Encontro fascista é provocação ao 25 de Abril
Em Odivelas, no domingo, Jerónimo de Sousa considerou provocatório o encontro europeu de organizações juvenis fascistas, que se realiza no próximo sábado em Lisboa.
O Governo e o Presidente da República não podem ficar calados
Jerónimo de Sousa participou, domingo, em Odivelas, num grande almoço comemorativo do 86.º aniversário do Partido. Celebrava-se, portanto, a história e a luta dos comunistas portugueses durante mais de oito décadas. Uma história e uma luta feitas de coragem, abnegação e dedicação. Em vésperas de mais um aniversário do 25 de Abril, respirava-se liberdade e exaltavam-se os mais nobres valores já criados pela humanidade.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa acusou o Governo e o Presidente da República pelo seu silêncio sobre uma manifestação de neonazis e neofascistas que ocorrerá em Lisboa depois de amanhã, dia 21. Esta manifestação, sublinhou, realizada a quatro dias de mais um aniversário da Revolução dos Cravos, é uma «provocação ao 25 de Abril e aos democratas» portugueses.
O silêncio dos órgãos políticos mais responsáveis do País perante esta iniciativa fascista revela, no mínimo, uma permissão inaceitável à luz do regime democrático, afirmou Jerónimo de Sousa. O Governo, prosseguiu, está obrigado a respeitar a Constituição, «para já não falar do Presidente da República, que jurou respeitar e defender» a Lei Fundamental. A Constituição da República, no número 4 do artigo 46.º, define expressamente que «não são consentidas (…) organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista».
Em vários órgãos de comunicação social, foi anunciada a realização de uma conferência de organizações juvenis de extrema-direita da Europa a ter lugar em Portugal no dia 21. De Portugal, participa a Juventude Nacionalista, ligada ao Partido Nacional Renovador, que assume a organização do evento.
«Da nossa parte, e cientes da vontade da maioria do povo português, tais forças e tais ideias não podem ter lugar num País e numa sociedade democrática onde a liberdade tenha um valor intrínseco», afirmou.
Roteiro ou mudança política?
Referindo-se às comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio, o secretário-geral do PCP destacou a necessidade de estas serem feitas à luz da «realidade actual» do País. E esta, sustentou, é marcada por uma forte ofensiva contra os direitos sociais dos trabalhadores e das camadas populares.
O PS, realçou Jerónimo de Sousa, comete um erro, ao julgar que «saciando o apetite dos poderosos e fustigando os que menos têm e menos podem, os que vivem do seu trabalho e das suas reformas, da sua pequena empresa ou exploração agrícola, pode governar por muito tempo». Mas engana-se, rematou. No que respeita aos trabalhadores e ao povo, a «paciência tem limites»!
O «Roteiro para a Inclusão» de Cavaco Silva, que fez recentemente um ano, mereceu as críticas do dirigente comunista. Com acções deste género, comentou, sossegam as consciências e «ficam bem na televisão». Mas, frisou, o problema é que enquanto existirem políticas que geram a pobreza não há «roteiros», «programas», «projectos» ou «campanhas» que resolvam o problema da pobreza.
Em Portugal, lembrou o secretário-geral do PCP, um terço dos pobres trabalham, enquanto outro terço são reformados ou pensionistas. E acusou o Governo de promover políticas que aumentam o desemprego, baixam as reformas e os salários, aumentam o custo de vida e as desigualdades. O País precisa é de uma alteração de políticas, afirmou.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa acusou o Governo e o Presidente da República pelo seu silêncio sobre uma manifestação de neonazis e neofascistas que ocorrerá em Lisboa depois de amanhã, dia 21. Esta manifestação, sublinhou, realizada a quatro dias de mais um aniversário da Revolução dos Cravos, é uma «provocação ao 25 de Abril e aos democratas» portugueses.
O silêncio dos órgãos políticos mais responsáveis do País perante esta iniciativa fascista revela, no mínimo, uma permissão inaceitável à luz do regime democrático, afirmou Jerónimo de Sousa. O Governo, prosseguiu, está obrigado a respeitar a Constituição, «para já não falar do Presidente da República, que jurou respeitar e defender» a Lei Fundamental. A Constituição da República, no número 4 do artigo 46.º, define expressamente que «não são consentidas (…) organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista».
Em vários órgãos de comunicação social, foi anunciada a realização de uma conferência de organizações juvenis de extrema-direita da Europa a ter lugar em Portugal no dia 21. De Portugal, participa a Juventude Nacionalista, ligada ao Partido Nacional Renovador, que assume a organização do evento.
«Da nossa parte, e cientes da vontade da maioria do povo português, tais forças e tais ideias não podem ter lugar num País e numa sociedade democrática onde a liberdade tenha um valor intrínseco», afirmou.
Roteiro ou mudança política?
Referindo-se às comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio, o secretário-geral do PCP destacou a necessidade de estas serem feitas à luz da «realidade actual» do País. E esta, sustentou, é marcada por uma forte ofensiva contra os direitos sociais dos trabalhadores e das camadas populares.
O PS, realçou Jerónimo de Sousa, comete um erro, ao julgar que «saciando o apetite dos poderosos e fustigando os que menos têm e menos podem, os que vivem do seu trabalho e das suas reformas, da sua pequena empresa ou exploração agrícola, pode governar por muito tempo». Mas engana-se, rematou. No que respeita aos trabalhadores e ao povo, a «paciência tem limites»!
O «Roteiro para a Inclusão» de Cavaco Silva, que fez recentemente um ano, mereceu as críticas do dirigente comunista. Com acções deste género, comentou, sossegam as consciências e «ficam bem na televisão». Mas, frisou, o problema é que enquanto existirem políticas que geram a pobreza não há «roteiros», «programas», «projectos» ou «campanhas» que resolvam o problema da pobreza.
Em Portugal, lembrou o secretário-geral do PCP, um terço dos pobres trabalham, enquanto outro terço são reformados ou pensionistas. E acusou o Governo de promover políticas que aumentam o desemprego, baixam as reformas e os salários, aumentam o custo de vida e as desigualdades. O País precisa é de uma alteração de políticas, afirmou.