Travar a saída de serviços públicos de Beja
Os municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral decidiram criar um movimento em defesa da região para reclamar a concretização de projectos estruturantes e travar a tendência de transferência de serviços do Estado de Beja para Évora.
Reclamar a concretização de projectos estruturantes
O movimento irá ser dinamizado por uma comissão de trabalho composta por dez instituições locais e que foi constituída sábado, em Beja, num plenário que juntou cerca de 300 pessoas.
O encontro, promovido pela Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL), contou com a presença de autarcas e representantes de associações empresariais, sindicais e culturais da região.
Francisco Santos, presidente da Câmara Municipal de Beja e porta-voz da comissão, explicou, em declarações à Lusa, que o movimento pretende «travar a tendência de transferência de serviços do Estado de Beja para Évora».
Defendendo uma região Alentejo «multipolar, sem capital definida e com uma descentralização dos vários serviços do Estado», o autarca do PCP considerou «inaceitável» aquela tendência.
«Não podemos aceitar que, gradualmente e à revelia dos eleitores, se crie uma nova carta administrativa onde o Alentejo é enxertado com mais 11 concelhos da Lezíria e se concentrem praticamente todos os serviços e direcções regionais do Estado em Évora», declarou.
A intenção do Governo de dividir o País em cinco regiões-plano tem gerado preocupação em Beja, sobretudo depois do fecho, em Março, da Delegação Distrital de Beja da Inspecção-Geral das Actividades Económicas (IGAE), sendo os serviços canalizados para Évora.
O encerramento de 26 escolas no distrito de Beja e 12 no Litoral Alentejano, a construção do Hospital Central do Alentejo em Évora e a transformação do Hospital de Beja numa Unidade Local de Saúde são outros «motivos de preocupação», encarados como «sinais de um possível esvaziamento» da região.
O movimento, continuou Francisco Santos, pretende também «reclamar a concretização de projectos
estruturantes, dando-lhes visibilidade».
Frente de trabalho
O arranque definitivo da construção do Aeroporto de Beja e do Itinerário Principal 8 (IP-8), que irá ligar Sines/Beja/Espanha, a renovação do IP2 e uma «aposta decisiva» no Instituto Politécnico de Beja (IPB) são alguns dos projectos apontados pelo autarca.
A criação de centros de inovação ligados «à nova agricultura de regadio que irá nascer com Alqueva» e de um centro logístico, «que em conjugação com o Porto de Sines seja uma porta de entrada de mercadorias para a Europa», foram outros projectos defendidos.
Lembrando que «o diagnóstico da situação está feito», Francisco Santos adiantou que o «próximo passo» da comissão será uma reunião onde serão definidas «estratégias com o objectivo de dar visibilidade a todas as questões e projectos prioritários para a região».
De acordo com o autarca comunista, a comissão pretende também criar «núcleos de apoio» em todos os concelhos da região e agendar entrevistas com membros do Governo e outras entidades do Estado para «dar a conhecer os nossos problemas e propostas».
Entre as entidades que integram a comissão de trabalho, destacam-se a AMBAAL, o IPB, Associação Comercial, União dos Sindicatos, Núcleo Empresarial e a Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, além da Região de Turismo Planície Dourada, Federação dos Agricultores do Baixo Alentejo e Associação Nacional de Freguesias.
O encontro, promovido pela Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL), contou com a presença de autarcas e representantes de associações empresariais, sindicais e culturais da região.
Francisco Santos, presidente da Câmara Municipal de Beja e porta-voz da comissão, explicou, em declarações à Lusa, que o movimento pretende «travar a tendência de transferência de serviços do Estado de Beja para Évora».
Defendendo uma região Alentejo «multipolar, sem capital definida e com uma descentralização dos vários serviços do Estado», o autarca do PCP considerou «inaceitável» aquela tendência.
«Não podemos aceitar que, gradualmente e à revelia dos eleitores, se crie uma nova carta administrativa onde o Alentejo é enxertado com mais 11 concelhos da Lezíria e se concentrem praticamente todos os serviços e direcções regionais do Estado em Évora», declarou.
A intenção do Governo de dividir o País em cinco regiões-plano tem gerado preocupação em Beja, sobretudo depois do fecho, em Março, da Delegação Distrital de Beja da Inspecção-Geral das Actividades Económicas (IGAE), sendo os serviços canalizados para Évora.
O encerramento de 26 escolas no distrito de Beja e 12 no Litoral Alentejano, a construção do Hospital Central do Alentejo em Évora e a transformação do Hospital de Beja numa Unidade Local de Saúde são outros «motivos de preocupação», encarados como «sinais de um possível esvaziamento» da região.
O movimento, continuou Francisco Santos, pretende também «reclamar a concretização de projectos
estruturantes, dando-lhes visibilidade».
Frente de trabalho
O arranque definitivo da construção do Aeroporto de Beja e do Itinerário Principal 8 (IP-8), que irá ligar Sines/Beja/Espanha, a renovação do IP2 e uma «aposta decisiva» no Instituto Politécnico de Beja (IPB) são alguns dos projectos apontados pelo autarca.
A criação de centros de inovação ligados «à nova agricultura de regadio que irá nascer com Alqueva» e de um centro logístico, «que em conjugação com o Porto de Sines seja uma porta de entrada de mercadorias para a Europa», foram outros projectos defendidos.
Lembrando que «o diagnóstico da situação está feito», Francisco Santos adiantou que o «próximo passo» da comissão será uma reunião onde serão definidas «estratégias com o objectivo de dar visibilidade a todas as questões e projectos prioritários para a região».
De acordo com o autarca comunista, a comissão pretende também criar «núcleos de apoio» em todos os concelhos da região e agendar entrevistas com membros do Governo e outras entidades do Estado para «dar a conhecer os nossos problemas e propostas».
Entre as entidades que integram a comissão de trabalho, destacam-se a AMBAAL, o IPB, Associação Comercial, União dos Sindicatos, Núcleo Empresarial e a Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, além da Região de Turismo Planície Dourada, Federação dos Agricultores do Baixo Alentejo e Associação Nacional de Freguesias.