Eslováquia

Extrema-direita entra no governo

O partido social-democrata Smer, vencedor das eleições legislativas de 17 de Junho, anunciou, na quarta-feira, 28, a constituição de uma coligação governativa com o Partido Nacional Eslovaco (SNS, extrema-direita) e o Movimento para uma Eslováquia Democrática (HZDS).
Juntos, os três partidos contam com 85 deputados num total de 150, o que, segundo declarou o líder social-democrata, Robert Fico, que se prepara para assumir funções de primeiro-ministro, «permitirá à Eslováquia tornar-se num estado social».
Para já, os dois parceiros da coligação prometem apoiar um programa de governo capaz de materializar as reformas defendidas por Fico durante a campanha eleitoral. Uma delas é a alteração da taxa única do IVA, actualmente em 19 por cento, com a introdução de uma tributação mais baixa dos produtos de primeira necessidade.
Em contrapartida, o Smer propõe-se aumentar os impostos dos particulares e empresas, que estão hoje entre os mais baixos da Europa, reforçando a incidência fiscal sobre os lucros dos grandes grupos económicos e dos bancos.
No futuro governo, os sociais-democratas disporão de dez pastas ministeriais, entregando três à extrema-direita (SNS) e duas ao HZDS, partido do antigo primeiro-ministro, Vladimir Meciar, responsável pelas obscuras privatizações realizadas nos anos 90.
O discurso racista e xenófobo do SNS, conhecido pelos seus ataques contra as comunidades húngara e cigana, parece não perturbar o futuro chefe do governo, que garantiu por varias vezes que o seu partido assegurará o respeito dos direitos das minorias étnicas, designadamente das acima referidas que representam, cada uma, cerca de 10 por cento da população do país.


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