Uma vitória da luta
Ao que parece, o hospital do Seixal vai mesmo ser construído. Depois de pareces e anúncios contraditórios e de grandiosas manifestações populares, o novo equipamento pode mesmo avançar.
O Ministério da Saúde defende novamente o hospital no Seixal
Depois de pareceres e anúncios contraditórios, parece que a construção de um novo hospital no Seixal vai mesmo avançar. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal do Seixal, Alfredo Monteiro, em conferência de imprensa no passado dia 11. O autarca comunista reagiu um dia depois de ter sido divulgada pelo Ministério da Saúde uma adenda ao estudo sobre prioridades hospitalares, que agora defende a construção de uma pequena unidade no concelho, em vez da ampliação do Hospital Garcia de Orta, em Almada.
A Comissão de Utentes da Saúde do Seixal também já reagiu ao resultado do estudo, congratulando-se com a inclinação para a construção do hospital no Seixal. Em declarações à imprensa, José Sales, da comissão, afirmou: «Estamos satisfeitos, valeu a pena a luta com as autarquias locais e com as populações.»
No início de Fevereiro foi apresentado um relatório acerca dos hospitais que deveriam ser construídos primeiro em regime de «parcerias» entre os sectores público e privado. Neste relatório, os especialistas recomendavam o alargamento do Hospital Garcia de Orta, em Almada, em detrimento da construção de um novo hospital na região. As razões avançadas para a reviravolta na decisão prendem-se, afirma o estudo, com as condições de circulação no concelho de Almada, que aumentam os riscos de o tempo de acesso ao hospital de Almada poder «exceder o recomendável».
A exigência da construção de um novo hospital para o Seixal é uma causa antiga das populações e das autarquias do concelho. No ano passado foi entregue ao Governo uma petição com 65 mil assinaturas exigindo um novo hospital. Já este ano, quando foi conhecido o resultado do estudo que defendia a ampliação da unidade hospitalar de Almada ao invés da construção do novo hospital, a Comissão de Utentes da Saúde do Seixal promoveu um cordão humano com milhares de pessoas para protestar contra o relatório e reafirmando a exigência popular.
Garcia de Orta sobrecarregado
Segundo a equipa do Ministério da Saúde, o novo hospital do Seixal – a ser localizado junto ao nó do Fogueteiro da auto-estrada do Sul (A2) – deverá ter um estatuto de «unidade de proximidade, com serviços orientados para o hospital de dia, ambulatório, reabilitação e saúde materno-infantil. Os especialistas defendem também a existência de serviços comuns com o Hospital Garcia de Orta e a integração do novo hospital numa unidade local de saúde, que incluiria alguns centros de saúde do concelho.
Saudando a decisão de construir o hospital no Seixal, o presidente da Assembleia Municipal de Almada, José Manuel Maia, exige que o Ministério da Saúde desbloqueie as obras de beneficiação no hospital de Almada, nomeadamente no serviço de urgência, na cirurgia de ambulatório, no centro de apoio infantil e na unidade de psiquiatria.
O Hospital Garcia de Orta foi dimensionado para atenter a 150 mil habitantes dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, mas serve actualmente mais do dobro. Sobrelotação dos serviços, demora na prestação de assistência e acessos viários congestionados são as principais falhas apontadas a esta unidade hospitalar por autarcas, utentes, bombeiros e enfermeiros.
Segundo Alfredo Monteiro, está em preparação um grupo de trabalho para planear a construção do novo hospital, bem como o modelo, o financiamento e a calendarização dos projectos e obras. Para Alfredo Monteiro, esta entidade deveria integrar, para além de representantes da tutela e das autarquias, membros das comissões de utentes de saúde, essenciais para forçar a decisão política.
PCP atento
Que a propaganda passe a realidade
O executivo da Comissão Concelhia do Seixal do PCP também já reagiu ao resultado do estudo de uma equipa de especialistas do Ministério da Saúde. Em comunicado à população, o PCP saúda a população do concelho pela sua grande participação nos vários momentos de luta, nomeadamente o cordão humano na Baía do Seixal, que contribuíram «decisivamente para que neste momento se coloque a possibilidade de um Hospital no concelho do Seixal, quando até agora era excluída».
