Claro que os lucros crescem!
Em Portugal, só em 2005, os cinco maiores bancos privados obtiveram mais de mil e seiscentos milhões de euros de lucros, mais 37% do que em 2004! Nestes lucros incluem-se, porém, vários milhões de horas de trabalho suplementar não remunerado, denuncia o Organismo de Direcção dos Bancários de Lisboa do PCP.
Assim, enquanto a contratação colectiva de trabalho estabelece uma jornada de trabalho de sete horas, há trabalhadores que, todos os dias, prestam nove, dez e mais horas, ou seja, pelo menos dez mil horas de trabalho suplementar não remunerado – número que os comunistas consideram não exagerado –, que se fossem retribuídas de acordo com a convenção colectiva teriam um custo nunca inferior a cem mil euros por dia.
A verdade, alerta o PCP, é que para desempenhar as tarefas correspondentes a essas horas a Banca teria de admitir nada menos que mil e quatrocentos trabalhadores mas, em vez disso, prossegue as reestruturações, fusões e demais reorganizações, «que dispensam pessoal e sobrecarregam os que ficam». E, enquanto antes os bancos pagavam logo as coimas irrisórias a que lei os obrigava por essas infracções, agora, com o recente agravamento das coimas, começaram a contestá-las em tribunal, «assediando trabalhadores a testemunharem a seu favor» e levando muitas vezes ao arquivamento dos processos por falta de provas. De tal forma, que há cada vez mais delegados da Inspecção de Trabalho que se recusam a inspeccionar estabelecimentos bancários, para não se verem depois desautorizados em tribunal.
É claro que mais uma vez «a precariedade e o medo de represálias jogam a favor do banqueiro», dizem os comunistas, assacando também pesadas responsabilidades pela situação aos sucessivos governos do PSD e do PS.
A verdade, alerta o PCP, é que para desempenhar as tarefas correspondentes a essas horas a Banca teria de admitir nada menos que mil e quatrocentos trabalhadores mas, em vez disso, prossegue as reestruturações, fusões e demais reorganizações, «que dispensam pessoal e sobrecarregam os que ficam». E, enquanto antes os bancos pagavam logo as coimas irrisórias a que lei os obrigava por essas infracções, agora, com o recente agravamento das coimas, começaram a contestá-las em tribunal, «assediando trabalhadores a testemunharem a seu favor» e levando muitas vezes ao arquivamento dos processos por falta de provas. De tal forma, que há cada vez mais delegados da Inspecção de Trabalho que se recusam a inspeccionar estabelecimentos bancários, para não se verem depois desautorizados em tribunal.
É claro que mais uma vez «a precariedade e o medo de represálias jogam a favor do banqueiro», dizem os comunistas, assacando também pesadas responsabilidades pela situação aos sucessivos governos do PSD e do PS.