Pelo direito ao trabalho
Dezenas de trabalhadores estiveram, de dia 2 até à passada terça-feira, em vigília, frente às instalações da Câmara Municipal da Amadora, a exigir a reabertura da ex-Bombardier.
As carruagens estão a ser feitas no estrangeiro
Para já, a vigília foi desconvocada após os trabalhadores terem obtido garantias, da parte da Câmara, de uma reunião urgente da edilidade com o secretário de Estado dos Transportes, agendada para anteontem ou, o mais tardar, para ontem, como reivindicavam os trabalhadores, revelou ao Avante!, o representante do Sindicato dos Metalúrgicos de Lisboa e ex-trabalhador da empresa, António Tremoço.
A concentração levou também a mesma secretaria de Estado a convocar um encontro com os representantes dos trabalhadores, que está marcada para amanhã.
Os trabalhadores exigem a reabertura da unidade especializada na construção de material circulante ferroviário, como lhes tinha sido prometido. «Como são eles que estão a faltar ao prometido, cabe-lhes resolver o problema que nós continuamos à espera», afirmou, em representação das cerca de três dezenas de trabalhadores que, desde o encerramento, estão no desemprego.
Os trabalhadores exigem que a Câmara desanexe os 45 por cento do espaço da fábrica comprado pela REFER, para que se possa proceder à escritura e reabrir a unidade que, como reafirmam os trabalhadores que consideram haver a possibilidade de voltar a fabricar material ferroviário e de pôr em funcionamento o pólo tecnológico na Amadora, como estava prometido.
Promessas por cumprir
António Tremoço acusou a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, de ter «total responsabilidade neste processo e denunciou ainda os avultados prejuízos para o País, decorrentes do facto de as encomendas que estavam atribuídas à Bombardier estarem agora a ser satisfeitas no estrangeiro.
O dirigente sindical deu os exemplos do concurso no Metro do Porto, ganho pela Bombardier mas cujas carruagens vão ser feitas da Áustria e não na Amadora e das 25 locomotivas que a Siemens passou à CP. Referiu ainda o material para o Metro do Sul que acabou por ser «todo feito em Espanha quando podia ter sido feito aqui por nós», afirmou, considerando estarmos perante «uma autêntica vergonha».
Estava previsto que, no fim de Outubro, o Estado entregasse ao Município a documentação necessária à escritura, mas tal não ocorreu, tendo apenas sido assinado o contrato-promessa de compra e venda.
A aquisição teria um custo avaliado em 7 milhões e 200 mil euros e estaria garantida a criação de 200 postos de trabalho.
Sem a escritura, a unidade não pode voltar a funcionar.
A multinacional canadiana abandonou Portugal em 2004 e deixou 350 trabalhadores no desemprego. Outros 50, fizeram parte de um processo de despedimento colectivo, tendo 20, sido integrados na CP, na EMEF e no Metro de Lisboa. Os restantes 30, continuam à espera da reabertura.
A concentração levou também a mesma secretaria de Estado a convocar um encontro com os representantes dos trabalhadores, que está marcada para amanhã.
Os trabalhadores exigem a reabertura da unidade especializada na construção de material circulante ferroviário, como lhes tinha sido prometido. «Como são eles que estão a faltar ao prometido, cabe-lhes resolver o problema que nós continuamos à espera», afirmou, em representação das cerca de três dezenas de trabalhadores que, desde o encerramento, estão no desemprego.
Os trabalhadores exigem que a Câmara desanexe os 45 por cento do espaço da fábrica comprado pela REFER, para que se possa proceder à escritura e reabrir a unidade que, como reafirmam os trabalhadores que consideram haver a possibilidade de voltar a fabricar material ferroviário e de pôr em funcionamento o pólo tecnológico na Amadora, como estava prometido.
Promessas por cumprir
António Tremoço acusou a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, de ter «total responsabilidade neste processo e denunciou ainda os avultados prejuízos para o País, decorrentes do facto de as encomendas que estavam atribuídas à Bombardier estarem agora a ser satisfeitas no estrangeiro.
O dirigente sindical deu os exemplos do concurso no Metro do Porto, ganho pela Bombardier mas cujas carruagens vão ser feitas da Áustria e não na Amadora e das 25 locomotivas que a Siemens passou à CP. Referiu ainda o material para o Metro do Sul que acabou por ser «todo feito em Espanha quando podia ter sido feito aqui por nós», afirmou, considerando estarmos perante «uma autêntica vergonha».
Estava previsto que, no fim de Outubro, o Estado entregasse ao Município a documentação necessária à escritura, mas tal não ocorreu, tendo apenas sido assinado o contrato-promessa de compra e venda.
A aquisição teria um custo avaliado em 7 milhões e 200 mil euros e estaria garantida a criação de 200 postos de trabalho.
Sem a escritura, a unidade não pode voltar a funcionar.
A multinacional canadiana abandonou Portugal em 2004 e deixou 350 trabalhadores no desemprego. Outros 50, fizeram parte de um processo de despedimento colectivo, tendo 20, sido integrados na CP, na EMEF e no Metro de Lisboa. Os restantes 30, continuam à espera da reabertura.