Mais de cem mil pelo direito à saúde
Na conclusão da campanha «A saúde é um direito, não é um negócio», o PCP entregou anteontem ao primeiro-ministro mais de cem mil assinaturas em defesa do Serviço Nacional de Saúde.
O PCP entregou mais de cem mil assinaturas em defesa do SNS
Uma delegação do PCP, composta por Jorge Pires e Armindo Miranda, da Comissão Política, entregaram as mais de cem mil assinaturas na residência oficial do primeiro-ministro. Terminava assim a campanha nacional do PCP, que levou dirigentes do Partido a percorrer o País para contactar com as populações, visitar hospitais e centros de saúde, reunir com profissionais do sector e comissões de utentes.
À saída da residência oficial do primeiro-ministro, Jorge Pires relatou às dezenas de militantes que aguardavam à entrada aquilo que foi transmitido aos assessores do chefe do Governo: um milhão de portugueses não tem médico de família, largos milhares estão em lista de espera para operações. Destes, realçou, a maioria encontra-se nos grandes centros urbanos.
Mas é nas zonas do interior que a situação é mais dramática. Muitos portugueses estão a mais de duas horas de um posto de urgência.
Antes, no Largo de Camões, Jerónimo de Sousa afirmara que esta campanha que o Partido promoveu e a elevada adesão que recebeu mostram que a contradição entre o discurso do Governo e o drama vivido por centenas de milhares de portugueses «não é uma fatalidade».
Prosseguindo, Jerónimo de Sousa lembrou que o primeiro-ministro se queixava há poucos dias de que o «PCP diz sempre que os vários governos do PS têm realizado políticas de direita». E respondeu: «hoje afirmamos que o actual Governo do PS tem realizado a política mais à direita desde o 25 de Abril, na saúde e nas outras áreas de serviços públicos.» A campanha confirmou, aliás, o que o PCP vinha denunciando – está em curso o maior ataque ao Serviço Nacional de Saúde desde a sua criação.
Governo quer destruir SNS
Os comunistas entendem que as acções do Governo para o sector comprovam a orientação neoliberal do Executivo. «O acesso à saúde está cada vez mais difícil para a grande maioria dos portugueses, a promiscuidade entre o público e o privado vai crescendo e cada vez mais os privados se vão apoderando da prestação dos cuidados de saúde, a política do medicamento vai oscilando de acordo com os interesses ora da indústria, ora das farmácias em prejuízo das pessoas que pagam cada vez mais em medicamentos», afirmou Jerónimo de Sousa.
Por mais elaborada que seja a retórica do primeiro-ministro, denunciou o dirigente do PCP, já não lhes é possível esconder que a sua política de saúde está marcada pelo «compromisso de destruir o Serviço Nacional de Saúde e abrir o espaço para que os grupos privados o substituam». A prová-lo estão as declarações do responsável máximo em Portugal de uma companhia de seguros multinacional, referindo-se aos seguros de saúde, que afirmou: «As medidas do Governo na área da saúde estão a potenciar o crescimento do mercado.»
À saída da residência oficial do primeiro-ministro, Jorge Pires relatou às dezenas de militantes que aguardavam à entrada aquilo que foi transmitido aos assessores do chefe do Governo: um milhão de portugueses não tem médico de família, largos milhares estão em lista de espera para operações. Destes, realçou, a maioria encontra-se nos grandes centros urbanos.
Mas é nas zonas do interior que a situação é mais dramática. Muitos portugueses estão a mais de duas horas de um posto de urgência.
Antes, no Largo de Camões, Jerónimo de Sousa afirmara que esta campanha que o Partido promoveu e a elevada adesão que recebeu mostram que a contradição entre o discurso do Governo e o drama vivido por centenas de milhares de portugueses «não é uma fatalidade».
Prosseguindo, Jerónimo de Sousa lembrou que o primeiro-ministro se queixava há poucos dias de que o «PCP diz sempre que os vários governos do PS têm realizado políticas de direita». E respondeu: «hoje afirmamos que o actual Governo do PS tem realizado a política mais à direita desde o 25 de Abril, na saúde e nas outras áreas de serviços públicos.» A campanha confirmou, aliás, o que o PCP vinha denunciando – está em curso o maior ataque ao Serviço Nacional de Saúde desde a sua criação.
Governo quer destruir SNS
Os comunistas entendem que as acções do Governo para o sector comprovam a orientação neoliberal do Executivo. «O acesso à saúde está cada vez mais difícil para a grande maioria dos portugueses, a promiscuidade entre o público e o privado vai crescendo e cada vez mais os privados se vão apoderando da prestação dos cuidados de saúde, a política do medicamento vai oscilando de acordo com os interesses ora da indústria, ora das farmácias em prejuízo das pessoas que pagam cada vez mais em medicamentos», afirmou Jerónimo de Sousa.
Por mais elaborada que seja a retórica do primeiro-ministro, denunciou o dirigente do PCP, já não lhes é possível esconder que a sua política de saúde está marcada pelo «compromisso de destruir o Serviço Nacional de Saúde e abrir o espaço para que os grupos privados o substituam». A prová-lo estão as declarações do responsável máximo em Portugal de uma companhia de seguros multinacional, referindo-se aos seguros de saúde, que afirmou: «As medidas do Governo na área da saúde estão a potenciar o crescimento do mercado.»