Apesar de ter recuado na sua intenção de encerrar as urgências da Figueira da Foz, o Governo decidiu que as urgências mais graves de Aveiro, Anadia, Leiria e Viseu (neste caso enquanto não se alterarem as condições) serão canalizadas para os Hospitais Centrais de Coimbra, cujos serviços de urgência polivalente permanecem, «desde que assumam o compromisso de articular e rentabilizar valências médicas nos serviços de urgência entre si». Estes serviços, entretanto, estão «a rebentar pelas costuras», já só funcionando «graças ao espírito de sacrifício e dedicação dos seus profissionais».
Mas não só! De acordo com o documento do Governo sobre a nova rede de urgências, disponibilizado para consulta pública, no passado dia 3, também a urgência de Cantanhede vai encerrar, denuncia a Direcção da Organização Regional de Coimbra do PCP. Isto, apesar de a justificação apresentada para o encerramento das cinco extensões de saúde de Cantanhede deixar entender que as pessoas passariam a ser atendidas nas urgências do Hospital de Cantanhede, concelho com uma população idosa ou carenciada e sem uma rede de transportes públicos.
«A Saúde está doente!», diz o PCP, e a culpa é do Governo que, não satisfeito com a «investida» contra os Serviços de Atendimento Permanente (SAP), Centros de Saúde e suas extensões, avança agora para o ataque às urgências hospitalares!