Uma obra de grande valor
O estudo de obras que espelham os processos reais do movimento da História, como é o caso da obra do camarada Álvaro Cunhal, torna-se ainda mais necessário em tempos de instabilidade e de incerteza como aquele que hoje vivemos.
O imperialismo tenta travar o curso libertador impulsionado pela derrota do nazifascismo
Tais obras, a começar naturalmente pelos clássicos do marxismo-leninismo, ajudam-nos na análise de situações como a actual que, sendo objectivamente muito complexa, se torna de ainda mais difícil compreensão perante uma poderosa ofensiva ideológica que mascara a luta de classes e fomenta sentimentos de medo e de insegurança para desorientar e desmobilizar as massas, alimentar o conformismo e a impotência, abrir caminho a «salvadores» e a saídas «musculadas».
A incerteza e a desordem que realmente reinam nas relações internacionais são produto do capitalismo. Resulta das tentativas do imperialismo – explorando a fundo as derrotas do socialismo e a brutal alteração na correlação de forças que daí resultou – de inverter o curso libertador impulsionado pela Revolução de Outubro e, ulteriormente, pela derrota do nazifascismo na II Guerra Mundial. Decorre da tentativa de impor ao mundo uma «nova ordem mundial» que consagre no plano jurídico a hegemonia do imperialismo e o seu propósito revanchista de recolonizar o planeta e abater pela força quaisquer obstáculos à acção rapace das multinacionais.
Os perigos reais que pesam sobre o mundo – de novas guerras imperialistas de proporções ainda mais devastadoras que na Jugoslávia, no Afeganistão, no Iraque e da imposição de regimes ditatoriais – são também eles fruto da tentativa de afastar pela violência e o terror aqueles que se oponham seus desígnios do imperialismo: Estados, forças revolucionárias e progressistas, povos em luta pelos seus direitos.
A «desordem» reinante é afinal expressão da luta de classes agudíssima que percorre todos os continentes. Uma pax imperialista é impossível. Jamais um povo desistiu de lutar, jamais deixou de forjar as forças que conduziram a sua luta até à vitória. Demonstra-o a história do povo português e a história de 86 anos de luta do PCP. Comprova-o a realidade actual em que os grandes perigos resultantes da política exploradora e agressiva dos EUA e de outras potências imperialistas, coexiste com forte resistência e grandes possibilidades de transformação progressista e revolucionária, confirmando uma tese fundamental do XVII Congresso do Partido.
A resistência no Iraque e a viragem à esquerda na América Latina (com Cuba socialista e a Venezuela bolivariana na primeira linha) são porventura a face mais visível de uma realidade que temos de acompanhar de perto e valorizar muito pois ela constitui um forte incentivo à luta que travamos em Portugal. Aliás uma luta que também ela evidencia o carácter contraditório da situação geral, pois uma brutal ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e grandes perigos para o regime democrático consagrado na Constituição, coexistem com o crescente da luta de massas que a gigantesca manifestação de 2 de Março traduz.
O socialismo afirma-se como solução
Não são fáceis os tempos que vivemos. Aliás nunca houve tempos fáceis para as forças que se propõem derrubar o capitalismo e construir sobre as suas ruínas uma sociedade nova. Mas é já uma evidência que a contra ofensiva do imperialismo está a ser tudo menos o passeio com que sonhou, defronta-se com crescente resistência e com processos de rearrumação de forças em que grandes países, com destaque para a China, exercem influência crescente na cena internacional.
E enquanto se torna mais visível que o capitalismo não só não resolve os problemas dos povos como põe em risco a própria existência da Humanidade, o socialismo projecta-se de novo como a solução necessária para os dramáticos e explosivos problemas que percorrem o mundo contemporâneo.
