Suíços segregam estrangeiros
No referendo realizado no domingo, 25, cerca de 68 por cento dos suíços votaram a favor da nova lei sobre a imigração e 67,8 por cento concordaram com sérias restrições ao direito de asilo.
Ambas as leis são rejeitadas pelos partidos de esquerda, organizações defensoras dos direitos humanos e várias igrejas, que apontam como aspectos mais graves a recusa do direito de asilo às pessoas que não possuam documentos de identificação, bem como o estabelecimento de penas de dois anos de prisão para os estrangeiros que tentem escapar à repatriação.
O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, William Spindler, criticou o novo diploma sobre o asilo, considerando-o como um dos mais restritivos da Europa, e observou que muitos refugiados políticos e vítimas da guerra «não têm forma de obter documentos de identificação» no prazo de 48 horas exigido pela nova lei.
Por outro lado, receando que estas leis possam ser «seguidas por outros países», Spindler lembrou que a taxa de novos exilados na Suíça é a mais baixas dos últimos 20 anos (19 mil em 2005), facto que contradiz o alarmismo dos partidos de direita que justificaram as restrições com a necessidade de «combater abusos contra o sistema social», segundo declarou o presidente da União Democrática do Centro (UDC) Ueli Maurer.
Quanto à nova lei da imigração, foram introduzidos dispositivos claramente discriminatórios dos cidadãos extra-comunitários, os quais ficam proibidos de residir na Suíça, caso não consigam provar que foram recrutados para um emprego específico, que dispõem de qualificações profissionais adequadas e que não foi encontrado nenhum trabalhador suíço nem europeu para ocupar o posto de trabalho em questão.
Christophe Darbellay, presidente do partido Democrata-Cristão (PDC), congratulou-se com o resultado do referendo: «Não quero guetos à francesa», explicou.
Actualmente, a Suíça conta com uma população de 7,3 milhões de habitantes, dos quais 21 por cento são estrangeiros.
O referendo foi promovido pelos partidos de esquerda e diversas organizações sociais e não governamentais que reuniram as 50 mil assinaturas exigidas para a consulta. As novas leis só deverão entrar em vigor em Janeiro de 2008, mas alguns dos seus dispositivos serão aplicados já no início do próximo ano, designadamente os que se referem à repatriação de ilegais.
Ambas as leis são rejeitadas pelos partidos de esquerda, organizações defensoras dos direitos humanos e várias igrejas, que apontam como aspectos mais graves a recusa do direito de asilo às pessoas que não possuam documentos de identificação, bem como o estabelecimento de penas de dois anos de prisão para os estrangeiros que tentem escapar à repatriação.
O porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, William Spindler, criticou o novo diploma sobre o asilo, considerando-o como um dos mais restritivos da Europa, e observou que muitos refugiados políticos e vítimas da guerra «não têm forma de obter documentos de identificação» no prazo de 48 horas exigido pela nova lei.
Por outro lado, receando que estas leis possam ser «seguidas por outros países», Spindler lembrou que a taxa de novos exilados na Suíça é a mais baixas dos últimos 20 anos (19 mil em 2005), facto que contradiz o alarmismo dos partidos de direita que justificaram as restrições com a necessidade de «combater abusos contra o sistema social», segundo declarou o presidente da União Democrática do Centro (UDC) Ueli Maurer.
Quanto à nova lei da imigração, foram introduzidos dispositivos claramente discriminatórios dos cidadãos extra-comunitários, os quais ficam proibidos de residir na Suíça, caso não consigam provar que foram recrutados para um emprego específico, que dispõem de qualificações profissionais adequadas e que não foi encontrado nenhum trabalhador suíço nem europeu para ocupar o posto de trabalho em questão.
Christophe Darbellay, presidente do partido Democrata-Cristão (PDC), congratulou-se com o resultado do referendo: «Não quero guetos à francesa», explicou.
Actualmente, a Suíça conta com uma população de 7,3 milhões de habitantes, dos quais 21 por cento são estrangeiros.
O referendo foi promovido pelos partidos de esquerda e diversas organizações sociais e não governamentais que reuniram as 50 mil assinaturas exigidas para a consulta. As novas leis só deverão entrar em vigor em Janeiro de 2008, mas alguns dos seus dispositivos serão aplicados já no início do próximo ano, designadamente os que se referem à repatriação de ilegais.