Menos protocolos, mais saúde!
Mais de uma centena de pessoas juntaram-se em frente ao Hospital de S. João da Madeira, num encontro de utentes daquela Unidade de Saúde com Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP.
A política de saúde do Governo obedece a uma «lógica economicista»
Após uma visita ao Hospital, onde foi recebido pela Administração e pôde constatar as condições de funcionamento da Urgência que o Ministério da Saúde quer encerrar, Jerónimo de Sousa dirigiu-se aos presentes, denunciando a visão economicista do Governo – que decidiu primeiro o encerramento do conjunto de Serviços e depois encomendou um estudo «Técnico que justificasse essa decisão» –, exortando-os a manter viva a luta em defesa da Urgência, com a confiança de que, lutando, é possível vencer esta batalha.
Na ocasião falaram ainda Antero Resende, utente do Hospital de Santa Maria da Feira, construído para cerca de 100 mil utentes e que hoje serve já 200 mil e que, com o encerramento das urgências de Ovar, Estarreja, Espinho e S. João da Madeira ficará com cerca de 300 mil utentes potenciais, prejudicando muito a qualidade do serviço prestado.
Fátima Guimarães, da Comissão Concelhia de S. João da Madeira e Utente do Hospital, denunciou também a operação em curso para «vender gato por lebre», com os protocolos que o Ministério quer firmar com os Municípios, que não garante o serviço de urgências.
De facto, o direito à saúde, posto em causa de forma crescente pela política do Governo PS, tem constituído uma das grandes preocupações do PCP, que promove com frequência visitas a unidades de saúde de todo o País. Aliás, são frequentes as denúncias das organizações comunistas sobre a questão, nomeadamente encerramento de maternidades, urgências, SAP’s e extensões de saúde contra a vontade das populações, que têm demonstrado de forma inequívoca o seu repúdio por estas medidas, com protestos, manifestações, abaixo-assinados, enfim, de formas diversas.
Beira Interior
É o caso da anunciada criação do Centro Hospitalar da Beira Interior (CHBI), englobando os hospitais de Castelo Branco, Fundão, Covilhã e Guarda, crescentemente contestada pelas populações e profissionais da saúde, que temem o encerramento de valências e a degradação da qualidade dos serviços prestados nas unidades de saúde da região. As suas preocupações estão, porém, a ser ignoradas pelo Governo, dizem as Direcções das Organizações Regionais de Castelo Branco e da Guarda do PCP, lembrando que o presidente da Administração de Saúde do Centro anunciou a criação daquele Centro como «processo irreversível».
Para o PCP, não bastam pois «declarações de boas intenções ou até protocolos feitos à pressa entre o Governo e autarquias do PS ou do PSD, como aconteceu no Fundão»: é necessário deixar «claro» que se mantêm as valências de saúde em serviço nos hospitais envolvidos e o compromisso do Governo de investir em novos meios para melhorar os cuidados de saúde primários prestados às populações.
Trata-se de uma «lógica economicista inaceitável», diz ainda o PCP, que através do seu Grupo Parlamentar, vai propor na Assembleia da República a imediata suspensão da decisão de constituir o Centro Hospitalar da Beira Interior, «enquanto não estiverem definidas as condições concretas de funcionamento dos hospitais envolvidos».
Mais rigor na informação!
Também em Baião a saúde não funciona da forma «idílica» que uma recente reportagem da TVI apresentou, lamenta a Comissão Concelhia do PCP que, em carta endereçada à direcção daquela estação de televisão solicita, ao abrigo do direito do contraditório, mais rigor e a reposição da verdade dos factos.