Tempos de incerteza e de grandes perigos (a não subestimar) e de grandes oportunidades de avanço progressista (a explorar com audácia). Como a história do PCP ensina, para os comunistas só há uma maneira de estar à altura desta complexa e contraditória situação: estar lá onde estão os trabalhadores, reforçar o Partido, confiar nas massas e organizar a sua luta. Foi assim que se forjou este grande partido que hoje somos com um papel insubstituível na luta libertadora da classe operária e do povo português. Neste sentido, o I Tomo das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal, pelo período que abarca e as experiências que comporta, constitui um precioso instrumento para ajudar a discernir na incerteza as grandes tendências de evolução e dar à nossa luta quotidiana o necessário enquadramento histórico.
A incerteza e a desordem que realmente reinam nas relações internacionais são produto do capitalismo. Resulta das tentativas do imperialismo – explorando a fundo as derrotas do socialismo e a brutal alteração na correlação de forças que daí resultou – de inverter o curso libertador impulsionado pela Revolução de Outubro e, ulteriormente, pela derrota do nazifascismo na II Guerra Mundial. Decorre da tentativa de impor ao mundo uma «nova ordem mundial» que consagre no plano jurídico a hegemonia do imperialismo e o seu propósito revanchista de recolonizar o planeta e abater pela força quaisquer obstáculos à acção rapace das multinacionais.
Os perigos reais que pesam sobre o mundo – de novas guerras imperialistas de proporções ainda mais devastadoras que na Jugoslávia, no Afeganistão, no Iraque e da imposição de regimes ditatoriais – são também eles fruto da tentativa de afastar pela violência e o terror aqueles que se oponham seus desígnios do imperialismo: Estados, forças revolucionárias e progressistas, povos em luta pelos seus direitos.
A «desordem» reinante é afinal expressão da luta de classes agudíssima que percorre todos os continentes. Uma pax imperialista é impossível. Jamais um povo desistiu de lutar, jamais deixou de forjar as forças que conduziram a sua luta até à vitória. Demonstra-o a história do povo português e a história de 86 anos de luta do PCP. Comprova-o a realidade actual em que os grandes perigos resultantes da política exploradora e agressiva dos EUA e de outras potências imperialistas, coexiste com forte resistência e grandes possibilidades de transformação progressista e revolucionária, confirmando uma tese fundamental do XVII Congresso do Partido.
A resistência no Iraque e a viragem à esquerda na América Latina (com Cuba socialista e a Venezuela bolivariana na primeira linha) são porventura a face mais visível de uma realidade que temos de acompanhar de perto e valorizar muito pois ela constitui um forte incentivo à luta que travamos em Portugal. Aliás uma luta que também ela evidencia o carácter contraditório da situação geral, pois uma brutal ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e grandes perigos para o regime democrático consagrado na Constituição, coexistem com o crescente da luta de massas que a gigantesca manifestação de 2 de Março traduz.
O socialismo afirma-se como solução
Não são fáceis os tempos que vivemos. Aliás nunca houve tempos fáceis para as forças que se propõem derrubar o capitalismo e construir sobre as suas ruínas uma sociedade nova. Mas é já uma evidência que a contra ofensiva do imperialismo está a ser tudo menos o passeio com que sonhou, defronta-se com crescente resistência e com processos de rearrumação de forças em que grandes países, com destaque para a China, exercem influência crescente na cena internacional.
E enquanto se torna mais visível que o capitalismo não só não resolve os problemas dos povos como põe em risco a própria existência da Humanidade, o socialismo projecta-se de novo como a solução necessária para os dramáticos e explosivos problemas que percorrem o mundo contemporâneo.
Tempos de incerteza e de grandes perigos (a não subestimar) e de grandes oportunidades de avanço progressista (a explorar com audácia). Como a história do PCP ensina, para os comunistas só há uma maneira de estar à altura desta complexa e contraditória situação: estar lá onde estão os trabalhadores, reforçar o Partido, confiar nas massas e organizar a sua luta. Foi assim que se forjou este grande partido que hoje somos com um papel insubstituível na luta libertadora da classe operária e do povo português. Neste sentido, o I Tomo das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal, pelo período que abarca e as experiências que comporta, constitui um precioso instrumento para ajudar a discernir na incerteza as grandes tendências de evolução e dar à nossa luta quotidiana o necessário enquadramento histórico.