Obsessão revanchista
A direita polaca, no poder, lançou uma nova ofensiva anticomunista para branquear o fascismo e a apagar o nome dos que o combateram sacrificando a própria vida.
Veteranos da Guerra e das Brigadas Internacionais considerados traidores
A mais recente iniciativa, segundo relata o jornal espanhol El Pais (09.03) consiste num projecto de lei que, entre outras medidas, retira os subsídios especiais do Estado atribuídos aos veteranos da 2ª Grande Guerra Mundial e a muitos outros que lutaram de armas na mão contra os exércitos fascistas, designadamente na guerra civil de Espanha.
A lei irá ainda penalizar os antigos funcionários da polícia e corpos de segurança, bem como das forças armadas do anterior regime socialista.
Apoiados no Instituto da Memória Nacional (IPN), organismo que controla os arquivos e tem conduzido uma autêntica «caça às bruxas» para «depurar» a sociedade do comunismo, os conservadores polacos pretendem igualmente apagar dos locais públicos de Varsóvia os nomes de todas as figuras e símbolos do «passado», onde incluem os membros polacos das brigadas internacionais que se bateram em defesa da República espanhola.
Estes antifascistas são hoje qualificados pelo IPN como «criminosos e traidores» porque, afirma aquele inquisitório instituto, combateram em Espanha com o objectivo de «construir ali o comunismo», contribuindo depois para consolidar «o regime totalitária na Polónia», formando um grupo influente dentro do partido comunista.
E ninguém escapa à onda revanchista encabeçada pelo presidente da República, Lech Kaczynski, e pelo seu irmão gémeo, o primeiro-ministro, Jaroslaw Kaczynski. Obcecada em ajustar contas com o passado, a direita revanchista não poupou sequer a memória do mais famoso brigadista polaco, o general Walter Karol Swierczewski, herói amado e respeitado pelo povo.
Swierczewski comandou a 35.ª Divisão Internacional em terras espanholas. Perdida a guerra, regressou ao seu país, donde foge para a União Soviética aquando da ocupação nazi. Volta a pegar em armas no Exército Vermelho para combater a invasão hitleriana e acaba a guerra como um dos libertadores da Checoslováquia.
Já como vice-ministro da Defesa da Polónia do pós-guerra, Walter Swierczewski é morto numa emboscada montada por fascistas ucranianos.
Apesar de a sua vida constituir um exemplo indiscutível de luta abnegada pelos ideais da liberdade, contra o terror e a ocupação nazi, o nome deste general, logo após a derrota do socialismo, foi um dos primeiros a ser retirado de uma das avenidas principais de Varsóvia.
A lei irá ainda penalizar os antigos funcionários da polícia e corpos de segurança, bem como das forças armadas do anterior regime socialista.
Apoiados no Instituto da Memória Nacional (IPN), organismo que controla os arquivos e tem conduzido uma autêntica «caça às bruxas» para «depurar» a sociedade do comunismo, os conservadores polacos pretendem igualmente apagar dos locais públicos de Varsóvia os nomes de todas as figuras e símbolos do «passado», onde incluem os membros polacos das brigadas internacionais que se bateram em defesa da República espanhola.
Estes antifascistas são hoje qualificados pelo IPN como «criminosos e traidores» porque, afirma aquele inquisitório instituto, combateram em Espanha com o objectivo de «construir ali o comunismo», contribuindo depois para consolidar «o regime totalitária na Polónia», formando um grupo influente dentro do partido comunista.
E ninguém escapa à onda revanchista encabeçada pelo presidente da República, Lech Kaczynski, e pelo seu irmão gémeo, o primeiro-ministro, Jaroslaw Kaczynski. Obcecada em ajustar contas com o passado, a direita revanchista não poupou sequer a memória do mais famoso brigadista polaco, o general Walter Karol Swierczewski, herói amado e respeitado pelo povo.
Swierczewski comandou a 35.ª Divisão Internacional em terras espanholas. Perdida a guerra, regressou ao seu país, donde foge para a União Soviética aquando da ocupação nazi. Volta a pegar em armas no Exército Vermelho para combater a invasão hitleriana e acaba a guerra como um dos libertadores da Checoslováquia.
Já como vice-ministro da Defesa da Polónia do pós-guerra, Walter Swierczewski é morto numa emboscada montada por fascistas ucranianos.
Apesar de a sua vida constituir um exemplo indiscutível de luta abnegada pelos ideais da liberdade, contra o terror e a ocupação nazi, o nome deste general, logo após a derrota do socialismo, foi um dos primeiros a ser retirado de uma das avenidas principais de Varsóvia.