25 de Abril sempre!
Cavaco Silva deu o mote na sessão solene do 25 de Abril na Assembleia da República: «De tão repetidas nos mesmos moldes, o que resta verdadeiramente das comemorações do 25 de Abril? Não estarão as cerimónias comemorativas (...) a converter-se num ritual que já pouco diz aos nossos concidadãos?» Obedientes, os comentadores do costume vieram à televisão e aos jornais dizer que sim, que as comemorações são um tédio, um bocejo, que ninguém lá vai e o feriado é aproveitado para sopas e descanso. E publicam reportagens e fotografias a condizer com a tese, com directos da inauguração do túnel do Marquês a fazer de conta que nada se passou por estes dias em Portugal.
É assim há muitos anos: os que desde a primeira hora conspiram contra a Revolução procuram apagar a adesão popular ao projecto de Abril. São incómodas as praças cheias na noite de 24 a cantar a Grândola, de cravo na mão e muita alegria. São incómodos os desfiles populares por todo o país, os torneios desportivos, espectáculos, concursos, jantares e almoços de convívio, exposições, plenários nas empresas, debates em colectividades e escolas, foguetes e fogos de artifício, carros alegóricos, sessões solenes nas autarquias. São incómodas as assinaturas aos milhares que a URAP recolheu contra a construção de um museu a Salazar. São incómodas as palavras certeiras do Grupo Parlamentar no PCP na sessão da Assembleia, a falar de fascismo, luta, revolução, conquistas, direitos, povo, greve geral. São incómodas as palavras de ordem que denunciam a política de direita de alguns que também põem o cravo vermelho ao peito nestes dias.
É dos livros que uma mentira repetida muitas vezes parece verdade. Parece, mas não é. A verdade é que o povo comemora Abril por todo o país, de muitas formas e por uma razão principal: é que «os grandes valores da revolução de Abril criaram profundas raízes na sociedade portuguesa e projectam-se como realidades, necessidades objectivas, experiências e aspirações no futuro democrático de Portugal», como diz o Programa do PCP. Nas lutas de Outubro, de Novembro, de Março, na greve geral de 30 de Maio estiveram e estarão muitos dos que lutaram para que a Revolução se fizesse. Mas o que mais dói aos tais que não gostam das comemorações assim é que estiveram e estarão muitos dos tais 3 milhões de portugueses que já nasceram depois da Revolução... 25 de Abril – sempre!
É assim há muitos anos: os que desde a primeira hora conspiram contra a Revolução procuram apagar a adesão popular ao projecto de Abril. São incómodas as praças cheias na noite de 24 a cantar a Grândola, de cravo na mão e muita alegria. São incómodos os desfiles populares por todo o país, os torneios desportivos, espectáculos, concursos, jantares e almoços de convívio, exposições, plenários nas empresas, debates em colectividades e escolas, foguetes e fogos de artifício, carros alegóricos, sessões solenes nas autarquias. São incómodas as assinaturas aos milhares que a URAP recolheu contra a construção de um museu a Salazar. São incómodas as palavras certeiras do Grupo Parlamentar no PCP na sessão da Assembleia, a falar de fascismo, luta, revolução, conquistas, direitos, povo, greve geral. São incómodas as palavras de ordem que denunciam a política de direita de alguns que também põem o cravo vermelho ao peito nestes dias.
É dos livros que uma mentira repetida muitas vezes parece verdade. Parece, mas não é. A verdade é que o povo comemora Abril por todo o país, de muitas formas e por uma razão principal: é que «os grandes valores da revolução de Abril criaram profundas raízes na sociedade portuguesa e projectam-se como realidades, necessidades objectivas, experiências e aspirações no futuro democrático de Portugal», como diz o Programa do PCP. Nas lutas de Outubro, de Novembro, de Março, na greve geral de 30 de Maio estiveram e estarão muitos dos que lutaram para que a Revolução se fizesse. Mas o que mais dói aos tais que não gostam das comemorações assim é que estiveram e estarão muitos dos tais 3 milhões de portugueses que já nasceram depois da Revolução... 25 de Abril – sempre!