Os comunistas do Seixal consideram necessário apreciar a solução preconizada. À população apela para que se mantenha atenta para que da «propaganda realmente se passe para a concretização, pois só nesse momento os problemas de acesso aos cuidados hospitalares começarão a ser resolvidos».
A Comissão de Utentes da Saúde do Seixal também já reagiu ao resultado do estudo, congratulando-se com a inclinação para a construção do hospital no Seixal. Em declarações à imprensa, José Sales, da comissão, afirmou: «Estamos satisfeitos, valeu a pena a luta com as autarquias locais e com as populações.»
No início de Fevereiro foi apresentado um relatório acerca dos hospitais que deveriam ser construídos primeiro em regime de «parcerias» entre os sectores público e privado. Neste relatório, os especialistas recomendavam o alargamento do Hospital Garcia de Orta, em Almada, em detrimento da construção de um novo hospital na região. As razões avançadas para a reviravolta na decisão prendem-se, afirma o estudo, com as condições de circulação no concelho de Almada, que aumentam os riscos de o tempo de acesso ao hospital de Almada poder «exceder o recomendável».
A exigência da construção de um novo hospital para o Seixal é uma causa antiga das populações e das autarquias do concelho. No ano passado foi entregue ao Governo uma petição com 65 mil assinaturas exigindo um novo hospital. Já este ano, quando foi conhecido o resultado do estudo que defendia a ampliação da unidade hospitalar de Almada ao invés da construção do novo hospital, a Comissão de Utentes da Saúde do Seixal promoveu um cordão humano com milhares de pessoas para protestar contra o relatório e reafirmando a exigência popular.
Garcia de Orta sobrecarregado
Segundo a equipa do Ministério da Saúde, o novo hospital do Seixal – a ser localizado junto ao nó do Fogueteiro da auto-estrada do Sul (A2) – deverá ter um estatuto de «unidade de proximidade, com serviços orientados para o hospital de dia, ambulatório, reabilitação e saúde materno-infantil. Os especialistas defendem também a existência de serviços comuns com o Hospital Garcia de Orta e a integração do novo hospital numa unidade local de saúde, que incluiria alguns centros de saúde do concelho.
Saudando a decisão de construir o hospital no Seixal, o presidente da Assembleia Municipal de Almada, José Manuel Maia, exige que o Ministério da Saúde desbloqueie as obras de beneficiação no hospital de Almada, nomeadamente no serviço de urgência, na cirurgia de ambulatório, no centro de apoio infantil e na unidade de psiquiatria.
O Hospital Garcia de Orta foi dimensionado para atenter a 150 mil habitantes dos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, mas serve actualmente mais do dobro. Sobrelotação dos serviços, demora na prestação de assistência e acessos viários congestionados são as principais falhas apontadas a esta unidade hospitalar por autarcas, utentes, bombeiros e enfermeiros.
Segundo Alfredo Monteiro, está em preparação um grupo de trabalho para planear a construção do novo hospital, bem como o modelo, o financiamento e a calendarização dos projectos e obras. Para Alfredo Monteiro, esta entidade deveria integrar, para além de representantes da tutela e das autarquias, membros das comissões de utentes de saúde, essenciais para forçar a decisão política.
PCP atento
Que a propaganda passe a realidade
O executivo da Comissão Concelhia do Seixal do PCP também já reagiu ao resultado do estudo de uma equipa de especialistas do Ministério da Saúde. Em comunicado à população, o PCP saúda a população do concelho pela sua grande participação nos vários momentos de luta, nomeadamente o cordão humano na Baía do Seixal, que contribuíram «decisivamente para que neste momento se coloque a possibilidade de um Hospital no concelho do Seixal, quando até agora era excluída».
Os comunistas do Seixal consideram necessário apreciar a solução preconizada. À população apela para que se mantenha atenta para que da «propaganda realmente se passe para a concretização, pois só nesse momento os problemas de acesso aos cuidados hospitalares começarão a ser resolvidos».