Pressão da direita
O Partido do Centro voltou a ganhar as eleições legislativas realizadas no domingo, 19, na Finlândia, que ficaram marcadas por um avanço dos conservadores e a descida acentuada dos sociais-democratas.
Os sociais-democratas foram os mais penalizados pelo eleitorado
O partido do centro, antigo partido agrário, do primeiro-ministro finlandês, Matti Vanhanen, tem partilhado o poder nos últimos anos com o partido social-democrata. O papel de oposição tem cabido, até agora, à Coligação Nacional, partido de direita que acaba de registar uma subida de 3,7 pontos percentuais (22,2%), elegendo 50 deputados, mais dez do que em 2003, num total de 200.
Estes três partidos mantêm desde há muito um peso semelhante no xadrez político finlandês. Contudo, os resultados destas eleições fizeram soar os alarmes no centro-esquerda.
Embora os centristas tenham ganho o escrutínio, elegendo 51 deputados com 23,1 por cento dos votos, a verdade é que perderam quatro representantes no parlamento e desceram 1,6 por cento.
Contudo, os grandes perdedores foram os sociais-democratas, que se viram ultrapassados pela oposição de direita, ficando relegados a terceira força política. A sua votação baixou três por cento (21,4%) e elegeram apenas 45 deputados, menos oito que no sufrágio anterior.
O presidente desta formação, Eero Heinäluoma, actual ministro das Finanças, manifestou-se surpreendido com os resultados do seu partido: «É difícil de compreender num momento em que a economia vai bem e que o emprego melhora».
Por seu turno, aproveitando a nova correlação de forças favorável, o dirigente conservador, Jyrki Katainen, reuniu-se na segunda-feira, 20, com o primeiro-ministro, a quem exigiu participar no novo executivo. «Para nós é claro que devemos fazer parte (…) não sei como é que poderíamos ser afastados [do próximo governo]».
Katainen, de 35 anos de idade, reclama que o seu partido «é o maior vencedor destas eleições» e não hesitou em afirmar que «os finlandeses disseram “basta” ao actual panorama político porque querem uma mudança».
Contudo, nada obriga o actual primeiro-ministro a aliar-se à direita que continua a ser minoritária no parlamento. A seguir aos sociais-democratas, a Aliança de Esquerda mantém-se como a quarta força política do país, com 8,8 por cento dos votos e 17 deputados, enquanto os Verdes conseguiram 8,4 por cento dos escrutínios e 15 mandatos.
As outras forças políticas que conseguiram entrar no Parlamento foram o Partido Popular Sueco (nove deputados, um mais do que em 2003), os democratas-cristãos (sete deputados) e o grupo ultraconservador «Verdadeiros Finlandeses», que conseguiu duplicar os resultados e alcançou cinco mandatos.
Estes três partidos mantêm desde há muito um peso semelhante no xadrez político finlandês. Contudo, os resultados destas eleições fizeram soar os alarmes no centro-esquerda.
Embora os centristas tenham ganho o escrutínio, elegendo 51 deputados com 23,1 por cento dos votos, a verdade é que perderam quatro representantes no parlamento e desceram 1,6 por cento.
Contudo, os grandes perdedores foram os sociais-democratas, que se viram ultrapassados pela oposição de direita, ficando relegados a terceira força política. A sua votação baixou três por cento (21,4%) e elegeram apenas 45 deputados, menos oito que no sufrágio anterior.
O presidente desta formação, Eero Heinäluoma, actual ministro das Finanças, manifestou-se surpreendido com os resultados do seu partido: «É difícil de compreender num momento em que a economia vai bem e que o emprego melhora».
Por seu turno, aproveitando a nova correlação de forças favorável, o dirigente conservador, Jyrki Katainen, reuniu-se na segunda-feira, 20, com o primeiro-ministro, a quem exigiu participar no novo executivo. «Para nós é claro que devemos fazer parte (…) não sei como é que poderíamos ser afastados [do próximo governo]».
Katainen, de 35 anos de idade, reclama que o seu partido «é o maior vencedor destas eleições» e não hesitou em afirmar que «os finlandeses disseram “basta” ao actual panorama político porque querem uma mudança».
Contudo, nada obriga o actual primeiro-ministro a aliar-se à direita que continua a ser minoritária no parlamento. A seguir aos sociais-democratas, a Aliança de Esquerda mantém-se como a quarta força política do país, com 8,8 por cento dos votos e 17 deputados, enquanto os Verdes conseguiram 8,4 por cento dos escrutínios e 15 mandatos.
As outras forças políticas que conseguiram entrar no Parlamento foram o Partido Popular Sueco (nove deputados, um mais do que em 2003), os democratas-cristãos (sete deputados) e o grupo ultraconservador «Verdadeiros Finlandeses», que conseguiu duplicar os resultados e alcançou cinco mandatos.