de longa duração não pára também de aumentar, atingindo já mais de 231 mil trabalhadores. Ou seja, quase metade dos desempregados registados encontram-se nesta situação há mais de um ano.
Os jovens continuam a ser particularmente afectados pelo desemprego, destacam os comunistas. No último trimestre do ano passado, encontravam-se oficialmente desempregados mais de 95 mil jovens, o que representava uma taxa de 18,1 por cento. Os comunistas lembram que esta taxa é mais do dobro da média nacional. O mesmo acontece com as mulheres: 9,9 por cento estão desempregadas contra 7,1 dos homens.
Os comunistas chamam a atenção para a evolução do desemprego desde que o actual Governo tomou posse. Desde o primeiro trimestre de 2005 até ao final do primeiro trimestre de 2006 foram criados 41 300 empregos. Mas, destaca o PCP, foram para o desemprego mais de 57 mil trabalhadores. O saldo é francamente negativo.
Precariedade também aumenta
Também o trabalho precário não pára de aumentar, acusa o PCP. Mesmo sem ter em conta a expressiva dimensão da precariedade oculta nos recibos verdes e noutras situações análogas, há hoje registados mais de 835 mil trabalhadores precários. Isto representa 21,5 por cento do total dos trabalhadores, realçam os comunistas.
O PCP considera que estes números constituem a «denúncia mais rigorosa» da incapacidade do Governo de resolver os problemas nacionais. «O nível de desemprego em Portugal é hoje um factor de degradação social, impondo a centenas de milhares de trabalhadores a miséria e a exclusão social», destacam os comunistas. Mas é também, acrescentam, um «gravíssimo problema económico que condiciona o desenvolvimento e o crescimento da economia nacional».
Reafirmando a necessidade de um política alternativa, que os números revelados pelo INE vêm pôr ainda mais em evidência, o PCP apela a todos os trabalhadores para que participem na Greve Geral do próximo dia 30 de Maio.