Multinacionais apostam na OCDE
Os 30 países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) absorveram a maior fatia do investimento directo estrangeiro efectuado em 2005.
Países desenvolvidos absorvem a maior fatia do investimento estrangeiro
Segundo um relatório divulgado, na quarta-feira, 28, o investimento directo estrangeiro (IDE) nos países da OCDE, de que Portugal é membro, registou uma subida de 27 por cento em relação a 2004, atingindo o montante de 622 mil milhões de dólares (496 mil milhões de euros), um recorde desde 2001, ano em que o IDE alcançou nestes estados cerca de 1250 mil milhões de dólares.
O maior beneficiário dos investimentos foi o Reino Unido que conseguiu captar 165 mil milhões de dólares, ou seja cerca de três vezes mais do que o registado em 2004 e um dos mais fortes fluxos de investimento externo jamais verificados no país.
Em grande parte, este aumento deveu-se a importantes reestruturações de multinacionais, de que é exemplo a criação da Royal Dutch Shell, bem como a grandes operações transnacionais de fusão e aquisição, caso da compra da companhia de navegação Peninsular & Oriental Steam pela Dubai Ports World, dos Emirados Árabes Unidos, avaliada em 8,2 mil milhões de dólares.
Na lista dos países que receberam mais investimento estrangeiro seguem-se os Estados Unidos, como 110 mil milhões de dólares, montante que representa uma quebra de 17,5 por cento, em relação a 2004. Descida mais acentuada foi observada na capacidade de investimento norte-americano no estrangeiro, que passou de 244 mil milhões de dólares, em 2004, para apenas nove mil milhões de dólares, em 2005.
Neste particular, a França, o terceiro país da OCDE que atraiu mais IDE (cerca de 63,5 mil milhões de dólares contra 31 mil milhões de dólares em 2004), distinguiu-se por um intenso investimento no estrangeiro, gerando fluxos de capitais na ordem dos 116 mil milhões de dólares, ou seja duas vezes mais do que em 2004.
Entre as operações mais importantes realizadas por grupos gauleses em 2005, destaca-se a compra da eléctrica belga Electrabel pelo grupo Suez (14 mil milhões de dólares) ou do operador espanhol de comunicações móveis Retevision Movil pela France Telecom (11 mil milhões de dólares).
Portugal é dos países da OCDE que registou menor investimento estrangeiro (3,1 mil milhões de dólares em 2005; 2,4 mil milhões de dólares, em 2004; 8,6 mil milhões de dólares, em 2003).
Centro e periferia
Fora do clube da OCDE, o investimento estrangeiro representou em 2005 cerca de 214 mil milhões de dólares, isto é, pouco mais de um terço dos fluxos de capitais que entraram nos países membros da organização, que possuem com as economias mais pujantes do mundo.
Note-se ainda que mais de metade daquele montante de IDE foi aplicado num núcleo muito restrito de países: China (72,4 mil milhões de dólares), que se confirmou como principal destino de capital estrangeiro no exterior da OCDE, Hong-Kong (35,9 mil milhões de dólares) e Singapura (33,4 mil milhões de dólares).
O Brasil captou 15,1 mil milhões de dólares, sendo seguido da Rússia com 14,6 mil milhões de dólares; do Chile (7,2 mil milhões de dólares); Roménia e África do Sul, (ambos com 6,4 mil milhões de dólares); Israel (6,1 mil milhões de dólares) e Argentina (4,7 mil milhões de dólares).
A Estónia, Letónia, Lituânia e Eslovénia foram os outros países fora da OCDE que beneficiaram de investimentos estrangeiros assinaláveis, num total de 11,8 mil milhões de dólares, de acordo com as estimativas da OCDE.
Para além de novos investimentos e operações de fusão ou aquisição, o IDE compreende os reinvestimentos de lucros, os empréstimos e operações financeiras efectuados à escala internacional entre empresas ligadas.
O maior beneficiário dos investimentos foi o Reino Unido que conseguiu captar 165 mil milhões de dólares, ou seja cerca de três vezes mais do que o registado em 2004 e um dos mais fortes fluxos de investimento externo jamais verificados no país.
Em grande parte, este aumento deveu-se a importantes reestruturações de multinacionais, de que é exemplo a criação da Royal Dutch Shell, bem como a grandes operações transnacionais de fusão e aquisição, caso da compra da companhia de navegação Peninsular & Oriental Steam pela Dubai Ports World, dos Emirados Árabes Unidos, avaliada em 8,2 mil milhões de dólares.
Na lista dos países que receberam mais investimento estrangeiro seguem-se os Estados Unidos, como 110 mil milhões de dólares, montante que representa uma quebra de 17,5 por cento, em relação a 2004. Descida mais acentuada foi observada na capacidade de investimento norte-americano no estrangeiro, que passou de 244 mil milhões de dólares, em 2004, para apenas nove mil milhões de dólares, em 2005.
Neste particular, a França, o terceiro país da OCDE que atraiu mais IDE (cerca de 63,5 mil milhões de dólares contra 31 mil milhões de dólares em 2004), distinguiu-se por um intenso investimento no estrangeiro, gerando fluxos de capitais na ordem dos 116 mil milhões de dólares, ou seja duas vezes mais do que em 2004.
Entre as operações mais importantes realizadas por grupos gauleses em 2005, destaca-se a compra da eléctrica belga Electrabel pelo grupo Suez (14 mil milhões de dólares) ou do operador espanhol de comunicações móveis Retevision Movil pela France Telecom (11 mil milhões de dólares).
Portugal é dos países da OCDE que registou menor investimento estrangeiro (3,1 mil milhões de dólares em 2005; 2,4 mil milhões de dólares, em 2004; 8,6 mil milhões de dólares, em 2003).
Centro e periferia
Fora do clube da OCDE, o investimento estrangeiro representou em 2005 cerca de 214 mil milhões de dólares, isto é, pouco mais de um terço dos fluxos de capitais que entraram nos países membros da organização, que possuem com as economias mais pujantes do mundo.
Note-se ainda que mais de metade daquele montante de IDE foi aplicado num núcleo muito restrito de países: China (72,4 mil milhões de dólares), que se confirmou como principal destino de capital estrangeiro no exterior da OCDE, Hong-Kong (35,9 mil milhões de dólares) e Singapura (33,4 mil milhões de dólares).
O Brasil captou 15,1 mil milhões de dólares, sendo seguido da Rússia com 14,6 mil milhões de dólares; do Chile (7,2 mil milhões de dólares); Roménia e África do Sul, (ambos com 6,4 mil milhões de dólares); Israel (6,1 mil milhões de dólares) e Argentina (4,7 mil milhões de dólares).
A Estónia, Letónia, Lituânia e Eslovénia foram os outros países fora da OCDE que beneficiaram de investimentos estrangeiros assinaláveis, num total de 11,8 mil milhões de dólares, de acordo com as estimativas da OCDE.
Para além de novos investimentos e operações de fusão ou aquisição, o IDE compreende os reinvestimentos de lucros, os empréstimos e operações financeiras efectuados à escala internacional entre empresas ligadas.