Em defesa dos «serviços de urgência»
A CDU de Lisboa condena a proposta governamental de encerramento dos serviços nocturnos dos centros de saúde da capital, que os comunistas consideram prejudicial para «os mais desfavorecidos».
A população idosa será a mais prejudicada
Este mês, foi divulgada uma proposta da Direcção de Serviços de Saúde que pressupõe o encerramento ou a «reconversão» dos atendimentos de urgência e complementares nos centros de Saúde da grande Lisboa, que passarão a atender doentes só das 08h00 às 20h00.
A Proposta de Reestruturação do Atendimento às Doenças Agudas/Urgentes foi enviada a todos os directores de centros de saúde da Sub-Região de Lisboa, que têm dois meses para reorganizar os seus serviços.
A tutela justifica o fim do atendimento urgente e complementar nos centros de saúde afirmando que a sua criação foi «um fracasso» e só trouxe «desorganização», resultando num desperdício de «recursos humanos, materiais ou financeiros».
Face a estas afirmações, em comunicado, a CDU de Lisboa considerou o encerramento dos serviços de urgência uma «medida errada», porque implicaria que «muitos milhares de cidadãos» teriam de recorrer às urgências hospitalares após as 20h00.
Para os comunistas, os serviços, «que tanto apoio têm dado às populações» não devem encerrar porque os cuidados de saúde vão ficar mais afastados dos utentes, que terão de suportar uma «maior carga de taxas moderadoras». «Cada vez (os cidadãos) dispõem de menos recursos e de menor leque de escolhas» nos cuidados de saúde, acusa a CDU.
Para os eleitos, as pessoas «vão desistir» de recorrer às urgências hospitalares, que ficam «mais longe» e implicam «várias horas» de espera, tornando a saúde «um bem quase de luxo», mesmo «em situação de urgência».
A população idosa será a mais prejudicada, considera a CDU, por ser «a mais desprovida de meios alternativos» de chegar aos cuidados de saúde.
Freguesias apelam à mobilização
As juntas de freguesia da Ajuda, Carnide, Castelo, Madalena, Pena, Santa Engrácia, Santa Justa, Santo Estevão, Santiago e São Vicente estão contra o encerramento das urgências dos centros de saúde depois das 20h00 e exigem do Governo a suspensão desta decisão, alegando que irá prejudicar milhares de pessoas.
Esta deliberação foi tomada, sexta-feira, após uma reunião, convocada pelo presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Paulo Quaresma, da CDU, onde se debateu o eventual fecho dos SAP’s que realizam menos de nove atendimentos por noite.
Os centros de saúde de Lisboa que foram «convidados» a reestruturar os seus serviços foram os da Ajuda, Alameda, Alcântara, Benfica, Coração de Jesus, Graça, Lapa, Lumiar, Luz Soriano, Marvila, Olivais, Penha de Franca, São João, Sete Rios e Santo Condestável.
Entretanto, entre outras medidas, os autarcas decidiram pôr a circular um abaixo-assinado, que deverá ser entregues na próxima Assembleia Municipal de Lisboa, e exigir uma reunião urgente com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
No final da reunião, os autarcas assinaram um documento onde manifestam a sua «total solidariedade» com a população afectada e apelam à sua mobilização em torno das iniciativas que foram tomadas para protestar contra esta decisão do Governo.
CDU com as populações do Lumiar
Uma delegação da CDU de Lisboa, composta entre outros pelo vereador Manuel Figueiredo e pelos deputados municipais Modesto Navarro, Sobreda Antunes e Carlos Silva Santos (este dois últimos membros da Assembleia de Freguesia do Lumiar), efectuou, recentemente, uma visita a uma área crítica da Freguesia do Lumiar constituída pelo Bairro da Cruz Vermelha, pela Rua Pedro de Queirós e parte da Alta do Lumiar.
Em contacto directo com os eleitos da CDU, as populações apresentaram os seus motivos de queixa pelo abandono e incumprimento de promessas, tantas vezes repetidas, pelos governantes e actuais autarcas no poder, e mostraram de forma clara e objectiva os graves problemas existentes.
No Bairro da Cruz Vermelha a visita iniciou-se com um encontro informal na Associação de Moradores do Bairro da Cruz Vermelha, onde os eleitos constataram o elevado empenho e participação cívica dos moradores conquanto que tal actividade não seja correspondida pelo apoio do actual Executivo da Junta de Freguesia (PSD/CDS-PP).
«A necessidade de mais espaços para aprofundar o trabalho valioso desta colectividade justifica que apoiemos a pretensão de cedência de mais espaços (uma loja devoluta). De acordo com o programa eleitoral da CDU iremos propor a elaboração pela Assembleia de Freguesia de um Regulamento de apoio às colectividades da freguesia com critérios transparentes e de rigor que favoreça a actividade real e o seu impacto na comunidade e além disso garanta não só a prestação de contas como o planeamento e a continuidade da acção», afirmam os eleitos do PCP, em nota à comunicação social.
Os eleitos comprovaram ainda que o Bairro da Cruz Vermelha «continua com acessos difíceis e muito mal tratados». «A generalidade das ruas tem uma higiene deficiente e com espaços mal cuidados em particular a Rua Maria Margarida que parece abandonada. O equipamento urbano é escasso e está mal cuidado. A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia têm que ser responsabilizadas», denunciam.
