Fascismo - «ingenuidades» e cumplicidades
O nosso país vive um momento de forte intervenção e crescimento da luta de massas contra as políticas de direita de desgraça nacional, colocando a urgência da mudança e duma alternativa à esquerda.
Os grandes interesses que decidem e medram nos favores do Governo, abichando milhares de milhões de mais valias, têm o «seguro de vida» da maioria absoluta PS e da «convergência estratégica» com o PR, dos outros partidos e apêndices do rotativismo e outros (muitos) instrumentos de dominação, mas nem assim deixam cair os grupelhos nazis que servem para as tarefas mais sujas - nas provocações em Santa Comba ou na Faculdade de Letras de Lisboa, na propaganda com que abrem caminho à vulgarização e branqueamento do fascismo e à regressão a um tempo de mais exploração, opressão e obscurantismo.
Na luta ideológica em torno do branqueamento do fascismo releva a questão de saber se o chamado museu Salazar poderia ser «isento», um «centro de estudos» com «caução científica» que situasse a realidade da ditadura.
Daniel Oliveira do BE não tem nada contra o museu com «rigor histórico», José M. Barroso, um «opinante» do «centrão» além de comparações reles, conclui que se o museu «fosse um retrato vivo da época ... ajudaria culturalmente o concelho e o seu turismo», Vital Moreira «não vê perigo para a democracia ... o salazarismo está morto e bem morto».
A ingenuidade de alguns é compreensível. Mas estes senhores são apenas cúmplices com as posições dos sectores do PS, como o então ministro Carrilho, que iniciaram este projecto.
A verdade é que o único critério (científico) para um museu do salazarismo é o que resulta da Constituição que define o «regime fascista» como «ditadura, opressão e colonialismo» derrubado pelo «MFA, coroando a longa resistência do povo português» e «interpretando os seus sentimentos profundos».
E a verdade é que não são estes os critérios do projecto, mas sim os da identificação apologética com o «ilustre filho da terra», a família, a casa, a cama onde morreu, a campa.
A verdade é que o peso desta conjuntura exclui que qualquer «caução científica», mesmo exterior à Câmara, pudesse evitar que Santa Comba se tornasse um santuário fascista, como bem sabem os fascistas que montaram a provocação à URAP e como acontece em Predappio, na Itália, onde nasceu Mussolini.
A verdade é que o museu Salazar, se por hipótese absurda se concretizasse, em conflito com a Lei, constituiria um foco de propaganda e organização fascista e um perigo real para o regime democrático.
Os grandes interesses que decidem e medram nos favores do Governo, abichando milhares de milhões de mais valias, têm o «seguro de vida» da maioria absoluta PS e da «convergência estratégica» com o PR, dos outros partidos e apêndices do rotativismo e outros (muitos) instrumentos de dominação, mas nem assim deixam cair os grupelhos nazis que servem para as tarefas mais sujas - nas provocações em Santa Comba ou na Faculdade de Letras de Lisboa, na propaganda com que abrem caminho à vulgarização e branqueamento do fascismo e à regressão a um tempo de mais exploração, opressão e obscurantismo.
Na luta ideológica em torno do branqueamento do fascismo releva a questão de saber se o chamado museu Salazar poderia ser «isento», um «centro de estudos» com «caução científica» que situasse a realidade da ditadura.
Daniel Oliveira do BE não tem nada contra o museu com «rigor histórico», José M. Barroso, um «opinante» do «centrão» além de comparações reles, conclui que se o museu «fosse um retrato vivo da época ... ajudaria culturalmente o concelho e o seu turismo», Vital Moreira «não vê perigo para a democracia ... o salazarismo está morto e bem morto».
A ingenuidade de alguns é compreensível. Mas estes senhores são apenas cúmplices com as posições dos sectores do PS, como o então ministro Carrilho, que iniciaram este projecto.
A verdade é que o único critério (científico) para um museu do salazarismo é o que resulta da Constituição que define o «regime fascista» como «ditadura, opressão e colonialismo» derrubado pelo «MFA, coroando a longa resistência do povo português» e «interpretando os seus sentimentos profundos».
E a verdade é que não são estes os critérios do projecto, mas sim os da identificação apologética com o «ilustre filho da terra», a família, a casa, a cama onde morreu, a campa.
A verdade é que o peso desta conjuntura exclui que qualquer «caução científica», mesmo exterior à Câmara, pudesse evitar que Santa Comba se tornasse um santuário fascista, como bem sabem os fascistas que montaram a provocação à URAP e como acontece em Predappio, na Itália, onde nasceu Mussolini.
A verdade é que o museu Salazar, se por hipótese absurda se concretizasse, em conflito com a Lei, constituiria um foco de propaganda e organização fascista e um perigo real para o regime democrático.