Esquerda basca

TC confirma interdição

O Tribunal Constitucional de Espanha confirmou, na madrugada de dia 11, a anulação de 133 candidaturas da Acção Nacionalista Basca (ANV), impugnadas pela procuradoria e pelo governo, e de todas as candidaturas da Abertzale Sozialistak (AS), afirmando não descartar, no futuro, a possibilidade de ilegalização da ANV.
A decisão, que impede na prática as formações da esquerda basca de se apresentarem às eleições locais e regionais do próximo dia 27, satisfez as pretensões do governo socialista de Zapatero, que insistiu na proibição alegando haver um vínculo com o partido basco ilegalizado Batasuna.
Diritentes da ANV denunciaram a «grave agressão» e garantiram que, apesar da sentença, a formação política estará «em todas e cada uma das mesas municipais de Euskal Herria (País Basco)».
Em conferência de imprensa, o secretário-geral da ANV, Antxon Gómez, afirmou que esta decisão não significa promover o voto nulo mas «dar voz» a quem «em consciência quer emitir um voto vermelho e separatista, de esquerda e basco».
Também o porta-voz do Batasuna, Arnaldo Otegi, garantiu que os cidadãos bascos terão a possibilidade de votar a favor do processo do País Basco, mas não adiantou pormenores.
Para Otegi, a proibição das listas da ANV e AS constitui «uma decisão política» do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, no governo) e do Partido Nacionalista Basco (PNV), que significa «dizer não» à solução do «conflito político e armado» do País Basco.
Embora a sentença do TC tenha sido saudada pelo socialistas e populares, o magistrado do Tribunal Supremo, José António Martín Pallín, considerou-a como «uma invasão de territórios que não são toleráveis numa democracia com a divisão de poderes».


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