Os motoristas de pesados de mercadorias estão sujeitos a uma «desumana exploração», com salários base muito baixos praticados de forma premeditada pelo patronato para depois «imporem de forma ilegal o pagamento ao quilómetro, à tonelagem, ao frete e agora, também, uma pequena percentagem sobre a facturação. A denúncia foi feita no segundo jantar convívio da zona centro dos trabalhadores comunistas do sector, realizado recentemente em Coimbra.
Os comunistas acusam o Governo do PS de apoiar estas «habilidades» do patronato do sector. O Executivo, afirmam, tem conhecimento do que se passa no sector quanto à precariedade laboral, baixos salários e formas de pagamento ilegais. Até porque, denunciam, estas práticas foram já alvo de requerimentos ao Governo por parte do Grupo Parlamentar do PCP.
Os comunistas denunciaram ainda a «escandalosa e desumana carga horária, que em muitos casos chega às 15, 16, 17 e mais horas, pondo em risco a saúde e a vida dos trabalhadores, assim como a vida dos restantes utentes das estradas». Face a esta realidade, o PCP exige que sejam tomadas algumas medidas, respondendo às mais agudas reivindicações dos motoristas de pesados: aumento significativo do salário base; estabelecimento do valor de uma diária; antecipação da idade da reforma; consideração dos acidentes na estrada como acidentes de trabalho; maior fiscalização das autoridades de forma a combater as ilegalidades cometidas pelo patronato do sector.

IRMAL reabre

A Comissão Concelhia das Caldas da Rainha do PCP destaca a reabertura da IRMAL como uma vitória dos trabalhadores. Para os comunistas, neste momento político, «todas as vitórias alcançadas nesta luta em defesa dos postos de trabalho e pela dignidade de quem trabalha são muito importantes».
O PCP considera que esta é também uma vitória do Sindicato dos Metalúrgicos, da CGTP, que «sempre esteve com os trabalhadores da empresa. Aos trabalhadores, os comunistas salientam que «vale sempre a pena lutar».