Para decidir em paz
Milhares de pessoas manifestaram-se, na sexta-feira, 25, no centro de Bilbau, a favor da autodeterminação do País Basco e de iniciativas por parte dos governos espanhol e francês que correspondam ao cessar-fogo unilateral da ETA.
Bascos exigem abertura do prometido processo político
A marcha, em tudo similar à realizada duas semanas antes em São Sebastião, foi convocada por um grupo de cidadãos e teve autorização do juiz da Audiência
Nacional, Santiago Pedraz, que considerou infundadas as denúncias do Partido Popular que acusavam o Batasuna, esquerda independentista, de estar por detrás da organização do protesto.
A investigação policial apurou que «entre os 38 cidadãos que subscrevem a convocatória do protesto não há nenhum que esteja relacionado com o partido, não havendo nos cartazes ou outro material publicitário e de protesto, quaisquer símbolos vinculados à força ilegalizada».
Ainda assim, dando provas de grande minúcia, as autoridades identificaram entre os convocantes três elementos que integraram as listas do Ueskal Herritarrok (nome do Batasuna entre 1998 e 2001), reforçando o aviso de que o aparecimento de qualquer símbolo do partido levaria à proibição imediata da acção de protesto.
Minutos antes do começo do desfile, que decorreu debaixo de chuva e sob forte vigilância policial, vários dirigentes da Mesa Nacional do Batasuna, entre eles Joseba Permach, Joseba Alvarez, Pernando Barrena e Jone Goirizelaia, integraram-se na manifestação, à cabeça da qual se viam bandeiras do Líbano e da Palestina ao lado da Ikurriña (o pavilhão do País Basco).
Vários cartazes, com inscrições em basco, exigiam a libertação dos presos políticos, a democracia e a independência do País Basco
Nas mãos dos bascos
No final, os organizadores anónimos dirigiram-se à multidão, apelando aos estados francês e espanhol para que deixem o povo decidir o seu futuro em paz, advertindo, ao mesmo tempo, que a solução «está nas mãos dos bascos» e não virá não virá por si só destes dois governos.
Já antes, o advogado e dirigente do Batasuna, Jone Goirizelaia, chamara a atenção para a discriminação que o seu partido continua a ser sujeito: «cinco meses após os anúncio do cessar-fogo da ETA e do início de um processo com vista à criação de uma mesa de diálogo entre partidos políticos, constatamos que não está a ser respeitado o direito de o Batasuna desenvolver a sua actividade política. Isto é muito grave. Trata-se de um problema para o qual o PSOE tem de apresentar uma solução».
Este dirigente falou ainda da questão dos presos políticos, destacando o caso concreto de Juana Chaos, que está em greve de fome desde há duas semanas e meia para exigir a libertação. «O direito à liberdade condicional não foi respeitado», explicou o advogado que acusou o partido no poder de «não cumprir as sua próprias leis».
Nacional, Santiago Pedraz, que considerou infundadas as denúncias do Partido Popular que acusavam o Batasuna, esquerda independentista, de estar por detrás da organização do protesto.
A investigação policial apurou que «entre os 38 cidadãos que subscrevem a convocatória do protesto não há nenhum que esteja relacionado com o partido, não havendo nos cartazes ou outro material publicitário e de protesto, quaisquer símbolos vinculados à força ilegalizada».
Ainda assim, dando provas de grande minúcia, as autoridades identificaram entre os convocantes três elementos que integraram as listas do Ueskal Herritarrok (nome do Batasuna entre 1998 e 2001), reforçando o aviso de que o aparecimento de qualquer símbolo do partido levaria à proibição imediata da acção de protesto.
Minutos antes do começo do desfile, que decorreu debaixo de chuva e sob forte vigilância policial, vários dirigentes da Mesa Nacional do Batasuna, entre eles Joseba Permach, Joseba Alvarez, Pernando Barrena e Jone Goirizelaia, integraram-se na manifestação, à cabeça da qual se viam bandeiras do Líbano e da Palestina ao lado da Ikurriña (o pavilhão do País Basco).
Vários cartazes, com inscrições em basco, exigiam a libertação dos presos políticos, a democracia e a independência do País Basco
Nas mãos dos bascos
No final, os organizadores anónimos dirigiram-se à multidão, apelando aos estados francês e espanhol para que deixem o povo decidir o seu futuro em paz, advertindo, ao mesmo tempo, que a solução «está nas mãos dos bascos» e não virá não virá por si só destes dois governos.
Já antes, o advogado e dirigente do Batasuna, Jone Goirizelaia, chamara a atenção para a discriminação que o seu partido continua a ser sujeito: «cinco meses após os anúncio do cessar-fogo da ETA e do início de um processo com vista à criação de uma mesa de diálogo entre partidos políticos, constatamos que não está a ser respeitado o direito de o Batasuna desenvolver a sua actividade política. Isto é muito grave. Trata-se de um problema para o qual o PSOE tem de apresentar uma solução».
Este dirigente falou ainda da questão dos presos políticos, destacando o caso concreto de Juana Chaos, que está em greve de fome desde há duas semanas e meia para exigir a libertação. «O direito à liberdade condicional não foi respeitado», explicou o advogado que acusou o partido no poder de «não cumprir as sua próprias leis».