As intermitências da «rentrée»
Tal como a morte no belo livro de José Saramago, a «rentrée» tem andado intermitente, mas neste caso por razões bem prosaicas.
Em 2004 foi decidido nos media dominantes o «fim do modelo esgotado», mas em 2005, em fase pré-eleitoral, reapareceu no tempo de todas as promessas; agora voltou a tónica - «as pessoas não estão para comícios», «os tempos da política combativa e vociferante acabaram».
A verdade é que a «rentrée» dos comícios - concebidos como política espectáculo e manipulação – nem sempre encaixa nas políticas de direita. E há casos em que os comícios são como as uvas, a que a raposa da fábula de La Fontaine, incapaz de chegar, bramava - «estão verdes».
Só Monteiro do PND chamou «rentrée» a uma charla para vinte apoiantes, cuja notícia foi a espera pela «autorização», que não pode existir em regime democrático e só tem sentido num projecto «salazarento».
Mas abundam encenações televisivas com nomes diversos, que parecem marcadas para tentar diminuir a nossa Festa e mistificar comparações, que, se fossem sérias, seriam esclarecedoras.
O BE, que, segundo F.Louçã é o mais «massacrado» pelos media, anda numa excursão pelo país, que ainda só rendeu dez minutos de televisão por cada ideia não copiada do PCP e três minutos por cada excursionista, por isso vai continuar, no fim de semana, conforme a sebenta do «professor Marcelo», a «marcar» o PCP nos «temas sociais».
O PSD – com o CDS em cacos - vai fazer o possível, na «universidade» de fim de semana, para aparecer como a «direita inteligente» e «telegénica», fingindo exigir reformas de «oposição», para que o Governo finja que lhes resiste e possa continuar no «caminho certo», conforme os interesses decidiram.
Finalmente o PS, protegido pelo controlo dos media públicos e a simpatia dos privados, reúne a Comissão Nacional, não para discutir os efeitos da política do Governo, as dificuldades dos trabalhadores e das populações, mas para persistir nas mentirolas sobre o desemprego e a economia, escondendo a realidade e a estagnação, e para convocar o Congresso para daqui a dois meses(!) e dar apoio prévio a mais um «discurso da miragem» de J.Sócrates, a semana que vem, em novo episódio do «enlatado» das «novas fronteiras».
Resta assim a Festa do Avante! Nem «rentrée», nem telemontagem, mas um espaço/tempo de alegria, cultura, intervenção e iniciativa política, num percurso de luta pela transformação social.
Em 2004 foi decidido nos media dominantes o «fim do modelo esgotado», mas em 2005, em fase pré-eleitoral, reapareceu no tempo de todas as promessas; agora voltou a tónica - «as pessoas não estão para comícios», «os tempos da política combativa e vociferante acabaram».
A verdade é que a «rentrée» dos comícios - concebidos como política espectáculo e manipulação – nem sempre encaixa nas políticas de direita. E há casos em que os comícios são como as uvas, a que a raposa da fábula de La Fontaine, incapaz de chegar, bramava - «estão verdes».
Só Monteiro do PND chamou «rentrée» a uma charla para vinte apoiantes, cuja notícia foi a espera pela «autorização», que não pode existir em regime democrático e só tem sentido num projecto «salazarento».
Mas abundam encenações televisivas com nomes diversos, que parecem marcadas para tentar diminuir a nossa Festa e mistificar comparações, que, se fossem sérias, seriam esclarecedoras.
O BE, que, segundo F.Louçã é o mais «massacrado» pelos media, anda numa excursão pelo país, que ainda só rendeu dez minutos de televisão por cada ideia não copiada do PCP e três minutos por cada excursionista, por isso vai continuar, no fim de semana, conforme a sebenta do «professor Marcelo», a «marcar» o PCP nos «temas sociais».
O PSD – com o CDS em cacos - vai fazer o possível, na «universidade» de fim de semana, para aparecer como a «direita inteligente» e «telegénica», fingindo exigir reformas de «oposição», para que o Governo finja que lhes resiste e possa continuar no «caminho certo», conforme os interesses decidiram.
Finalmente o PS, protegido pelo controlo dos media públicos e a simpatia dos privados, reúne a Comissão Nacional, não para discutir os efeitos da política do Governo, as dificuldades dos trabalhadores e das populações, mas para persistir nas mentirolas sobre o desemprego e a economia, escondendo a realidade e a estagnação, e para convocar o Congresso para daqui a dois meses(!) e dar apoio prévio a mais um «discurso da miragem» de J.Sócrates, a semana que vem, em novo episódio do «enlatado» das «novas fronteiras».
Resta assim a Festa do Avante! Nem «rentrée», nem telemontagem, mas um espaço/tempo de alegria, cultura, intervenção e iniciativa política, num percurso de luta pela transformação social.