Modelo económico debaixo de fogo
O PCP quer ver esclarecida no Parlamento a questão que se prende com o nosso modelo económico. Trata-se de saber, nomeadamente, se a grande aposta do Governo continua a ser o modelo económico assente na captação de investimento estrangeiro de baixo valor acrescentado, dependente de baixos salários ou de avultados apoios financeiros do Estado e com baixo grau de incorporação nacional.
Por entender que a resposta a esta grande questão é hoje da máxima importância, face ao teor das declarações proferidas pelo Ministro da Economia na recente viagem à China, a bancada comunista quer ver o assunto clarificado na comissão parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional, o lugar próprio, em sua opinião, para o governante pôr tudo em pratos limpos.
Manuel Pinho, recorde-se, num fórum presidido pelo Primeiro-Ministro, perante uma plateia de empresário chineses, apelando ao investimento em Portugal, afirmou que «somos um país competitivo em termos de custos, nomeadamente os custos salariais que são mais baixos do que a média da União Europeia», brindando ainda a assistência com a afirmação de que a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento.
Suscitando imediatas reacções de indignação e repúdio, estas declarações foram também alvo de duras críticas do Grupo Parlamentar do PCP, que acusou o Governo de ter perdido uma oportunidade para afirmar, por um lado, que a sua vontade é captar um investimento que aposte na qualidade, na tecnologia e na inovação, e, por outro lado, que não queremos um modelo de desenvolvimento assente em salários de miséria e no trabalho sem direitos.
Discurso mentiroso
Foi esta posição que o deputado comunista Jorge Machado deu a conhecer na passada semana, em declaração política proferida em nome da sua bancada, acusando o governante de com as suas declarações não perceber, por um lado, «que não podemos competir com a China com base nos baixos salários», e, por outro lado, revelar que «não mudou nem pretende mudar o modelo de desenvolvimento económico do País».
Classificando as afirmações de Manuel Pinho um autêntico disparate, Jorge Machado considerou ainda que as mesmas são reveladoras de um discurso mentiroso, uma vez que em Portugal o Governo diz estar empenhado na inovação tecnológica e na qualificação dos trabalhadores e, no estrangeiro, afirma exactamente o contrário. Infelizmente para os trabalhadores e o País, como observou o deputado do PCP, são estes anúncios de baixos salários no estrangeiro que têm correspondência com a realidade e a acção política do Governo.
Por entender que a resposta a esta grande questão é hoje da máxima importância, face ao teor das declarações proferidas pelo Ministro da Economia na recente viagem à China, a bancada comunista quer ver o assunto clarificado na comissão parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional, o lugar próprio, em sua opinião, para o governante pôr tudo em pratos limpos.
Manuel Pinho, recorde-se, num fórum presidido pelo Primeiro-Ministro, perante uma plateia de empresário chineses, apelando ao investimento em Portugal, afirmou que «somos um país competitivo em termos de custos, nomeadamente os custos salariais que são mais baixos do que a média da União Europeia», brindando ainda a assistência com a afirmação de que a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento.
Suscitando imediatas reacções de indignação e repúdio, estas declarações foram também alvo de duras críticas do Grupo Parlamentar do PCP, que acusou o Governo de ter perdido uma oportunidade para afirmar, por um lado, que a sua vontade é captar um investimento que aposte na qualidade, na tecnologia e na inovação, e, por outro lado, que não queremos um modelo de desenvolvimento assente em salários de miséria e no trabalho sem direitos.
Discurso mentiroso
Foi esta posição que o deputado comunista Jorge Machado deu a conhecer na passada semana, em declaração política proferida em nome da sua bancada, acusando o governante de com as suas declarações não perceber, por um lado, «que não podemos competir com a China com base nos baixos salários», e, por outro lado, revelar que «não mudou nem pretende mudar o modelo de desenvolvimento económico do País».
Classificando as afirmações de Manuel Pinho um autêntico disparate, Jorge Machado considerou ainda que as mesmas são reveladoras de um discurso mentiroso, uma vez que em Portugal o Governo diz estar empenhado na inovação tecnológica e na qualificação dos trabalhadores e, no estrangeiro, afirma exactamente o contrário. Infelizmente para os trabalhadores e o País, como observou o deputado do PCP, são estes anúncios de baixos salários no estrangeiro que têm correspondência com a realidade e a acção política do Governo.