Multidões
Sempre na vanguarda da cultura da morte, sempre à frente quando se trata de agredir, destruir e matar populações, as diferentes administrações americanas raramente perdem tempo e tão pouco se distraem quando se trata de dar mais um passo na escalada militar. Foram os primeiros (e os únicos) a usarem armas nucleares contra populações e, desde então, não passou um único dia sem que alguém não tenha sucumbido à mercê de uma bala, de uma bomba ou de um míssil americano.
Já muitas vezes foi dito, mas não será demais sublinhar, que os EUA gastam mais em armamento que o conjunto dos outros países no planeta. Impondo ao mundo a ideia de que apenas eles e os seus amigos têm legitimidade para possuir armas, fazem um discurso hipócrita sempre que algum país desenvolve instrumentos para a sua própria defesa.
Esta semana, depois de 60 milhões de dólares investidos, o Departamento de Estado Norte-Americano apresentou uma nova arma. Segundo foi noticiado trata-se de um «sistema de defesa destinado a controlar multidões (...) o Active Denial System, também conhecido por Heat Ray, consiste no disparo de um feixe de energia que provoca uma sensação intensa de queimadura, suficiente para paralisar os movimentos do inimigo» e, ao que tudo indica, «o Pentágono espera poder iniciar a sua produção em série para que o novo sistema possa começar a ser usado (..) no Iraque e Afeganistão». Diz quem já experimentou que «provoca uma sensação como se estivéssemos encostados à parede de um forno muito, muito quente. Era como se de repente
fôssemos começar a arder».
Este novo equipamento, vem juntar-se ao grupo das cinicamente designadas «armas não letais», das quais os canhões de água, o gás lacrimogéneo e as balas de borracha são exemplo, e que são utilizadas, não apenas em situações de conflito armado, mas, sobretudo, na repressão de lutas sociais que ocorrem em muitos países do mundo e em Portugal também.
Para todos os efeitos, não deixa de ser significativo que uma arma com estas características seja apresentada precisamente numa semana em que se intensificou a luta nos EUA contra a Guerra no Iraque, com uma gigantesca manifestação em Washington.
A administração americana, os senhores da guerra e do dinheiro têm medo das multidões, conhecem de sobra a sua capacidade de resistência e luta, o seu poder de transformação, a sua força, quer seja nas ruas de Bagdad, quer estejam às portas da Casa Branca. Por mais dólares que gastem, por mais sofisticadas que sejam as armas, por mais dor e sofrimento que provoquem, haverá sempre multidões para dizer basta!
Já muitas vezes foi dito, mas não será demais sublinhar, que os EUA gastam mais em armamento que o conjunto dos outros países no planeta. Impondo ao mundo a ideia de que apenas eles e os seus amigos têm legitimidade para possuir armas, fazem um discurso hipócrita sempre que algum país desenvolve instrumentos para a sua própria defesa.
Esta semana, depois de 60 milhões de dólares investidos, o Departamento de Estado Norte-Americano apresentou uma nova arma. Segundo foi noticiado trata-se de um «sistema de defesa destinado a controlar multidões (...) o Active Denial System, também conhecido por Heat Ray, consiste no disparo de um feixe de energia que provoca uma sensação intensa de queimadura, suficiente para paralisar os movimentos do inimigo» e, ao que tudo indica, «o Pentágono espera poder iniciar a sua produção em série para que o novo sistema possa começar a ser usado (..) no Iraque e Afeganistão». Diz quem já experimentou que «provoca uma sensação como se estivéssemos encostados à parede de um forno muito, muito quente. Era como se de repente
fôssemos começar a arder».
Este novo equipamento, vem juntar-se ao grupo das cinicamente designadas «armas não letais», das quais os canhões de água, o gás lacrimogéneo e as balas de borracha são exemplo, e que são utilizadas, não apenas em situações de conflito armado, mas, sobretudo, na repressão de lutas sociais que ocorrem em muitos países do mundo e em Portugal também.
Para todos os efeitos, não deixa de ser significativo que uma arma com estas características seja apresentada precisamente numa semana em que se intensificou a luta nos EUA contra a Guerra no Iraque, com uma gigantesca manifestação em Washington.
A administração americana, os senhores da guerra e do dinheiro têm medo das multidões, conhecem de sobra a sua capacidade de resistência e luta, o seu poder de transformação, a sua força, quer seja nas ruas de Bagdad, quer estejam às portas da Casa Branca. Por mais dólares que gastem, por mais sofisticadas que sejam as armas, por mais dor e sofrimento que provoquem, haverá sempre multidões para dizer basta!