Jovens são afastados do ensino
Não existem vagas a mais no ensino superior, o problema é muitos milhares de estudantes não conseguirem sequer candidatar-se, denuncia a JCP.
Portugal é o país com menos licenciados na União Europeia
A JCP acusa o Governo de hipocrisia e de prolongar os problemas que originam o insucesso e o abandono escolar, analisando as verdadeiras razões da diminuição do número de estudantes a ingressar no ensino superior público.
A Direcção Central do Ensino Superior da JCP considera que não existem vagas a mais nas escolas de ensino superior em Portugal, o problema é muitos milhares de estudantes não conseguirem sequer candidatar-se.
Este ano existiam 46528 vagas no ensino superior público e 174794 mil estudantes inscritos para realizar exames nacionais. Para a JCP, os milhares de estudantes que ficam fora das contas apresentadas pelo Ministério da Educação são o reflexo de políticas educativas que têm vindo a afastar os jovens do sistema de ensino.
«O abandono e o insucesso escolar são o verdadeiro responsável pela falta de estudantes nas escolas de ensino superior», consideram os jovens comunistas, que acrescentam que «o problema não são vagas a mais, mas barreiras para o prosseguimento de estudos»: falta condições materiais e humanas nas escolas; os exames nacionais continuam, alargam-se a mais níveis de ensino e têm um peso maior na avaliação; as sucessivas revisões curriculares não resolvem os problemas estruturais do sistema de ensino.
«A falsa solução de considerar que existem vagas a mais, não resolverá os problemas de Portugal», salientam, lembrando que somos o país com menos licenciados na União Europeia e temos as taxas mais altas de abandono escolar.
Privado ganha
Os estudantes que não conseguem ingressar no ensino superior público, entram nas escolas privadas. Actualmente, em Lisboa, existem mais escolas do ensino privado (52 por cento) do que do ensino público(48 por cento).
Os cortes orçamentais vão afastar cada vez mais estudantes do sistema de ensino. O Orçamento de Estado para 2007 prevê uma redução de 8,3 por cento na verba de financiamento do ensino superior público. «O Governo continua a desprezar os reais problemas do ensino em Portugal, abrindo as portas ao aumento das propinas em todas as instituições», comenta a JCP.
«Ficaram dezenas de milhares de jovens à porta do ensino superior. Nestes estão incluídos os alunos que se candidataram e não foram admitidos e os alunos que não tiveram o necessário na nota final do exame. Os números não mentem, o argumento que o Governo PS utilizou nos últimos dias dizendo que são os alunos que não aproveitam as oportunidades é descabida», considera a organização.
Desenvolvimento do País está em risco
Este ano foram admitidos 34860 estudantes (86 por cento) preenchendo 442 dos 991 cursos (46 por cento). Do total, 345 cursos receberam menos de 20 alunos. Estas licenciaturas estão em risco de ficar sem financiamento, de acordo com as normas do Processo de Bolonha.
«O encerramento de cursos é claramente uma falsa solução para este problema porque são cursos necessários ao país, ao seu desenvolvimento e modernização», defende a JCP. Estão em causa licenciaturas como Física e Engenharia Física, ambas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e Engenharia Florestal do Instituto Superior de Agronomia. Na Universidade de Évora os cursos de Química e Engenharia Agrícola não tiveram uma única entrada.
«São áreas de formação indispensáveis ao País e que os alunos não frequentam devido a barreiras como os exames nacionais, as propinas, os numerus clausus e o desinvestimento», a JCP, referindo ainda a falta de esclarecimentos dos estudantes, que têm à sua disposição apenas a publicidade feita pelas escolas.
A Direcção Central do Ensino Superior da JCP considera que não existem vagas a mais nas escolas de ensino superior em Portugal, o problema é muitos milhares de estudantes não conseguirem sequer candidatar-se.
Este ano existiam 46528 vagas no ensino superior público e 174794 mil estudantes inscritos para realizar exames nacionais. Para a JCP, os milhares de estudantes que ficam fora das contas apresentadas pelo Ministério da Educação são o reflexo de políticas educativas que têm vindo a afastar os jovens do sistema de ensino.
«O abandono e o insucesso escolar são o verdadeiro responsável pela falta de estudantes nas escolas de ensino superior», consideram os jovens comunistas, que acrescentam que «o problema não são vagas a mais, mas barreiras para o prosseguimento de estudos»: falta condições materiais e humanas nas escolas; os exames nacionais continuam, alargam-se a mais níveis de ensino e têm um peso maior na avaliação; as sucessivas revisões curriculares não resolvem os problemas estruturais do sistema de ensino.
«A falsa solução de considerar que existem vagas a mais, não resolverá os problemas de Portugal», salientam, lembrando que somos o país com menos licenciados na União Europeia e temos as taxas mais altas de abandono escolar.
Privado ganha
Os estudantes que não conseguem ingressar no ensino superior público, entram nas escolas privadas. Actualmente, em Lisboa, existem mais escolas do ensino privado (52 por cento) do que do ensino público(48 por cento).
Os cortes orçamentais vão afastar cada vez mais estudantes do sistema de ensino. O Orçamento de Estado para 2007 prevê uma redução de 8,3 por cento na verba de financiamento do ensino superior público. «O Governo continua a desprezar os reais problemas do ensino em Portugal, abrindo as portas ao aumento das propinas em todas as instituições», comenta a JCP.
«Ficaram dezenas de milhares de jovens à porta do ensino superior. Nestes estão incluídos os alunos que se candidataram e não foram admitidos e os alunos que não tiveram o necessário na nota final do exame. Os números não mentem, o argumento que o Governo PS utilizou nos últimos dias dizendo que são os alunos que não aproveitam as oportunidades é descabida», considera a organização.
Desenvolvimento do País está em risco
Este ano foram admitidos 34860 estudantes (86 por cento) preenchendo 442 dos 991 cursos (46 por cento). Do total, 345 cursos receberam menos de 20 alunos. Estas licenciaturas estão em risco de ficar sem financiamento, de acordo com as normas do Processo de Bolonha.
«O encerramento de cursos é claramente uma falsa solução para este problema porque são cursos necessários ao país, ao seu desenvolvimento e modernização», defende a JCP. Estão em causa licenciaturas como Física e Engenharia Física, ambas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e Engenharia Florestal do Instituto Superior de Agronomia. Na Universidade de Évora os cursos de Química e Engenharia Agrícola não tiveram uma única entrada.
«São áreas de formação indispensáveis ao País e que os alunos não frequentam devido a barreiras como os exames nacionais, as propinas, os numerus clausus e o desinvestimento», a JCP, referindo ainda a falta de esclarecimentos dos estudantes, que têm à sua disposição apenas a publicidade feita pelas escolas.