Alertaram ainda para o facto de o espaço comum junto ao Clube Desportivo «é já um matagal, pelo que, tem razão de ser, voltar a insistir na construção de um espaço ajardinado e um polidesportivo com bancada, aproveitando o declive do terreno».
A Proposta de Reestruturação do Atendimento às Doenças Agudas/Urgentes foi enviada a todos os directores de centros de saúde da Sub-Região de Lisboa, que têm dois meses para reorganizar os seus serviços.
A tutela justifica o fim do atendimento urgente e complementar nos centros de saúde afirmando que a sua criação foi «um fracasso» e só trouxe «desorganização», resultando num desperdício de «recursos humanos, materiais ou financeiros».
Face a estas afirmações, em comunicado, a CDU de Lisboa considerou o encerramento dos serviços de urgência uma «medida errada», porque implicaria que «muitos milhares de cidadãos» teriam de recorrer às urgências hospitalares após as 20h00.
Para os comunistas, os serviços, «que tanto apoio têm dado às populações» não devem encerrar porque os cuidados de saúde vão ficar mais afastados dos utentes, que terão de suportar uma «maior carga de taxas moderadoras». «Cada vez (os cidadãos) dispõem de menos recursos e de menor leque de escolhas» nos cuidados de saúde, acusa a CDU.
Para os eleitos, as pessoas «vão desistir» de recorrer às urgências hospitalares, que ficam «mais longe» e implicam «várias horas» de espera, tornando a saúde «um bem quase de luxo», mesmo «em situação de urgência».
A população idosa será a mais prejudicada, considera a CDU, por ser «a mais desprovida de meios alternativos» de chegar aos cuidados de saúde.
Freguesias apelam à mobilização
As juntas de freguesia da Ajuda, Carnide, Castelo, Madalena, Pena, Santa Engrácia, Santa Justa, Santo Estevão, Santiago e São Vicente estão contra o encerramento das urgências dos centros de saúde depois das 20h00 e exigem do Governo a suspensão desta decisão, alegando que irá prejudicar milhares de pessoas.
Esta deliberação foi tomada, sexta-feira, após uma reunião, convocada pelo presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Paulo Quaresma, da CDU, onde se debateu o eventual fecho dos SAP’s que realizam menos de nove atendimentos por noite.
Os centros de saúde de Lisboa que foram «convidados» a reestruturar os seus serviços foram os da Ajuda, Alameda, Alcântara, Benfica, Coração de Jesus, Graça, Lapa, Lumiar, Luz Soriano, Marvila, Olivais, Penha de Franca, São João, Sete Rios e Santo Condestável.
Entretanto, entre outras medidas, os autarcas decidiram pôr a circular um abaixo-assinado, que deverá ser entregues na próxima Assembleia Municipal de Lisboa, e exigir uma reunião urgente com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
No final da reunião, os autarcas assinaram um documento onde manifestam a sua «total solidariedade» com a população afectada e apelam à sua mobilização em torno das iniciativas que foram tomadas para protestar contra esta decisão do Governo.
CDU com as populações do Lumiar
Uma delegação da CDU de Lisboa, composta entre outros pelo vereador Manuel Figueiredo e pelos deputados municipais Modesto Navarro, Sobreda Antunes e Carlos Silva Santos (este dois últimos membros da Assembleia de Freguesia do Lumiar), efectuou, recentemente, uma visita a uma área crítica da Freguesia do Lumiar constituída pelo Bairro da Cruz Vermelha, pela Rua Pedro de Queirós e parte da Alta do Lumiar.
Em contacto directo com os eleitos da CDU, as populações apresentaram os seus motivos de queixa pelo abandono e incumprimento de promessas, tantas vezes repetidas, pelos governantes e actuais autarcas no poder, e mostraram de forma clara e objectiva os graves problemas existentes.
No Bairro da Cruz Vermelha a visita iniciou-se com um encontro informal na Associação de Moradores do Bairro da Cruz Vermelha, onde os eleitos constataram o elevado empenho e participação cívica dos moradores conquanto que tal actividade não seja correspondida pelo apoio do actual Executivo da Junta de Freguesia (PSD/CDS-PP).
«A necessidade de mais espaços para aprofundar o trabalho valioso desta colectividade justifica que apoiemos a pretensão de cedência de mais espaços (uma loja devoluta). De acordo com o programa eleitoral da CDU iremos propor a elaboração pela Assembleia de Freguesia de um Regulamento de apoio às colectividades da freguesia com critérios transparentes e de rigor que favoreça a actividade real e o seu impacto na comunidade e além disso garanta não só a prestação de contas como o planeamento e a continuidade da acção», afirmam os eleitos do PCP, em nota à comunicação social.
Os eleitos comprovaram ainda que o Bairro da Cruz Vermelha «continua com acessos difíceis e muito mal tratados». «A generalidade das ruas tem uma higiene deficiente e com espaços mal cuidados em particular a Rua Maria Margarida que parece abandonada. O equipamento urbano é escasso e está mal cuidado. A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia têm que ser responsabilizadas», denunciam.
Alertaram ainda para o facto de o espaço comum junto ao Clube Desportivo «é já um matagal, pelo que, tem razão de ser, voltar a insistir na construção de um espaço ajardinado e um polidesportivo com bancada, aproveitando o declive do terreno».