É que a realidade, diz o PCP, é que o Concelho de Baião, em vez dos 21 médicos que há anos tem previstos para exercer clínica geral e familiar no quadro do Centro de Saúde, tem apenas tem 10, situação que a actual directora daquele Centro, antes mesmo de tomar posse do cargo, considerava «grave». Aliás, já o anterior director do Centro de Saúde alertava para a existência de 7.461 utentes sem médico de família, num universo de 23.019 utentes inscritos, sem que até agora a situação tenha evoluído satisfatoriamente. Mais, sublinha por fim a Concelhia de Baião, há apenas uma viatura médica para percorrer o Concelho, «no pressuposto de incluir tripulação para efectuar consultas, mas que lá vai conseguindo fazer alguns curativos e dando injecções».
Na ocasião falaram ainda Antero Resende, utente do Hospital de Santa Maria da Feira, construído para cerca de 100 mil utentes e que hoje serve já 200 mil e que, com o encerramento das urgências de Ovar, Estarreja, Espinho e S. João da Madeira ficará com cerca de 300 mil utentes potenciais, prejudicando muito a qualidade do serviço prestado.
Fátima Guimarães, da Comissão Concelhia de S. João da Madeira e Utente do Hospital, denunciou também a operação em curso para «vender gato por lebre», com os protocolos que o Ministério quer firmar com os Municípios, que não garante o serviço de urgências.
De facto, o direito à saúde, posto em causa de forma crescente pela política do Governo PS, tem constituído uma das grandes preocupações do PCP, que promove com frequência visitas a unidades de saúde de todo o País. Aliás, são frequentes as denúncias das organizações comunistas sobre a questão, nomeadamente encerramento de maternidades, urgências, SAP’s e extensões de saúde contra a vontade das populações, que têm demonstrado de forma inequívoca o seu repúdio por estas medidas, com protestos, manifestações, abaixo-assinados, enfim, de formas diversas.
Beira Interior
É o caso da anunciada criação do Centro Hospitalar da Beira Interior (CHBI), englobando os hospitais de Castelo Branco, Fundão, Covilhã e Guarda, crescentemente contestada pelas populações e profissionais da saúde, que temem o encerramento de valências e a degradação da qualidade dos serviços prestados nas unidades de saúde da região. As suas preocupações estão, porém, a ser ignoradas pelo Governo, dizem as Direcções das Organizações Regionais de Castelo Branco e da Guarda do PCP, lembrando que o presidente da Administração de Saúde do Centro anunciou a criação daquele Centro como «processo irreversível».
Para o PCP, não bastam pois «declarações de boas intenções ou até protocolos feitos à pressa entre o Governo e autarquias do PS ou do PSD, como aconteceu no Fundão»: é necessário deixar «claro» que se mantêm as valências de saúde em serviço nos hospitais envolvidos e o compromisso do Governo de investir em novos meios para melhorar os cuidados de saúde primários prestados às populações.
Trata-se de uma «lógica economicista inaceitável», diz ainda o PCP, que através do seu Grupo Parlamentar, vai propor na Assembleia da República a imediata suspensão da decisão de constituir o Centro Hospitalar da Beira Interior, «enquanto não estiverem definidas as condições concretas de funcionamento dos hospitais envolvidos».
Mais rigor na informação!
Também em Baião a saúde não funciona da forma «idílica» que uma recente reportagem da TVI apresentou, lamenta a Comissão Concelhia do PCP que, em carta endereçada à direcção daquela estação de televisão solicita, ao abrigo do direito do contraditório, mais rigor e a reposição da verdade dos factos.
É que a realidade, diz o PCP, é que o Concelho de Baião, em vez dos 21 médicos que há anos tem previstos para exercer clínica geral e familiar no quadro do Centro de Saúde, tem apenas tem 10, situação que a actual directora daquele Centro, antes mesmo de tomar posse do cargo, considerava «grave». Aliás, já o anterior director do Centro de Saúde alertava para a existência de 7.461 utentes sem médico de família, num universo de 23.019 utentes inscritos, sem que até agora a situação tenha evoluído satisfatoriamente. Mais, sublinha por fim a Concelhia de Baião, há apenas uma viatura médica para percorrer o Concelho, «no pressuposto de incluir tripulação para efectuar consultas, mas que lá vai conseguindo fazer alguns curativos e dando injecções».