Homenagear o homem íntegro e o cidadão excepcional
Vasco Gonçalves foi homenageado no domingo, em Lisboa, precisamente no dia em que se completava um ano sobre a sua morte. Foi uma iniciativa simples, mas sincera.
Procurou-se reflectir sobre a dimensão ética e política de Vasco Gonçalves
Pela Rua Morais Soares acima, molhos de cravos vermelhos são transportados por quem vai participar na romagem de homenagem ao general Vasco Gonçalves, um ano depois da sua morte.
Na entrada do cemitério do Alto de São João juntam-se grupos de pessoas que guardaram uma parte do seu domingo para mostrar que não se esqueceram do chefe dos 2.º, 3.º, 4.º e 5.º governos provisórios, entre 18 de Julho de 1974 e 10 de Setembro de 1975. São cerca de uma centena de participantes de várias gerações – principalmente pessoas que viveram o 25 de Abril e as medidas progressistas dos governos de Vasco Gonçalves – que se reúnem como forma de dizer que o País precisa de novas alterações políticas semelhantes às introduzidas pelo «amigo Vasco», de justiça social e aumento da qualidade de vida da população.
Os jacarandás deixam cair as suas flores lilases, atapetando a alameda do cemitério. Às 12h inicia-se a romagem, de homenagem e paz, mas que por si só é uma iniciativa de reivindicação. Porque homenagear Vasco Gonçalves é protestar contra as políticas de direita e as suas consequências profundamente negativas para o País.
«Recordemos o homem íntegro, o cidadão excepcional, o militar corajoso e o político totalmente dedicado à causa dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos», apelava a Comissão Promotora da homenagem. Respondendo a este convite, os participantes caminharam debaixo de um sol forte, até à campa do general, onde um toque de clarinete precedeu alguns momentos de silêncio, seguido pelo hino nacional, cantado em coro pelos presentes. Foi a vez dos aplausos ao homem e ao político. «Viva o 25 de Abril!», ouviu-se. A resposta em coro foi inevitável: «25 de Abril sempre!».
Como referia a Comissão Promotora em nota à imprensa, o objectivo da iniciativa foi reflectir sobre a «figura ímpar» de Vasco Gonçalves, «a sua dimensão ética, moral e política, o seu exemplo de dedicação ao País e aos portugueses, a sua simplicidade e transparência e sobretudo a sua luta por uma sociedade mais justa e fraterna».
Em Outubro, terá lugar uma sessão solene que incluirá um sarau cultural e intervenções de José Barata Moura e do coronel Vicente Silva, camarada de armas de Vasco Gonçalves.
A Comissão Promotora da homenagem integra cerca de 200 pessoas, entre elas professores universitários, militares, sindicalistas, operários, jornalistas, editores, escritores, artistas plásticos, arquitectos, advogados, compositores, realizadores, actores e encenadores, dirigentes políticos e autarcas.
Vasco Gonçalves faleceu a 11 de Junho de 2005, com 83 anos.
Na entrada do cemitério do Alto de São João juntam-se grupos de pessoas que guardaram uma parte do seu domingo para mostrar que não se esqueceram do chefe dos 2.º, 3.º, 4.º e 5.º governos provisórios, entre 18 de Julho de 1974 e 10 de Setembro de 1975. São cerca de uma centena de participantes de várias gerações – principalmente pessoas que viveram o 25 de Abril e as medidas progressistas dos governos de Vasco Gonçalves – que se reúnem como forma de dizer que o País precisa de novas alterações políticas semelhantes às introduzidas pelo «amigo Vasco», de justiça social e aumento da qualidade de vida da população.
Os jacarandás deixam cair as suas flores lilases, atapetando a alameda do cemitério. Às 12h inicia-se a romagem, de homenagem e paz, mas que por si só é uma iniciativa de reivindicação. Porque homenagear Vasco Gonçalves é protestar contra as políticas de direita e as suas consequências profundamente negativas para o País.
«Recordemos o homem íntegro, o cidadão excepcional, o militar corajoso e o político totalmente dedicado à causa dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos», apelava a Comissão Promotora da homenagem. Respondendo a este convite, os participantes caminharam debaixo de um sol forte, até à campa do general, onde um toque de clarinete precedeu alguns momentos de silêncio, seguido pelo hino nacional, cantado em coro pelos presentes. Foi a vez dos aplausos ao homem e ao político. «Viva o 25 de Abril!», ouviu-se. A resposta em coro foi inevitável: «25 de Abril sempre!».
Como referia a Comissão Promotora em nota à imprensa, o objectivo da iniciativa foi reflectir sobre a «figura ímpar» de Vasco Gonçalves, «a sua dimensão ética, moral e política, o seu exemplo de dedicação ao País e aos portugueses, a sua simplicidade e transparência e sobretudo a sua luta por uma sociedade mais justa e fraterna».
Em Outubro, terá lugar uma sessão solene que incluirá um sarau cultural e intervenções de José Barata Moura e do coronel Vicente Silva, camarada de armas de Vasco Gonçalves.
A Comissão Promotora da homenagem integra cerca de 200 pessoas, entre elas professores universitários, militares, sindicalistas, operários, jornalistas, editores, escritores, artistas plásticos, arquitectos, advogados, compositores, realizadores, actores e encenadores, dirigentes políticos e autarcas.
Vasco Gonçalves faleceu a 11 de Junho de 2005, com 83 anos.