Grupo Maconde

Preocupação pelo futuro

É com legítima inquietação que os trabalhadores da Maconde encaram o seu futuro e o da empresa. Na origem do actual clima de insegurança na empresa estão notícias dando conta de declarações do seu responsável sobre alegadas negociações com três empresas chinesas para a subcontratação na produção de peças de vestuário.
Esta é uma situação que está a ser encarada com profunda preocupação, sobretudo em Vila do Conde e Póvoa do Varzim, dado o peso que a empresa tem na economia destes dois concelhos, como prova o facto de só a unidade produtiva instalada no primeiro daqueles empregar mais de 500 trabalhadores.
O facto é que são várias as informações indicando que a empresa está a alienar património, em paralelo com a redução de quadros, com atrasos nos pagamentos dos acordos de rescisão feitos com alguns trabalhadores, e mesmo alguns atrasos no pagamento dos salários.
Atento ao evoluir da situação está também o Grupo Parlamentar do PCP que, através dos deputados Jorge Machado e Honório Novo, inquiriu já o Governo no sentido de saber se está ao corrente da situação vivida naquela empresa com uma longa história e tradição na indústria têxtil e da confecção, que já se destacou no capítulo das exportações, mantendo hoje ainda uma larga rede de lojas, apesar das muitas entretanto encerradas a exemplo do que sucedeu em 2006 com a unidade de produção de Braga.
No texto dirigido ao Ministério da Economia, o deputado comunista indaga ainda se tem conhecimento de qualquer processo de deslocalização da produção ou de «algum negócio de especulação imobiliária» para os terrenos onde se situa a unidade de Vila do Conde.
Não menos importante é saber, por outro lado, segundo Jorge Machado, se a empresa recebeu algum apoio nacional ou comunitário nos últimos cinco anos, bem como apurar quais as diligências feitas pela Inspecção Geral de Trabalho nos dois últimos anos junto da Maconde.


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